Francisca Praguer Fróes: medicina, gênero e poder nas trajetórias de uma médica baiana


PorRoger Lamin- Postado em 24 outubro 2018

Autores: 
Elisabeth Juliska Rago

Resumo No Brasil, a entrada das pioneiras no
ensino superior, possibilitada pela urbanização,
pelo crescimento do comércio e da indústria e
por uma conjuntura mais favorável ao trabalho
feminino no último quartel do século XIX, significou um marco fundamental na história da participação de mulheres no campo da medicina.
Francisca Praguer Fróes formou-se na Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia, em 1893.
Dedicou-se à Ginecologia e à Obstetrícia, defendeu a saúde, os direitos civis e políticos da mulher. O empenho de Francisca Praguer Fróes em
defender o direito à saúde das mulheres infectadas por doenças sexualmente transmissíveis é
notável e, nesse sentido, os preceitos higiênicos
ganham força em suas proposições médicas. Apesar de terem sido poucas aquelas que debateram
publicamente questões relativas à moral ligada
ao sexo, na católica Bahia, Francisca envolveuse nas discussões científicas e políticas sobre o
tema da saúde da mulher e da moral sexual. Envolvida numa discussão mais ampla acerca da
construção da ordem burguesa, entendia que os
temas da higiene, da saúde da mulher e da moral
sexual deveriam fazer parte do quadro de regeneração social da época. Poucas foram aquelas que
debateram publicamente questões relativas à
moral ligada ao sexo, na católica Bahia.

Palavras-chave Gênero, Feminismo, Poder,
Bahia, História da medicina

AnexoTamanho
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