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147331/01/2019 - 20:38Anônimo127.0.0.11arachni@email.gr1
147731/01/2019 - 20:38Anônimo127.0.0.11arachni@email.gr1
148131/01/2019 - 20:38Anônimo127.0.0.11arachni@email.gr1
148531/01/2019 - 20:38Anônimo127.0.0.11arachni@email.gr1
148907/02/2019 - 12:55Anônimo127.0.0.1Luiz carlosluiz.cont.8@hotmail.com<p>Boa tarde.</p> <p>estou com um caso aqui no escritorio que &eacute; o seguinte: Um funcion&aacute;rio que ainda n&atilde;o possui car&ecirc;ncia para o INSS (auxilio doen&ccedil;a), entrou com um atestado de 15 dias e no prazo de 42 dias deu outro atestado de 15 dias. A empresa &eacute; obrigada a pagar os 15 dias ?</p> <p>desde ja&acute;agrade&ccedil;o.</p>
149320/02/2019 - 18:10Anônimo127.0.0.1José R. Carvalheiro Netocarvalheiro32@bol.com.br<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> trabalho_cientifico_unicam.pdf (437 KB)
149820/05/2019 - 07:15Anônimo127.0.0.1Felippe Roberto Pestanafelipperoberto@gmail.com<p>Bom Dia!</p> <p>&nbsp;</p> <p>Sou Felippe Pestana, estou tentando me cadastrar no portal para acompanhar as publica&ccedil;&otilde;es e conte&uacute;do, por&eacute;m, estou tendo dificuldades. Quando clico na funcionalidade retorna para a mesma p&aacute;gina.</p> <p>Como devo proceder?</p> <p>Caso o cadastro possa ser feito direitamente, seguem meus dados:</p> <p>Felippe Roberto Pestana</p> <p>felipperoberto@gmail.com</p> <p>Estrada do Santo Antonio, n&ordm; 1774, bairro Santa Barbara, Porto Velho/RO</p> <p>69 984240486</p> <p>&nbsp;</p> <p>Obrigado,</p> <p>&nbsp;</p> <p>Felippe</p>
150227/05/2019 - 15:24Anônimo127.0.0.1Marcia Marisamarciamarisabgmt@gmail.com.br<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO col aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> <p>Boa tarde,</p> <p>estou tentando criar minha conta, mas ao clicar para realizar o procedimento, sou redirecionada para a mesma p&aacute;gina e portanto, sem op&ccedil;&atilde;o de criar qualquer conta.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O que devo fazer, ou como voc&ecirc;s podem me auxiliar.</p> <p>At.te</p>
150613/07/2019 - 15:24Anônimo201.162.88.195Alexsander Carvalhoalexsander_carvalho@yahoo.com.br<p><strong>Resumo: </strong>O presente trabalho consiste em uma reflex&atilde;o sobre os esfor&ccedil;os para traduzir o ponto de vista global sobre o fen&ocirc;meno da dissemina&ccedil;&atilde;o de not&iacute;cias falsas na sociedade contempor&acirc;nea, se propondo a uma an&aacute;lise do transtorno da informa&ccedil;&atilde;o no que diz respeito aos crimes cibern&eacute;ticos, em especial os crimes digitais comuns, busca analisar a evolu&ccedil;&atilde;o e classifica&ccedil;&atilde;o das not&iacute;cias falsas em suas v&aacute;rias nuances. Quer mostrar como afetam a seguran&ccedil;a p&uacute;blica, a democracia, e os Direitos humanos em tentativas de cerceamento &agrave; liberdade de express&atilde;o e aviltamento &agrave; neutralidade de rede prevista no Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14). Apresenta a educa&ccedil;&atilde;o digital como proposta ao enfrentamento, checagem de informa&ccedil;&atilde;o, e o uso correto da rede mundial de computadores como fomento &agrave; cultura e a democracia.&nbsp;</p> fake_news_consequencias_da_desinformacao_0.pdf (935 KB)
151023/04/2020 - 12:00Anônimo186.247.75.77Gisele Leiteprofessoragiseleleite@gmail.com<p><strong>Precedente judicial vinculante e a <em>ratio decidendi</em> </strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>Resumo:</p> <p>&Eacute; relevante entender o precedente judicial vinculante e principalmente como localizar o <em>ratio decidendi</em>, o texto esbo&ccedil;a didaticamente sobre o tema que ainda nos traz maiores perplexidades.</p> <p>Palavras-Chave: Direito processual civil brasileiro. Precedente Judicial Vinculante. S&uacute;mula. Constitui&ccedil;&atilde;o Federal Brasileira de 1988. C&oacute;digo de Processo Civil brasileiro de 2015. Neoprocessualismo. Neoconstitucionalismo.</p> <p>Abstract:</p> <p>It is relevant to understand the legal precedent binding and mainly how to locate the ratio decidendi, the text sketches didaticamente on the subject that still brings us greater perplexities.</p> <p>Keywords: Brazilian civil procedural law. Binding Judicial Precedent. Summary. Brazilian Federal Constitution of 1988. Brazilian Civil Procedure Code of 2015. Neoprocessualism. Neo-constitutionalism.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&Eacute; verdade que a preocupa&ccedil;&atilde;o com a seguran&ccedil;a jur&iacute;dica criou o sistema de precedentes vinculantes, ou seja, onde as decis&otilde;es judiciais<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title="">[1]</a> que vinculam, e s&atilde;o de observa&ccedil;&atilde;o obrigat&oacute;ria <em>erga omnes</em>, nasceu no sistema do <em>common law</em>, sendo mesmo a sua marca distintiva.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Lembremos que a <em>common law<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><strong>[2]</strong></a></em> &eacute; sistema adotado por quase todos pa&iacute;ses que outrora foram col&ocirc;nias brit&acirc;nicas, entre estes, podemos citar: EUA (com exce&ccedil;&atilde;o do Estado da Louisiana), Canad&aacute; (com exce&ccedil;&atilde;o de Quebec), &Aacute;frica do Sul, &Iacute;ndia e Austr&aacute;lia<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title="">[3]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Surpreendidos com a progressiva observ&acirc;ncia obrigat&oacute;ria dos precedentes judiciais que tem ultrapassado as fronteiras, num mundo cada vez mais globalizado onde h&aacute; maior comunicabilidade e influ&ecirc;ncia aos diversos institutos jur&iacute;dicos desenvolvidos nos casos distintos sistemas legais. Enfim, tal influ&ecirc;ncia transfronteiri&ccedil;a tem aspectos transnacionais, o que &eacute; caracter&iacute;stica peculiar da cultura p&oacute;s-moderna do s&eacute;culo XXI.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Assim, com a vincula&ccedil;&atilde;o dos precedentes judiciais tem sido importada para nosso pa&iacute;s, mas &eacute; bom que saibamos sobre a hist&oacute;ria de forma&ccedil;&atilde;o e, tamb&eacute;m, de sua estrutura origin&aacute;ria, para aperfei&ccedil;oar sua compreens&atilde;o e aplica&ccedil;&atilde;o dos precedentes que eficazmente vinculem e para finalmente responder &agrave; indaga&ccedil;&atilde;o:</p> <p>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <strong>O precedente vinculante e a <em>ratio decidendi</em> da <em>common law</em>, s&atilde;o realmente exemplos a serem seguidos?</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>O nascimento da <em>common law</em> deu-se nas cortes reais do Reino Unido, mais particularmente, sob o reinado do Rei Henry II<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title="">[4]</a>, por volta de 1187, quando o monarca encomendou a um de seus famosos ju&iacute;zes, chamado Glanvill, a escritura de uma obra que condensaria todos os costumes judiciais dos casos que eram levados para julgamento nas Cortes Reais.