Notícia - Dilma sanciona lei que abre mercado de TV a cabo


PorDan Daniel- Postado em 13 setembro 2011

OBS: Este post é uma crítica curta escrita por Daniel Borges Carneiro e reflete sua opinião sobre a influência da lei de TVs a cabo sobre o mercado de redes de computadores, mais especificamente, a Internet, que influencia por si, o mercado do trabalho à distância. A notícia foi retirada do website da Folha de S. Paulo no endereço: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/974238-dilma-sanciona-lei-que-abre-mercado-de-tv-a-cabo.shtml.

12/09/2011 - 21h09

Dilma sanciona lei que abre mercado de TV a cabo

 

DE BRASÍLIA

A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou nesta segunda-feira a lei que abre o mercado de TV a cabo para as empresas de telecomunicações nacionais e estrangeiras e define cotas nacionais de programação.

 

A nova lei, que deve ser publicada amanhã no "Diário Oficial" da União, derruba a legislação específica para TV a cabo até então em vigor e unifica a regulamentação de TV por assinatura, seja via satélite, cabo ou micro-ondas. O texto tramitava no Congresso Nacional há quatro anos. (...)

 

Com a aprovação do projeto, empresas estrangeiras poderão explorar sem restrições o mercado de distribuição de TV a cabo. Pela regra atual, elas só podiam atuar por meio de outras empresas, com participação limitada em 49%.

A novidade unifica a regulamentação de TV por assinatura, seja via satélite, cabo ou micro-ondas, e derruba a legislação específica para TV a cabo hoje em vigor.

As empresas de telefonia fixa poderão vender os chamados "combos" de TV paga, telefone e banda larga. Elas continuarão de fora do processo de produção de conteúdo.

A intenção do governo é, a partir de agora, aumentar a competição da TV por assinatura, baratear o serviço e aproveitar a nova lei para ampliar as conexões de banda larga.

  Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress  

 

(OBS: A notícia tem aproximadamente meia página, a imagem ocupa por si só grande parte da tela, porém, pode ser de grande utilidade para entender o assunto.)


Comentário sobre a Notícia:

  Para aqueles que não viram o alvorecer da Internet no Brasil, essa notícia vinculada à TV por assinatura pode parecer boba e inútil.

  Na verdade, trata-se de grande avanço para o aumento da infra-estrutura tanto cabeada quanto wireless, pois as antigas redes ATM e de TV a cabo deram origem ao que hoje é nossa Internet em seu backbone e nós finais, quando saiu do domínio estrito estatal para o público livre. Há uma tendência, agora, de maior concorrência no setor, possibilitando, de forma derivada, melhora nos serviços de acesso à Internet e redução de preços por simples livre concorrência.

  O teletrabalho, ou melhor dizendo, o trabalho à distância, já existe desde a invenção do telégrafo. Não é nem nunca foi novidade para um humano vivendo no século XX. Porém, ao longo do tempo, tecnologias como a válvula, o transistor, o rádio, satélites, computadores, TVs, Internet e etc, vieram a transformar as possibilidades de negócios via grandes distâncias. A infra-estrutura é criada primeiro e a demanda por trabalho à distância depois, com o surgimento de profissões novas e aperfeiçoamento das já existentes.

  Esse trabalho à distância é, em sua grande parte, hoje e num futuro de longo prazo, feito pela Internet. O boom desse evento foi a introdução já no século XXI da WEB2.0 e as tecnologias que a antecederam, máquinas, roteadores, cabeamentos, fibras ópticas e todo um aparato eletrônico de alta precisão e capazes de suportar alta demanda. Afinal de contas, trabalhar atrás de um modem de 33.600Kb/s tendo que enviar e receber informações, muitas vezes em tempo real, seria impossível. ADSL e Cabo  - em outras palavras, Internet via cabos de telefone e Internet via cabos coaxiais de TV à cabo - colaboraram com essa transformação, facilitando o processo, pois esses cabeamentos ou, em termos técnicos, camadas físicas (vide modelo OSI) já existiam, e catapultaram as empresas de comunicação a detentoras de poderes antes não imaginados. 

(Fim da primeira parte para o limite de meia página)


(Continuação opcional para aprofundamento da crítica)

  Ao abrir as portas para capital Internacional (apesar das exigências pseudo-social-nacionalistas do PT sobre "cotas nacionais") damos um grande passo para a ampliação e barateamento de um sistema grandioso, possibilitando que milhões de brasileiros possam trabalhar em casa ou ampliar seu leque de serviços.

  Há anos atrás o Japão já oferecia, em alguns centros, conexões de 1Gb/s, enquanto o monopólio das empresas de telecom e Globo levou nossos serviços a parar de investir na infra-estrutura necessária para chegarmos nesse patamar, oferecendo por longo tempo "bandas-largas" de 500Kb/s apenas. E por um preço exorbitante.

  A lei é corajosa, peca em pequenos pontos mas, no fundo, abrange muito mais do que apenas TV. Abrange Internet, abrange entretenimento, abrange cultura, abrange trabalho e criação de empregos e abrange novas chances de negócios para quem quer ficar em casa enquanto ganha dinheiro.

  Se um professor presencial perde o emprego, outro professor, à distância, ganha. Se um médico clínico geral perde o emprego, outro, que opera via rede, ganha. O emprego, via de regra, não se esvai com a automação, pelo contrário, ele se adapta, molda-se, cria novos laços.

(Final)