O TELETRABALHO EM SÃO PAULO E O TRÂNSITO


PorAnônimo- Postado em 17 setembro 2010

Hoje muitos paulistanos tem optado pelo teletrabalho, ou home-office - ou por iniciativa própria ou incentivados pelas empresas.
Segundo pesquisa realizada pela ONG Market Analysis com 345 trabalhadores de todo o Brasil, 23% dos funcionários do setor privado já abraçaram a ideia do trabalho doméstico.
Esse fenômeno traz boas consequências à produtividade. Estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos mostra que, infelizmente, a cidade de São Paulo perde R$ 4,1 bilhões em congestionamentos anualmente.
De acordo com o professor de Engenharia de Transportes da Universidade de São Paulo (USP) Jaime Waisman, o teletrabalho pode contribuir a fim de aumentar a qualidade de vida da capital, já que reduz o número de viagens de ida e de volta para o trabalho - aproximadamente 70% dos deslocamentos da cidade apresenta tal finalidade.
Visando a alcançar o objetivo de "deslocamento zero", a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) abriga a concepção de que o incentivo deve partir não só das empresas, mas também do poder público. "Nos EUA e em várias cidades europeias, o governo oferece benefícios fiscais para as empresas que adotarem o teletrabalho", diz a presidente Ana Manssour.
O especialista em empreendedorismo e professor da Business School de São Paulo Álvaro Mello afirma que na Flórida (EUA) há projetos locais de redução de congestionamentos. Uma das estratégias é justamente o teletrabalho. Há empresas que recebem incentivos fiscais se provarem que diminuíram o número de carros nas ruas.
Exemplos de empresas de inclusão do teletrabalho no Brasil:
Um microempresário paulistano tirou de circulação 60 pessoas em 2007. Ele criou uma empresa de call center em que todos os funcionários trabalham em casa, com computador e banda larga.
Os gerentes de negócios da Ticket - empresa do setor de convênio de refeição - organizaram seus horários de casa, aumentando as vendas em 40%. Fugindo dos congestionamentos da manhã e da tarde, passaram a fazer 1.700 visitas a mais mensalmente. Em tal empresa, os gerentes tem total autonomia.
Também a empresa de tecnologia Nortel formalizou a política do trabalho doméstico. A diretora de Recursos Humanos Vibiane Gaspari afirma que esse era "o momento ideal para tomar essa iniciativa", já que a cidade estava virando um caos.

(Fonte: Blog da Sobratt - http://blog.sobratt.org.br/category/teletrabalho-e-aposentadoria/ - Acessado em 17/09/2010)

Comentário:

É notório com tal notícia que a inserção do teletrabalho em qualquer cidade ou país implica maior produtividade, autonomia, qualidade de vida e, principalmente, redução de congestionamentos no trânsito. Com os exemplos e os dados impactantes mencionados na notícia, pode-se inferir que o mundo ganha muitos benefícios com o desenvolvimento desse novo tipo de trabalho. Posto que a notícia não tenha abordado a questão do meio ambiente, creio que a diminuição de carros nas ruas, da mesma forma, trará efeitos positivos quanto à redução de gases poluentes. Apesar disso, é sabido também que algumas profissões provavelmente irão desaparecer no futuro com o advento do trabalho doméstico, como ortodontista, motorista de caminhão, faxineiro, professor e etc. Então, acredito que o teletrabalho traz direta e indiretamente inúmeros melhoramentos ao mundo e, concomitantemente, prejuízos à sociedade quanto ao número de pessoas empregadas.