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O Rei Henry II seguia a tradi&ccedil;&atilde;o de ser um rei-juiz<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title="">[5]</a> ou rei julgador e eram levados os casos de diferentes mat&eacute;rias. Incluindo-se nobres de outros reinados para o aconselhamento e a decis&atilde;o judicial de seus respectivos lit&iacute;gios.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A obra encomendada de autoria de Ranulf de Glanvill<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title="">[6]</a> ficou conhecida com o nome de seu relator e, contava a todos os s&uacute;ditos do Rei o qual era costume na Corte Real brit&acirc;nica.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Assim, o Rei determinava que aquela era a &quot;<em>common law</em>&quot;, isto &eacute;, o direito comum e aplic&aacute;vel a todos os homens livres, presentes no territ&oacute;rio dominado por sua Coroa. Um direito comum que registrava os costumes do Rei, da&iacute; o mito que informa que a <em>common law</em> seja direito costumeiro.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Portanto, o Rei fazia publicar o seu direito, seus costumes e, tamb&eacute;m, sua autoridade diante da Igreja e de Roma, contra quem queria publicamente se opor, contrapondo-se frontalmente ao que era chamado de <em>Cannon Law</em> e &agrave; <em>Roman Law<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><strong>[7]</strong></a></em>, tamb&eacute;m praticadas na Inglaterra, mas n&atilde;o era comum a todos os homens livres.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Mais tarde, os casos concretos julgados nas Cortes reais brit&acirc;nicas passaram ser regularmente relatados em obras de casos concretos, no s&eacute;culo XII, Bracton introduziu o costume de relatar o <em>Case Books</em> e, em relat&oacute;rios e obras do ano (s&eacute;culo XIII, os <em>Law Reports</em> e os Year Books).</p> <p>&nbsp;</p> <p>Por&eacute;m, foi apenas no s&eacute;culo XV que a observ&acirc;ncia de tais decis&otilde;es julgadas passou a ser praxe<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title="">[8]</a> entre os ju&iacute;zes.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Os casos concretos mais famosos, seja pela complexidade como por sua repercuss&atilde;o, eram dirigidos nessa &eacute;poca, &agrave; chamada C&acirc;mara Exchequer quando, eram julgados num sistema de colegiado, que eram posteriormente observados pelos demais ju&iacute;zes.</p> <p>&nbsp;</p> <p>N&atilde;o existia, por&eacute;m, obrigatoriedade de vincula&ccedil;&atilde;o. Assim, era propriamente um compromisso moral pautado por uma certeza e seguran&ccedil;a jur&iacute;dica, al&eacute;m de se construir uma necess&aacute;ria harmoniza&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O costume de se observar e obedecer aos precedentes judiciais foi exportado para as antigas col&ocirc;nias brit&acirc;nicas, conforme eram conquistadas. E, assim, o sistema de precedentes obrigat&oacute;rios, foi sendo incorporado e, consequentemente, consolidado, adotando naturalmente algumas peculiaridades locais nos sistemas jur&iacute;dicos que se formaram na Am&eacute;rica do Norte, na &Aacute;frica, &Aacute;sia e Oceania.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Apenas no s&eacute;culo XIX, a monarquia e o parlamento brit&acirc;nico, baseados na j&aacute; consolidada na pr&aacute;tica do Judici&aacute;rio e, depois da costumeira organiza&ccedil;&atilde;o feita pelos <em>Law Reports</em>, declararam ser obrigat&oacute;ria a observ&acirc;ncia dos precedentes judiciais. E, a partir de ent&atilde;o, se tornaram realmente vinculante por lei e ordem real, seguindo a hierarquia das Cortes Judiciais brit&acirc;nicas.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O sistema de precedentes vinculantes passou de recomenda&ccedil;&atilde;o para ser cogente, e de fato, traz elementos que merecem ser compilados da doutrina de precedentes vinculantes, ou conforme tem sido consagrada pela chamada <em>doctrine of stare decisis<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><strong>[9]</strong></a></em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A identifica&ccedil;&atilde;o da for&ccedil;a vinculante, o chamado <em>binding element</em> dessa doutrina &eacute; tarefa t&eacute;cnica que exige muita aten&ccedil;&atilde;o e estudo.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Richard Ward costuma frisar que um equ&iacute;voco ao se mencionar que uma decis&atilde;o possui for&ccedil;a vinculante, ou mesmo que uma decis&atilde;o perdeu sua for&ccedil;a vinculante. O <em>binding element</em> <a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title="">[10]</a>traz em verdade um princ&iacute;pio de direito que &eacute; desenvolvido na decis&atilde;o judicial, conhecido pelo nome de <em>ratio decidendi</em> ou <em>holding<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><strong>[11]</strong></a></em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>N&atilde;o &eacute; tudo, o que est&aacute; dito ou escrito pelo juiz em sua decis&atilde;o que se torna a <em>ratio decidendi</em>. Uma decis&atilde;o, em regra, traz em seu bojo, tr&ecirc;s elementos, a saber: 1. fatos narrados que s&atilde;o base de livre convic&ccedil;&atilde;o do julgador; 2. princ&iacute;pios de direito positivo aplic&aacute;veis aos fatos em julgamento; e, 3. a decis&atilde;o que se baseia nos dois primeiros elementos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Frise-se, para as partes, o terceiro elemento corresponde ao principal da decis&atilde;o. J&aacute;, para a <em>doctrine of stare decisis</em>, o segundo elemento &eacute; o mais relevante pois neste se encontra a <em>ratio</em> (todo arrazoamento do direito que conduziu &agrave; decis&atilde;o final).</p> <p>&nbsp;</p> <p>Gary Slapper e David Kelly, no seu livro <em>English Law</em> explicam didaticamente que a <em>ratio decidendi</em> &eacute; toda a raz&atilde;o de direito aplicada ao se decidir um lit&iacute;gio trazido a ju&iacute;zo.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Segundo Cracknel, que s&oacute; os pronunciamentos de direito comp&otilde;em a <em>ratio decidendi</em> e apenas aqueles que s&atilde;o necess&aacute;rios para se atingir a decis&atilde;o. Qualquer outra raz&atilde;o de direito desenvolvida na senten&ccedil;a &eacute; um <em>obter dictum</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Apesar de ter a sua import&acirc;ncia e fun&ccedil;&atilde;o no lit&iacute;gio, que trazem a exemplifica&ccedil;&atilde;o fazem analogia, e, etc, torna-se sup&eacute;rflua para a forma&ccedil;&atilde;o da <em>ratio</em>, s&atilde;o palavras mortas na decis&atilde;o<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title="">[12]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>No fundo, nem sempre &eacute; f&aacute;cil localizar a <em>ratio decidendi<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><strong>[13]</strong></a></em> em um caso concreto relatado pela <em>Common law<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><strong>[14]</strong></a></em>, tanto no seu sistema origin&aacute;rio brit&acirc;nico, como nos seus sistemas importados norte-americano, canadense, sul-africano ou australianos e outros.