Governo eletrônico cresce no país, mas estudo aponta carências


PorAnônimo- Postado em 30 setembro 2010

A edição online da Revista da Fapesp de setembro de 2010 traz uma entrevista com Florencia Ferrer, doutora em sociologia econômica pela USP, que coordenou o Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Governo Eletrônico (Ned-Gov), na Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap).

Ela comenta que o Brasil é pioneiro em diversas áreas do e-Gov – como as declarações de Imposto de Renda pela internet e o voto eletrônico –, mas que o país precisa informatizar diversos setores da administração pública.

O texto tem um viés apenas econônico – pela própria área da pesquisadora – com estatísticas sobre redução de custos e desburocratização dos serviços públicos, bem como exemplos de metodologias para calcular a economia e a eficiência que as novas tecnologias possibilitam em administrações públicas. O conteúdo da entrevista aborda temas que estão nos livros de Florencia, “Gestão pública eficiente” e “e-Government”, que não são tão recentes (2006 e 2004), mas acredito que vale a pena ler.

O texto reforça que as experiências brasilerias de e-gov ocorrem, na verdade, no que se refere às obrigações do cidadão com o Estado. A lentidão de ferramentas de democracia eletrônica é um reflexo do que já acontece nos meios não digitais – existe pouco interesse tanto do Estado como da própria sociedade.