O futuro do trabalho


PorAnônimo- Postado em 23 setembro 2010

O futuro do trabalho

Comentário:
Enquanto órgãos reguladores estatais, na contamão da história, tentam implantar por via administrativa a obrigatoriedaed de impressão física do registro do ponto, empresas de ponta, criativas, adotam horário flexível.
Nada como um país para todos... os que forem amigos do Rei.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI164683-16165,00-O+FUTU...

Alexandre Hohagen, do Google, comemora com sua equipe após receber o prêmio do GPTW. A empresa favorece os profissionais criativos Como qualquer prática cultural humana, o modo como trabalhamos sofreu profundas modificações ao longo da história. Os trabalhadores que ergueram as pirâmides do Egito levavam chibatadas. Escravos cultivavam as plantações brasileiras do século XVIII. Nas primeiras fábricas da Inglaterra, crianças trabalhavam de manhã até a noite. Na maior parte do século XX, a produção foi dominada pela linha de montagem e seus operários robotizados. Envolvidos com nosso dia a dia, podemos não perceber, mas o mundo do trabalho se transformou completamente. A chave para essa mudança tem dois lados. O primeiro deles abriu a cabeça das pessoas. No mundo atual, o trabalho mais valorizado não é o braçal, mas sim o intelectual. E o trabalho intelectual exige o engajamento do funcionário. Não é possível obrigá-lo a pensar, como era possível obrigá-lo a carregar pedras ou apertar parafusos. Num mundo assim, há um prêmio para as empresas que conseguem motivar as pessoas a dar ideias e realizá-las com entusiasmo. O segundo lado da chave abriu a porta das empresas. Numa era de concorrência acirrada (e global), num regime democrático, as pessoas são livres para procurar emprego no lugar que considerem mais adequado. Ainda mais com uma economia em expansão, como é o caso do Brasil – estima-se que a economia crescerá 7% neste ano e mais de 4% no próximo; ao longo de 2010 deverão surgir 2 milhões de novos empregos no país. A diferença entre o mercado de trabalho de hoje e o de nossos pais ou avós é enorme, mas deverá crescer ainda mais s nos próximos anos. As mudanças já estão ocorrendo. E não há melhor lugar para observá-las do que a lista das 100 Melhores Empresas para Trabalhar, divulgada pelo Instituto Great Place to Work (GPTW) e por ÉPOCA numa cerimônia em São Paulo na segunda-feira dia 16 . São empresas de ponta, em diversos setores da economia e regiões do país, convencidas de que o talento das pessoas é seu principal recurso para o sucesso. Por isso, elas adotam práticas que lhes permitem atrair, motivar, preparar e reter os melhores profissionais possíveis. Os funcionários – os juízes primordiais da lista, pois suas notas para a empresa, enviadas em sigilo para o GPTW, definem dois terços da pontuação final – aprovam as práticas que mais lhes agradam, numa espécie de seleção natural. A evolução dessas práticas está moldando o futuro do mercado de trabalho. Tome, por exemplo, o horário de trabalho. No mundo do emprego intelectual, ele é um fóssil de uma era antiga. Ideias não batem cartão de ponto. É por isso que várias das melhores empresas adotam o horário flexível. Não quer dizer que elas pagam as pessoas para se divertir. Ao contrário, o fim da fronteira entre vida pessoal e vida profissional pode até aumentar o estresse. Mas elas dão autonomia ao trabalhador. A liberdade só funciona se vier acompanhada de metas, outra prática adotada por várias das 100 melhores.