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A <em>ratio</em> pode consistir em alguns par&aacute;grafos ou de dezenas de p&aacute;ginas e, ser&aacute; todo o arrazoado de direito que o vincular&aacute; conjuntamente com sua base f&aacute;tica. Pois &eacute;, nesta que um caso se distingue de outro. N&atilde;o &eacute; necessariamente um texto cont&iacute;nuo. Al&eacute;m disso, dificilmente os ju&iacute;zes identificam a ratio em seus julgados quando a elaboram.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E, tal tarefa &eacute; entendida como do int&eacute;rprete<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title="">[15]</a>. E, em muitos casos concretos, o <em>obter dictum</em> foi transformado em <em>ratio essendi</em>, por err&ocirc;nea interpreta&ccedil;&atilde;o, mas se perpetuou como <em>common law</em>. Infelizmente, muitos <em>obter dicta</em> se tornaram o direito.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Diante de tamanha complexidade, h&aacute; a utiliza&ccedil;&atilde;o de modelo computacional de intelig&ecirc;ncia artificial, que fora desenvolvido exatamente para encontrar a <em>ratio decidendi</em>, vide L. Karl Branting da Universidade de Wyoming dos EUA<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title="">[16]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Em verdade, todos os acad&ecirc;micos de Direito s&atilde;o exaustivamente treinados durante todo o curso exatamente para terem a expertise em encontrar o <em>binding element</em>, bem como os estudantes do Direito do sistema romano-germ&acirc;nico s&atilde;o igualmente treinados para manusear c&oacute;digos e separa temas e correntes doutrin&aacute;rias aplicadas nos julgados.</p> <p>&nbsp;</p> <p>N&atilde;o obstante a teia complexa dessa tarefa em localizar o binding element, &eacute; ineg&aacute;vel os relevantes benef&iacute;cios do sistema de precedentes judiciais vinculantes, a rigor, trazem maior previsibilidade e certeza, al&eacute;m de economia processual, e tratamento ison&ocirc;mico para casos semelhantes, construindo harmonia para todo sistema jur&iacute;dico, entre muitos outros.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Mas, h&aacute; quem se preocupe com o poss&iacute;vel engessamento do direito pelo sistema de precedentes obrigat&oacute;rios, e at&eacute; mesmo, a pr&oacute;pria <em>Common Law</em> tem usado dois mecanismos processuais eficientes para tanto, a saber: a distin&ccedil;&atilde;o ou <em>distinction</em> e a revoga&ccedil;&atilde;o ou <em>overruling</em>.<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title="">[17]</a></p> <p>&nbsp;</p> <p>Pela distin&ccedil;&atilde;o<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn18" name="_ftnref18" title="">[18]</a>, o julgador deixa de obedecer a for&ccedil;a vinculante do precedente quando concluir que o caso concreto em julgamento &eacute; distinto do precedente judicial formado. Eis a&iacute;, a relev&acirc;ncia de o <em>holding</em> n&atilde;o se concentrar somente em um simples enunciado, mas tamb&eacute;m trazer consigo uma boa parte do arrazoado.</p> <p>&nbsp;</p> <p>J&aacute; pela revoga&ccedil;&atilde;o<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn19" name="_ftnref19" title="">[19]</a>, que pode ser feita pelo pr&oacute;prio Judici&aacute;rio ou mesmo por lei (a lei tamb&eacute;m considerada como fonte prim&aacute;ria de direito na <em>common law</em>), um precedente judicial vinculante poder&aacute; deixar de ser obedecido.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A Constitui&ccedil;&atilde;o Federal brasileira<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn20" name="_ftnref20" title="">[20]</a> vigente criou o sistema de vincula&ccedil;&atilde;o de precedentes judiciais, ao expressar em seu artigo 103, A, <em>caput</em> que o STF poder&aacute;, de of&iacute;cio ou por provoca&ccedil;&atilde;o, mediante a decis&atilde;o de dois ter&ccedil;os de seus membros, ap&oacute;s reiteradas decis&otilde;es sobre a mat&eacute;ria constitucional, aprovar s&uacute;mula que, a partir de sua publica&ccedil;&atilde;o na imprensa oficial, ter&aacute; efeito vinculante em rela&ccedil;&atilde;o aos demais &oacute;rg&atilde;os do Judici&aacute;rio e &agrave; administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como ainda proceder &agrave; sua revis&atilde;o ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Quando se toma o enunciado de uma s&uacute;mula, v&ecirc;-se que h&aacute; evidentemente uma distin&ccedil;&atilde;o na aplica&ccedil;&atilde;o do sistema de vincula&ccedil;&atilde;o no direito brasileiro, do sistema de precedentes originalmente criado pelos brit&acirc;nicos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A s&uacute;mula brasileira que vincula &eacute; assim mero enunciado, que cont&eacute;m de tr&ecirc;s a quatro linhas, com uma ordem imperativa<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn21" name="_ftnref21" title="">[21]</a> que muito se parece mais com o terceiro elemento da decis&atilde;o (aquele que importaria preferencialmente &agrave;s partes) e, &eacute; totalmente diferente<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn22" name="_ftnref22" title="">[22]</a> da <em>ratio decidendi</em> da <em>common law</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Conv&eacute;m sublinha que o CPC/2015 ampliou tal recep&ccedil;&atilde;o de elementos da <em>common law</em>, fazendo com que tal vincula&ccedil;&atilde;o se estenda a outros julgados, basta uma leitura do conte&uacute;do do artigo 927 do CPC/2015.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Ali&aacute;s, o verbo &quot;observar&atilde;o&quot; &eacute; mesmo interpretado pacificamente que estar&atilde;o vinculados. Assim recepcionou-se dois elementos dos precedentes vinculantes da <em>common law</em>, ou seja, a vincula&ccedil;&atilde;o per si e a organiza&ccedil;&atilde;o de precedentes por quest&atilde;o jur&iacute;dica.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Quanto ao primeiro elemento, trata-se da id&ecirc;ntica no&ccedil;&atilde;o de observ&acirc;ncia obrigat&oacute;ria e cogente j&aacute; antes introduzida pela s&uacute;mula vinculante. Enfim, se amplia o leque para as decis&otilde;es de outros tribunais e outros tipos de decis&otilde;es dentro do pr&oacute;prio STF.