Líderes políticos e líderes em e-gov: competências e desafios da nova governança.


PorAnônimo- Postado em 29 março 2009

Sabe-se que o governo eletrônico (e-gov) é muito mais governo do que eletrônica.

O governo eletrônico é uma excepcional ferramenta para potencializar soluções aos governos. No entanto, as lideranças do e-gov não são as mesmas lideranças políticas já conhecidas de toda a gente. Não são os mesmos talentos que se aplicam aqui. No e-gov que dá certo fala-se de gerentes de TI, gerentes de programas, líderes de agências, planejadores estratégicos, coordenadores e, também, de políticos.

Tudo indica que alguns princípios gerais do governo eletrônico sejam comuns a todos esses atores, mas a liderança em projetos de governo eletrônico não pode se restringir aos cargos com funções estratégicas, como se imaginava no início da implantação desses projetos. Muitos países europeus sabem, hoje, que o desempenho dos líderes de todo o ciclo do e-gov é decisivo.

A grande questão atual é que a liderança em governos eletrônicos não depende, necessariamente, do mais elevado conhecimento técnico em novas tecnologias.

Isso fica claro no estudo feito pela OCDE e intitulado CHECK-LIST FOR E-GOVERNMENT LEADERS.

Parece haver um consenso quanto a isto: a liderança no e-gov reside naqueles sujeitos que conseguem avaliar bem os pontos fortes e fracos de cada tecnologia. Ele precisa ter o discernimento adequado quanto aos interesses em jogo para recomendar tecnologias que facilitam o gerenciamento de informações estratégicas e viabilizam a execução dos processos governamentais na direção certa.

No fundo, tudo parece sugerir que as competências que precisam ser desenvolvidas pelos políticos atuais em seus futuros líderes do e-gov são: bom entendimento da tecnologia da informação (o que viabiliza todo o processo de aquisição e substituições de soluções), bom conhecimento de gerenciamento da informação (o que dinamiza as tomadas de decisão) e bom conhecimento da sociedade da informação (que permite enfrentar cenários adversos e barreiras internas e externas que podem surgir).

Essas, e muitas outras sugestões para futuros líderes do e-gov estão disponíveis no sitio da OCDE.