Espaços e grupos criativos na perspectiva da complexidade

A complexidade é o cenário do qual a vida e a criatividade emergem num
processo evolutivo de auto-organização. O estudo da Complexidade procura
ultrapassar os obstáculos epistemológicos das ciências, integrando-as. O artigo
discorre sobre a contribuição desse estudo para as organizações e seus grupos
criativos. Encontra-se embasado no estudo de Ralph Stacey “Complexidade e
Criatividade nas Organizações”, o qual elabora uma estrutura conceitual a partir da
Teoria da Complexidade e da Psicologia, a fim de estudar a questão do comportamento
e dos relacionamentos dos agentes, denominando-a de Teoria dos Sistemas
Adaptativos Complexos (SACs), a qual permite visualizar as estratégias e trajetórias
das organizações no seu processo de evolução. Discorre uma breve revisão sobre as
Teorias da Criatividade trazendo a perspectiva dos sistemas de Csikszentmihalyi como
atual e relevante contribuição. Situa os espaços e grupos criativos no contexto das
organizações, identificam e ressaltam a importância da dinâmica dos grupos de
trabalho para o desenvolvimento dos espaços para criatividade, considerando para tal
os estudos sobre criatividade e grupos criativos de Domenico de Masi. Introduz a
metodologia Jamming como uma possibilidade de Gestão do Conhecimento a qual
privilegia a interação entre os agentes, disseminando, compartilhando a criação do
conhecimento, de acordo com a discussão de temas interdisciplinares do
conhecimento.