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E, se verifica que os tribunais ora inclu&iacute;dos dever&atilde;o ser treinados para compreender essa nova mentalidade de vincula&ccedil;&atilde;o, vez que seus julgados ser&atilde;o observados obrigatoriamente dentro de uma hierarquia estabelecida na organiza&ccedil;&atilde;o judici&aacute;ria brasileira.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Quanto ao segundo elemento, a organiza&ccedil;&atilde;o dos precedentes judiciais por quest&atilde;o jur&iacute;dica, trata-se de absor&ccedil;&atilde;o da estrutura existente dos <em>Law Reports</em> no Brasil<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn23" name="_ftnref23" title="">[23]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Mas, conv&eacute;m destacar que a sequ&ecirc;ncia fora invertida em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; <em>common law<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><strong>[24]</strong></a></em>. Pois primeiramente houve uma extrema organiza&ccedil;&atilde;o dos precedentes atrav&eacute;s dos <em>Law Reports</em>, e somente depois, houve a vincula&ccedil;&atilde;o assimilada e, por fim, determinada por lei.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Conv&eacute;m sublinha que tal sequ&ecirc;ncia &eacute; resultante de quest&atilde;o hist&oacute;ria, pois que no momento da cria&ccedil;&atilde;o dos <em>Law Reports</em>, que os precedentes judiciais nestes relatados teriam for&ccedil;a de lei.</p> <p>&nbsp;</p> <p>De toda sorte, a invers&atilde;o da ordem n&atilde;o veio a prejudicar a aplica&ccedil;&atilde;o do elemento vinculante ao direito p&aacute;trio.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Mas, se pode imaginar que ser&aacute; necess&aacute;ria a prepara&ccedil;&atilde;o dos nossos magistrados e funcion&aacute;rios do Judici&aacute;rio para que tal absor&ccedil;&atilde;o do elemento vinculante, bem como a cria&ccedil;&atilde;o dos relat&oacute;rios de casos concretos julgados possam ser &uacute;teis e eficazes.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Apesar de peculiares atropelos, tipicamente brasileiros<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn25" name="_ftnref25" title="">[25]</a>, a ado&ccedil;&atilde;o de ambos os elementos: a vincula&ccedil;&atilde;o e organiza&ccedil;&atilde;o dos precedentes por quest&atilde;o jur&iacute;dica, podem andar simultaneamente em paralelo desenvolvimento.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Uma decis&atilde;o judicial, em qualquer sistema legal existente no mundo, cont&eacute;m sempre tr&ecirc;s elementos principais, a saber: 1. fatos narrados; 2. o arrazoado que compreende os princ&iacute;pios de direito positivo aplic&aacute;veis aos fatos em julgamento; 3. a decis&atilde;o que se baseia nos dois primeiros elementos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Desta forma, para a doutrina do <em>stare decisis</em>, o elemento principiol&oacute;gico que conduz &agrave; final decis&atilde;o &eacute; o mais relevante e, &eacute; este que vincula.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A <em>ratio decidendi</em> ou<em>holding</em> &eacute; a raz&atilde;o de direito aplicada para se atingir a decis&atilde;o. Desta fazem parte, apenas os pronunciamentos de direito que se forem necess&aacute;rios para se chegar &agrave; decis&atilde;o final, sendo que outros coment&aacute;rios, analogias, exemplifica&ccedil;&otilde;es e observa&ccedil;&otilde;es desenvolvidas nas senten&ccedil;as forma o que se chama <em>obter dictum</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A pr&oacute;pria decis&atilde;o final que importa preferencialmente para as partes envolvidas, n&atilde;o se configura em si mesma, a <em>ratio decidendi</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Observando-se algumas s&uacute;mulas vinculantes j&aacute; publicadas no Brasil, identifica-se claramente, que nosso pa&iacute;s tem adotado o elemento vinculante da <em>ratio</em>.</p> <p>Exemplificando:</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 4:</p> <p>&nbsp;</p> <p>Salvo nos casos previstos na Constitui&ccedil;&atilde;o, o sal&aacute;rio m&iacute;nimo n&atilde;o pode ser usado como indexador de base de c&aacute;lculo de vantagem de servidor p&uacute;blico ou de empregado, nem ser substitu&iacute;do por decis&atilde;o judicial<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn26" name="_ftnref26" title="">[26]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 5:</p> <p>&nbsp;</p> <p>A falta de defesa t&eacute;cnica por advogado no processo administrativo disciplinar n&atilde;o ofende a Constitui&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 11:</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&oacute; &eacute; l&iacute;cito o uso de algemas em casos de resist&ecirc;ncia e de fundado receio de fuga ou de perigo &agrave; integridade f&iacute;sica pr&oacute;pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da pris&atilde;o ou do ato processual a que se refere, sem preju&iacute;zo da responsabilidade civil do Estado.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 21:</p> <p>&nbsp;</p> <p>&Eacute; inconstitucional a exig&ecirc;ncia de dep&oacute;sito ou arrolamento pr&eacute;vios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 25:</p> <p>&nbsp;</p> <p>&Eacute; il&iacute;cita a pris&atilde;o civil<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn27" name="_ftnref27" title="">[27]</a> de deposit&aacute;rio infiel, qualquer que seja a modalidade do dep&oacute;sito<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn28" name="_ftnref28" title="">[28]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 37:</p> <p>&nbsp;</p> <p>N&atilde;o cabe ao Poder Judici&aacute;rio, que n&atilde;o tem fun&ccedil;&atilde;o legislativa, aumentar vencimentos de servidores p&uacute;blicos sob fundamento de isonomia.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 48<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn29" name="_ftnref29" title="">[29]</a>:</p> <p>&nbsp;</p> <p>Na entrada de mercadoria importada do exterior, &eacute; leg&iacute;tima a cobran&ccedil;a do ICMS por ocasi&atilde;o do desembara&ccedil;o aduaneiro.</p> <p>&nbsp;</p> <p>S&uacute;mula Vinculante 53<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn30" name="_ftnref30" title="">[30]</a>:&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>A compet&ecirc;ncia da Justi&ccedil;a do Trabalho prevista no artigo 114, inciso VIII, da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, alcan&ccedil;a a execu&ccedil;&atilde;o de of&iacute;cio das contribui&ccedil;&otilde;es previdenci&aacute;rias relativas ao objeto da condena&ccedil;&atilde;o constante das senten&ccedil;as que proferir e acordos por ela homologados. Com informa&ccedil;&otilde;es da Assessoria de Imprensa do STF.