Funcionário que trabalha em casa é alvo de empresas


PorAnônimo- Postado em 22 setembro 2010

"Avanço da tecnologia e maior flexibilidade das empresas estimulam contratação de pessoas com escritório em casa"

Para algumas empresas e trabalhadores, os "cartões de ponto" estão virando relíquia. Empresas grandes, como Ticket e Shell, colhem bons resultados, com o aumento da produtividade e a economia dos custos.

Tal modalidade de trabalho, chamada de "teletrabalho", é comum em países como a Inglaterra (80% das empresas possuem algum funcionário trabalhando em casa) e há a extectativa desse percentual chegar a 100% nos próximos 5 anos. Tal conceito agrada não somente aos patrões, mas também aos empregados, que só são exigidos prazos, resultados e resoluções de problemas, no conforto, tranquilidade e descontração de sua casa.
Nesse conceito de trabalho, os funcionários são avaliados pelos resultados apresentados, não mais por todo o processo. O que em muito facilitou essa modalidade foi o grande avanço tecnológico que encurtaram as distâncias físicas. No Brasil, o teletrabalho foi implantado na década de 1990, e hoje os escritórios em casa evoluíram a tal ponto de abranger não apenas os funcionários da área comercial, mas de muitas outras que exijam "um desenvolvimento intelectual maior, mas com resultado final" e não necessitem de presença física constante.
Segundo pesquisa feita por uma empresa especializada em recrutamento de executivos, a possibilidade de trabalhar em casa é aspecto importante para 37% dos entrevistados brasileiros. Nas grandes cidades, esse modelo justifica-se pelo ganho em qualidade de vida e redução de gastos, como por exemplo o transporte.
Segundo Marco Aurélio Silva, gerente de vendas da Shell, o "home office" dá mais flexibilidade à agenda e tende a ser mais produtivo, mas exige bastante autodisciplina, sendo comum no início da experiência trabalhar o dobro e acabar se perdendo.
A Ticket aderiu ao conceio há 5 anos, e vem observando um ganho expressivo em produtividade. Segundo asuperintendente de vendas da companhia, Dalva Braga, houve um aumento médio de 1,5 visitas por dia e, com o fechamento de novos negócios, a receita proveniente dessas vendas aumento em 76%. Na Shell, os teletrabalhadores são avaliados periodicamente com relatórios de desempenho e avaliações semestrais.
Recentemente, os trabalhadores desse ramo ganharam um reforço a mais, com a aprovação do Projeto de Lei 4.505/2008, que regulamenta a modalidade no País. É uma vitória, porém há o fato da lei não definir horas extras.
Segundo projeções feitas pela Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt), existem cerca de 10,6 milhões de teletrabalhadores, porém não é possível menseurar quem trabalha em home offices, já que a função engloba trabalho a distância. Contudo, em outra pesquisa com 3,7 mil companhias, revela-se a presença do teletrabalho em 25% delas.
Fonte:
Analisando a notícia e elencando com o texto "O mundo do trabalho na sociedade da informação", percebo que a modalidade do teletrabalho cresceu bastante nas últimas 2 décadas, tanto no Brasil quanto nos países desenvolvidos. A modalidade é vista sim como o futuro do trabalho, reduzindo custos e aumentando a produtividade das empresas. Entretando, assim como no texto indicado, há o problema do gerenciamento dos teletrabalhadores e da garantia de um produto de qualidade. Na notícia acima, vimos as medidas de avaliação periódica com relatórios de desempenho e avaliações semestrais. Aparentemente elas parecem ser suficientes, mas é algo que só saberemos com o maior desenvolvimento da modalidade.
Outro problema seria o da parte jurídica, que não foi completamente resolvida com o Projeto de Lei 4.5050/2008, pois vimos que há lacunas, como a ausência de horas extras.
Na notícia, há a confirmação de que o teletrabalho dá maior flexibilidade às empresas, e no decorrer do tempo está atingindo cada vez mais modalidades de trabalho. Existe a possibilidade de, um dia, vivermos num mundo onde quase todos os trabalhadores teriam seu escritório em casa? Sem dúvida seria uma grande medida para diminuir o trânsito terrível nas grandes cidades, consequentemente diminuindo a poluição pelos veículos automotores, bem como também ajudaria com o problema do espaço físico, cada vez mais raro e caro nos grandes centros. Entretanto, como tais mudanças são graduais, devemos ficar atentos a esse avanço no mundo do trabalho para nos adaptarmos a ele e angariar seus benefícios, não ficando para trás nesse mundo extremamente competitivo que valoriza mais os pioneiros.