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Nota-se que o elemento vinculante de tais s&uacute;mula retro citadas, configura, um enunciado simpl&oacute;rio, e a decis&atilde;o final importa preferencialmente &agrave;s partes envolvidas. Sem gerar isonomia de julgamento para quest&otilde;es similares ou mesmo id&ecirc;nticas<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn31" name="_ftnref31" title="">[31]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Depois de tanto tempo de constru&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica e doutrin&aacute;ria da <em>common law</em> e seu sistema de precedentes judiciais obrigat&oacute;rios e vinculantes, os <em>common lawyers</em> entenderam que deve vincular a raz&atilde;o de direito.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Mas, o Brasil, por sua vez, decidiu adotar o precedente que vincula. Contrariando a tend&ecirc;ncia do constructo brit&acirc;nico<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn32" name="_ftnref32" title="">[32]</a>. Conclui-se que no Brasil, o que vincula &eacute; o terceiro elemento da senten&ccedil;a.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E tal equivocada compreens&atilde;o de vincula&ccedil;&atilde;o, ou vincula&ccedil;&atilde;o a &ldquo;SRD&rdquo; (sem ra&ccedil;a definida)<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn33" name="_ftnref33" title="">[33]</a> traz problemas paradoxais para nossa jurisprud&ecirc;ncia e para o estudo do Direito.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E, como o CPC vigente ampliou tal possibilidade<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn34" name="_ftnref34" title="">[34]</a> de vincula&ccedil;&otilde;es para as decis&otilde;es do STF, incluindo as decis&otilde;es do STJ, bem como seguindo-se as hierarquias convencionais, tamb&eacute;m as decis&otilde;es dos tribunais superiores, conv&eacute;m questionarmos se tais mudan&ccedil;as n&atilde;o seriam mais eficientes e satisfat&oacute;rias<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn35" name="_ftnref35" title="">[35]</a> se as Cortes Superiores brasileiras modificassem, em suas reda&ccedil;&otilde;es, a estrutura do elemento vinculante, para abarcar o arrazoado de direito, que a exemplo da <em>Common Law</em> importa &agrave; decis&atilde;o final, a <em>ratio decidendi</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>J&aacute; existe entendimento de que o artigo 489 do vigente CPC aponta objetivamente para um realce desse elemento em raz&atilde;o da vincula&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Alguns professores renomados do Direito Processual Civil argumentam sobre a <em>ratio decidendi</em> como elemento central do precedente vinculante e a equivocada vincula&ccedil;&atilde;o de um enunciado no brasil. &Eacute; o caso do professor Marcos Desterfenni<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn36" name="_ftnref36" title="">[36]</a> que levantou do CPC vigente.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Seguindo a escorreita interpreta&ccedil;&atilde;o do referido artigo do CPC, em conson&acirc;ncia com os princ&iacute;pios da boa-f&eacute; e da seguran&ccedil;a jur&iacute;dica, a raz&atilde;o de decidir deve ser o elemento central do precedente que vincula igualmente no Brasil.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Os fundamentos ou fundamenta&ccedil;&atilde;o<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn37" name="_ftnref37" title="">[37]</a> corresponde ao elemento essencial da senten&ccedil;a, e, n&atilde;o se pode considerar fundamentada a decis&atilde;o que se limite a indicar, a reproduzir ou a parafrasear o ato normativo, sem dar a explica&ccedil;&atilde;o devida de sua rela&ccedil;&atilde;o com a causa ou a quest&atilde;o decidida.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Tampouco, o que deveria ser uma s&uacute;mula tem o cond&atilde;o de vincular. A raz&atilde;o de direito deve ter esse v&iacute;nculo com a pessoalidade da causa em si. E, &eacute; esse tamb&eacute;m o racioc&iacute;nio vigente e exigente da <em>common law</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Conclui-se que nesse mundo globalizado, de justi&ccedil;a global t&atilde;o presente na cultura p&oacute;s-moderna, o aprendizado deve ser constante e progressivo. A <em>ratio decidendi</em> pode, assim, ser igualmente incorporada &agrave; cultura da rela&ccedil;&atilde;o de um precedente no Brasil, sem carregar a sua carga de indefini&ccedil;&atilde;o da <em>common law</em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Afinal, a certeza e a seguran&ccedil;a jur&iacute;dica que se almejam com a incorpora&ccedil;&atilde;o do sistema de precedentes judiciais vinculantes seriam garantidas por um arrazoado de direito e, n&atilde;o propriamente por mero enunciado.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Assim, &eacute; a raz&atilde;o de decidir que vincula, e o juiz &eacute; um <em>expert</em> h&aacute;bil a construir senten&ccedil;as com suas distintas partes, devidamente identificadas e, passar&iacute;amos absorver adequadamente a raz&atilde;o de vincular sem a complexidade da <em>common law<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><strong>[38]</strong></a></em>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Sublinhe-se que a vincula&ccedil;&atilde;o atribu&iacute;da pelo CPC/2015 a determinados pronunciamentos judiciais n&atilde;o significa que o Judici&aacute;rio dever&aacute; encarcerar-se em si mesmo, autpoeiticamente, como o ponto de chegada fatal do fen&ocirc;meno jur&iacute;dico.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Ao rev&eacute;s, o CPC vigente prop&otilde;e uma vertente comparticipativa e cooperativa a fim de estimular o policentrismo e a interdepend&ecirc;ncia de todos os sujeitos processuais, em um verdadeiro contradit&oacute;rio substancial, de forma que um pronunciamento vinculante n&atilde;o seja visto como ponto de chegada, sen&atilde;o de partida, sempre aberto e flex&iacute;vel aos argumentos que poder&atilde;o ser lan&ccedil;ados quanto &agrave; sua correta aplica&ccedil;&atilde;o ao caso concreto, rumo ao seu progressivo aperfei&ccedil;oamento<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn39" name="_ftnref39" title="">[39]</a>.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E a observ&acirc;ncia de tais pronunciamentos judiciais vinculantes que definem as teses jur&iacute;dicas, n&atilde;o deve ocorrer da mesma maneira pela qual um juiz observa um comando legal, cuja abertura interpretativa nem sempre leva o Judici&aacute;rio a fornecer o tratamento ison&ocirc;mico a quem se encontra em situa&ccedil;&atilde;o semelhante perante uma mesma lei.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Interessante &eacute; ainda notar a pr&aacute;tica de modula&ccedil;&atilde;o de efeitos da decis&atilde;o judicial anterior a fim de conter as varia&ccedil;&otilde;es na jurisprud&ecirc;ncia, tudo em prol da seguran&ccedil;a jur&iacute;dica<a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftn40" name="_ftnref40" title="">[40]</a>. E, recentemente temos <em>in litteris</em>:</p> <p>&nbsp;</p> <p>No dia 30 de junho de 2016, o tribunal decidiu que a execu&ccedil;&atilde;o de senten&ccedil;a em caso de demora no fornecimento &nbsp;de documento pela administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica prescreve em cinco anos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>E definiu que a demora do ente p&uacute;blico &nbsp;em fornecer as fichas financeiras para o cumprimento de decis&atilde;o transitada em julgada durante a vig&ecirc;ncia &nbsp;do C&oacute;digo de Processo Civil de 1973 n&atilde;o interrompe o prazo A corte decidiu que os efeitos desse ac&oacute;rd&atilde;o passam a ter validade no dia 30 de junho de 2016.</p> <p>Para os casos transitados em julgado no dia 17 de mar&ccedil;o de 2016, dia anterior &agrave; entrada em vigor do atual CPC, a prescri&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a a ser contada tamb&eacute;m a partir do dia 30 de junho.</p> <p>Embora a decis&atilde;o tenha sido a reitera&ccedil;&atilde;o de um entendimento j&aacute; firmado pela Corte Especial, h&aacute; instabilidade na jurisprud&ecirc;ncia do STJ.</p> <p>Essa instabilidade foi causada pelo pr&oacute;prio colegiado de c&uacute;pula do tribunal: no dia 1&ordm; de julho de 2013, a Corte Especial publicou o ac&oacute;rd&atilde;o do Recurso Especial 1.340.440, em que definiu a tese reiterada pela 1&ordf; Se&ccedil;&atilde;o pela &uacute;ltima vez.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Veja a tese sobre o m&eacute;rito do pedido:</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;A partir da vig&ecirc;ncia da Lei n. 10.444/2002, que incluiu o &sect; 1&ordm; ao art. 604, dispositivo que foi sucedido, conforme &nbsp;Lei n. 11.232/2005, pelo art. 475-B, &sect;&sect; 1&ordm; e 2&ordm;, todos do CPC/1973, n&atilde;o &eacute; mais imprescind&iacute;vel, para acertamento da conta exequenda, &nbsp;a juntada de documentos pela parte executada, ainda que esteja pendente de envio eventual documenta&ccedil;&atilde;o requisitada pelo ju&iacute;zo ao devedor, &nbsp;que n&atilde;o tenha havido dita requisi&ccedil;&atilde;o, por qualquer motivo, ou mesmo que a documenta&ccedil;&atilde;o tenha sido encaminhada de forma incompleta pelo executado.</p> <p>Assim, sob a &eacute;gide do diploma legal citado e para as decis&otilde;es transitadas em julgado sob a vig&ecirc;ncia do CPC/1973, a demora, independentemente &nbsp;do seu motivo, para juntada das fichas financeiras ou outros documentos correlatos aos autos da execu&ccedil;&atilde;o, ainda que sob a responsabilidade &nbsp;do devedor ente p&uacute;blico, n&atilde;o obsta o transcurso do lapso prescricional execut&oacute;rio, nos termos da S&uacute;mula 150/STF&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Veja a tese sobre a modula&ccedil;&atilde;o dos efeitos da decis&atilde;o:</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;Os efeitos decorrentes dos comandos contidos neste ac&oacute;rd&atilde;o ficam modulados a partir de 30/6/2017, com fundamento no &sect; 3&ordm; do art. 927 do CPC/2015.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Resta firmado, com essa modula&ccedil;&atilde;o, que, para as decis&otilde;es transitadas em julgado at&eacute; 17/3/2016 (quando ainda em vigor o CPC/1973) e que estejam dependendo, para ingressar com o pedido de cumprimento de senten&ccedil;a, do fornecimento pelo executado de documentos ou fichas financeiras (tenha tal provid&ecirc;ncia sido deferida, &nbsp;ou n&atilde;o, pelo juiz ou esteja, ou n&atilde;o, completa a documenta&ccedil;&atilde;o), o prazo prescricional de cinco anos para propositura da execu&ccedil;&atilde;o ou cumprimento de senten&ccedil;a conta-se &nbsp;a partir de 30/6/2017.&quot; (ac&oacute;rd&atilde;o que acolheu parcialmente os embargos de declara&ccedil;&atilde;o, publicado no DJe de 22/06/2018).</p> <p>&nbsp;</p> <p>A aplica&ccedil;&atilde;o de um precedente obrigat&oacute;ria n&atilde;o segue a mesma l&oacute;gica de aplica&ccedil;&atilde;o de uma lei, pois a for&ccedil;a gravitacional do precedente judicial n&atilde;o pode ser apreendida por nenhuma teoria que considera como plena a for&ccedil;a precedente est&aacute; em sua for&ccedil;a de promulga&ccedil;&atilde;o, tal qual a legisla&ccedil;&atilde;o. (In: COELHO, Gabriela.&nbsp; STJ modula efeitos de decis&atilde;o anterior para conter as varia&ccedil;&otilde;es de jurisprud&ecirc;ncia. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.conjur.com.br/2018-jul-09/stj-modula-decisao-anterior-conter-variacoes-jurisprudencia">https://www.conjur.com.br/2018-jul-09/stj-modula-decisao-anterior-conter-variacoes-jurisprudencia</a>Acesso em 9.7.2018).</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Refer&ecirc;ncias:</p> <p>&nbsp;</p> <p>BARROSO, Lu&iacute;s Roberto. <strong>Modula&ccedil;&atilde;o dos efeitos temporais de decis&atilde;o que altera jurisprud&ecirc;ncia consolidada. Qu&oacute;rum de delibera&ccedil;&atilde;o.</strong> Dispon&iacute;vel em: <a href="http://www.oab.org.br/arquivos/pdf/Geral/Cofins.pdf%20Acesso%20em%208.7.2018">http://www.oab.org.br/arquivos/pdf/Geral/Cofins.pdf Acesso em 8.7.2018</a>.</p> <p>BARROSO, Lu&iacute;s Roberto; MELLO, Patr&iacute;cia Perrone Campos. <strong>Trabalhando com uma nova l&oacute;gica: a ascens&atilde;o dos precedentes no Direito brasileiro.</strong> Revista da AGU, v.15, n.3, 2016.</p> <p>CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. <strong>Acesso &agrave; justi&ccedil;a</strong>. Tradu&ccedil;&atilde;o Ellen Gracie Northfeet. Porto Alegre: S&eacute;rgio Antonio Fabris Editor, 1988.</p> <p>CAVALCANTI FILHO, Theophilo. <strong>O problema da seguran&ccedil;a jur&iacute;dica no direito</strong>, Revista dos Tribunais, 1964.</p> <p>CINTRA, Ant&ocirc;nio Carlos de Ara&uacute;jo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, C&acirc;ndido R. <strong>Teoria geral do processo</strong>, 25&ordf; edi&ccedil;&atilde;o. S&atilde;o Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2009.</p> <p>DAVID, Ren&eacute;. <strong>Os Grandes Sistemas de Direito Contempor&acirc;neo</strong>. S&atilde;o Paulo: Martins Fontes, 1986.</p> <p>DE MOURA, Luiz Henrique Damasceno. <strong>Revoga&ccedil;&atilde;o da jurisprud&ecirc;ncia e seguran&ccedil;a jur&iacute;dica.</strong> Dispon&iacute;vel em: <a href="http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,revogacao-da-jurisprudencia-e-seguranca-juridica,56414.html">http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,revogacao-da-jurisprudencia-e-seguranca-juridica,56414.html</a>Acesso em 08.8.2018.</p> <p>DIDIER JR., Fredie; SOUZA, Marcus Seixas. <strong>O respeito aos precedentes como diretriz hist&oacute;rica do direito brasileiro</strong>. Revista de Processo Comparado. S&atilde;o Paulo, v. 2, 2015.</p> <p>FERRAZ JUNIOR, T&eacute;rcio Sampaio. <strong>Introdu&ccedil;&atilde;o ao Estudo do Direito: t&eacute;cnica, decis&atilde;o, domina&ccedil;&atilde;o</strong> - 4&ordf;. Edi&ccedil;&atilde;o - S&atilde;o Paulo: Atlas, 2003; LAFER, Celso. <strong>A reconstru&ccedil;&atilde;o dos direitos humanos: um di&aacute;logo com o pensamento de Hannah Arendt</strong>, Companhia das Letras, 1988.</p> <p>GLEZER, Rubens. Ratio decidendi. Tomo <strong>Teoria Geral e Filosofia do</strong> <strong>Direito</strong>. Edi&ccedil;&atilde;o 1, abril de 2017. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1948916167751&amp;id=1388008111&amp;notif_t=wall">https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1948916167751&amp;id=1388008111&amp;notif_t=wall</a>&nbsp;Acesso em 8.7.2017.</p> <p>HASSEMER, Winfried. <strong>Sistema jur&iacute;dico e codifica&ccedil;&atilde;o: a vincula&ccedil;&atilde;o do Juiz &agrave; lei</strong>, <em>in</em> <strong>Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; filosofia do direito e &agrave; teoria do direito contempor&acirc;neas</strong>, Lisboa: Funda&ccedil;&atilde;o Calouste Gulbenkian, 2002.</p> <p>MARINONI, Luiz Guilherme. <strong>O novo processo civil</strong>. <em>In</em>: MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, S&eacute;rgio Cruz; MITDIERO, Daniel. <strong>Novo C&oacute;digo de Processo Civil comentado</strong>, 2&ordf; edi&ccedil;&atilde;o. 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Assim, a norma que deste &eacute; extra&iacute;da tem car&aacute;ter geral, devendo ser aplicada a todos os casos semelhantes. Por outro lado, os precedentes com efic&aacute;cia impositiva intermedi&aacute;ria s&atilde;o aquelas decis&otilde;es que, embora n&atilde;o tenham que ser obrigatoriamente observadas, revestem-se de efeitos impositivos mais brandos, para al&eacute;m do processo; ou seja, nem possuem efic&aacute;cia normativa tampouco efic&aacute;cia meramente persuasiva, encontrando-se numa zona intermedi&aacute;ria.</p> </div> <div id="ftn2"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title="">[2]</a> [...] &ldquo;direito comum&rdquo;, ou seja, aquele nascido das senten&ccedil;as judiciais dos Tribunais de Westminster, cortes essas constitu&iacute;das pelo Rei e a ele subordinadas diretamente, e que acabaria por suplantar os direitos costumeiros e particulares de cada tribo dos primitivos povos da Inglaterra (este, portanto, antes da conquista normanda em 1066 , denominado direito anglo-sax&ocirc;nico), enquanto a <em>Equity</em>, direito aplicado pelos Tribunais do Chanceler do Rei, originado de uma necessidade de temperar o rigor daquele&nbsp; sistema e de atender a quest&otilde;es de equidade</p> </div> <div id="ftn3"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title="">[3]</a> &Eacute; atualmente a base dos sistemas jur&iacute;dicos dos seguintes pa&iacute;ses: Inglaterra, Pa&iacute;s de Gales, Irlanda do Norte, Irlanda, EUA (exceto o Estado da Louisiana), Canad&aacute; (exceto o direito civil do Quebec, que segue o modelo franc&ecirc;s), Austr&aacute;lia, Nova Zel&acirc;ndia, &Aacute;frica do Sul, &Iacute;ndia, Mal&aacute;sia, Brunei, Paquist&atilde;o, Cingapura e Hong Kong, entre outros. As Cortes Reais, por&eacute;m, consistam numa jurisdi&ccedil;&atilde;o especial, j&aacute; que a maioria dos casos era julgada pelas Cortes Locais situadas nos diversos feudos, cada um dos quais controlado por seu respectivo bar&atilde;o. Somente a partir do s&eacute;culo XV &eacute; que as Cortes Reais passaram a ser os tribunais mais demandados da Inglaterra, e o <em>Common Law</em>, que antes s&oacute; se referia aos assuntos do Rei, tornou-se o direito mais aplicado naquele pa&iacute;s para qualquer tipo de quest&atilde;o judicial</p> </div> <div id="ftn4"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title="">[4]</a> O Rei Henrique II (1133-1189) tamb&eacute;m conhecido como Henrique Curtmantle, Henrique FitzEmpress ou Henrique Plantageneta, foi o Rei da Inglaterra de 1154 at&eacute; sua morte. &ldquo;Maldito o dia que me viu nascer, malditos os filhos que deixei!&rdquo;, teriam sido as &uacute;ltimas palavras com que Henrique II, de Inglaterra, se despediu da vida&hellip; Neto de Guilherme o Conquistador, filho de Matilde, ex-imperatriz consorte do Sacro Imp&eacute;rio e de Godofredo V, conde de Anjou, onde nasceu a 5 de Mar&ccedil;o de 1133,&nbsp; e onde passou os primeiros anos, enquanto sua m&atilde;e lutava pelos seus direitos ao trono de Inglaterra, contra seu primo, Est&ecirc;v&atilde;o de Blois, durante o tempo das guerras civis&nbsp; a que se deu o nome de &ldquo;Anarquia &ldquo;e que s&oacute; acabou quando em 1154 Henrique II subiu ao trono. Em 1152, aos 19 anos, tinha-se casado com a bela Eleanor de Aquit&acirc;nia, mais velha cerca de dez anos e divorciada do rei Lu&iacute;s VII de Fran&ccedil;a, que lhe trouxe como dote o ducado&nbsp; de que era herdeira, o que somado &agrave;s possess&otilde;es que Henrique j&aacute; possu&iacute;a em Fran&ccedil;a (pela m&atilde;e herdara a Normandia e pelo pai, as regi&otilde;es do Loire, Anjou, Maine e Touraine),&nbsp; faziam dele um vassalo muito mais poderoso que o seu suserano, o rei franc&ecirc;s, com quem, ali&aacute;s, passou o tempo em querelas. Iniciando a dinastia Plantageneta, assim denominada por ostentarem no seu bras&atilde;o uma flor de giesta, (em franc&ecirc;s: <em>plante &agrave; gen&ecirc;t</em>), Henrique II foi sem d&uacute;vida, o seu melhor representante. Guerreiro h&aacute;bil e corajoso, conhecido e temido pelos seus ataques de f&uacute;ria, mas bom governante, deixou aos seus descendentes um imp&eacute;rio unido debaixo da mesma bandeira. Muito mais franc&ecirc;s que ingl&ecirc;s (o franc&ecirc;s era a l&iacute;ngua falada pela corte), a sua obsess&atilde;o era expandir os seus dom&iacute;nios franceses, n&atilde;o descansando enquanto n&atilde;o anexou tamb&eacute;m a Bretanha, o que originou tens&otilde;es frequentes com os reis de Fran&ccedil;a, primeiro com Lu&iacute;s VII e depois com o filho deste Filipe Augusto, astucioso e totalmente desprovido de escr&uacute;pulos, mas h&aacute;bil pol&iacute;tico, que aproveitando-se da desuni&atilde;o reinante entre Henrique e os seus filhos, conseguiu lentamente apoderar-se da maior parte destas possess&otilde;es&nbsp; no reinado de Jo&atilde;o Sem-Terra, filho mais novo de Henrique II. Este homem, dotado de um poderoso equil&iacute;brio, com ombros largos e um pesco&ccedil;o de touro, governava um territ&oacute;rio que se estendia pelos dois lados do Canal da Mancha,&nbsp; desde as montanhas da Esc&oacute;cia at&eacute; aos Pirineus, o maior imp&eacute;rio europeu que qualquer rei de Inglaterra jamais teve, embora fr&aacute;gil, geograficamente disperso, com culturas&nbsp; variadas e diferentes, mas a quem em breve iria dar um novo impulso ao restabelecer a unidade do reino da Inglaterra, e concentrando todo o poder na sua pessoa. Com apenas 21 anos quando subiu ao trono, depressa acabou com as centenas de pra&ccedil;as-fortes dos opressores do povo anglo-sax&atilde;o e reprimiu todas as tentativas de rebeli&atilde;o dos senhores feudais. &ldquo;As espadas dos cavaleiros foram transformadas em charruas; os salteadores e os ladr&otilde;es foram enforcados&rdquo;. Implementou um novo sistema de coleta de impostos e a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica melhorou significativamente com o estabelecimento de registos p&uacute;blicos criados pelo rei.&nbsp; No campo da justi&ccedil;a, Henrique mandou coligir o primeiro livro de leis ingl&ecirc;s, descentralizou o exerc&iacute;cio da justi&ccedil;a atrav&eacute;s de magistrados com poderes de agir em nome da coroa e implementou o julgamento por j&uacute;ri. A pessoa mais insignificante podia queixar-se diretamente ao rei, no decurso das suas viagens de norte a sul do pa&iacute;s, Henrique velava pela boa aplica&ccedil;&atilde;o da justi&ccedil;a.</p> </div> <div id="ftn5"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title="">[5]</a> Ant&ocirc;nio Pessoa Cardoso j&aacute; com pertin&ecirc;ncia afirma: O juiz j&aacute; foi sacerdote, j&aacute; foi rei; atualmente, para uns &eacute; poder, para outros, &eacute; funcion&aacute;rio do Estado; no futuro o que ser&aacute;? In: Juiz j&aacute; foi sacerdote e rei; agora, &eacute; escravo da m&aacute;quina. Concluiu o autor:&quot; O juiz j&aacute; foi sacerdote e rei, mas agora &eacute; escravo da pr&oacute;pria m&aacute;quina e servo do poder&quot;. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.conjur.com.br/2008-abr">https://www.conjur.com.br/2008-abr</a> 13/juiz_foi_sacerdote_rei_agora_escravo_maquina&nbsp;&nbsp; Acesso em 8.7.2018.</p> </div> <div id="ftn6"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title="">[6]</a> Tamb&eacute;m conhecido como Glanvil, Glanville e Granville, faleceu em 1190 foi o Chefe de Justi&ccedil;a da Inglaterra durante o reinado Henrique II e foi o prov&aacute;vel autor de <em>Tractatus de legibus e consuetudinibus</em> <em>regni Angle</em> (Tratado sobre as Leis e costumes do Reino da Inglaterra), o mais antigo tratado sobre as leis da Inglaterra. H&aacute; poucas informa&ccedil;&otilde;es registrada sobre sua intensa vida precoce. Mas foi ouvido pela primeira vez como xerife de Yorkshire, Warwickshire e Leicestershire de 1163 a 1170 quando, junto com a maioria de altos xerifes, mas fora afastado do cargo por corrup&ccedil;&atilde;o.&nbsp; Foi com a sua assist&ecirc;ncia que o Rei Henrique II completou suas famosas reformas judiciais, embora muitas tenham sido realizadas antes de ele assumir o cargo. Em 1176 foi tamb&eacute;m nomeado como custodiante da Rainha Eleanor que estava confinada aos seus aposentos no Castelo de Winchesters. Ap&oacute;s a morte do Rei fora removido de seu escrit&oacute;rio por Richard I em 17.09,1189 e aprisionado at&eacute; que pagou um resgate, de acordo com uma autoridade, de quinze mil libras. Fundou dois monast&eacute;rios ambos em Suffolk: Butler Priory, para Black Canons, foi fundado em 1171 e Leiston Abbey, para White Cannons em 1183. Tamb&eacute;m construiu um hospital para leprosos em Somerton, em Nortfolk.</p> </div> <div id="ftn7"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title="">[7]</a> Em face do excesso de formalismo dos processos da <em>common law</em>, em que havia a preocupa&ccedil;&atilde;o somente em dar solu&ccedil;&otilde;es aos lit&iacute;gios, em vez de procurar realizar a justi&ccedil;a, o referido sistema de direito tornou-se insuficiente para atender aos apelos e necessidades da sociedade da &eacute;poca. Desenvolveu-se no direito brit&acirc;nico um ramo jurisdicional paralelo complementar chamado de <em>equity</em>, mediante o qual o monarca, por interm&eacute;dio de seus chanceleres (que eram eclesi&aacute;sticos), preferia decis&otilde;es de equidade, com base em princ&iacute;pios substantivos relacionados &agrave; moral e &agrave; justi&ccedil;a provenientes do Direito Romano e Can&ocirc;nico, de modo a flexibilizar o sistema.&nbsp; Ren&eacute; David destacou que o crescimento da <em>equity</em> promoveu, ent&atilde;o, relevante aproxima&ccedil;&atilde;o do ordenamento ingl&ecirc;s &agrave; fam&iacute;lia romana.&nbsp; Com o tempo, tais chanceleres foram substitu&iacute;dos por advogados que passaram a fazer uso em suas decis&otilde;es de normas com conte&uacute;do semelhante &agrave;quelas da <em>common law</em>. Na realidade, tal atua&ccedil;&atilde;o dos chanceleres n&atilde;o passou ser bem vista pelos Tribunais Reais, o que culminou, por volta de 1616, na firma&ccedil;&atilde;o de compromisso por meio do qual restou estabelecido que a <em>equity </em>subsistiria, mas deveria se ater aos precedentes judiciais j&aacute; firmados, de modo a n&atilde;o promover novas intromiss&otilde;es na <em>common law</em>.</p> </div> <div id="ftn8"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title="">[8]</a> Os praxistas tinham como objetivo o estudo dos temas mais comuns do foro, com a finalidade de solucionar o problema da indetermina&ccedil;&atilde;o da comum opini&atilde;o dos doutores. Um livro &eacute; tomado como exemplo para demonstrar como os praxistas utilizavam os precedentes judiciais para propor a resolu&ccedil;&atilde;o de quest&otilde;es controversas.</p> </div> <div id="ftn9"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title="">[9]</a> <em>Stare decisis</em> &eacute; express&atilde;o decorrente do latim <em>stare decisis et non quieta movere</em> (respeitar as coisas decididas e n&atilde;o mexer no que est&aacute; estabelecido) &eacute; utilizada no direito para se referir &agrave; doutrina segundo a qual as decis&otilde;es de &oacute;rg&atilde;o judicial criam precedente (jurisprud&ecirc;ncia) e vinculam futuras decis&otilde;es. Tal doutrina &eacute; caracter&iacute;stica do <em>common law</em> e n&atilde;o t&atilde;o forte em sistemas de direito continental (romano germ&acirc;nico), onde a jurisprud&ecirc;ncia tem assumido obrigatoriedade muito menor e a capacidade do magistrado de interpretar a lei segundo seu crit&eacute;rio &eacute; muito mais ampla. A maioria dos sistemas, por&eacute;m, reconhecem que a jurisprud&ecirc;ncia deve ligar de alguma forma os ju&iacute;zes como se fossem independentes,</p> <p>&eacute; necess&aacute;rio evitar que as suas decis&otilde;es sejam totalmente imprevis&iacute;veis ou contradit&oacute;rias de forma ca&oacute;tica. A EC 45/2004 criou no ordenamento jur&iacute;dico p&aacute;trio o sistema de s&uacute;mulas vinculantes que s&atilde;o editadas pelo STF e vinculam a Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica e os demais &oacute;rg&atilde;os do Poder Judici&aacute;rio. N&atilde;o vinculam o Poder Legislativo que pode vir a aprovar leis contr&aacute;rias &agrave; orienta&ccedil;&atilde;o sumulada. O instituto do stare decisis se diferencia da s&uacute;mula vinculante, esta &eacute; formulada de maneira gen&eacute;rica, para aplica&ccedil;&atilde;o em todos os casos futuros; aquele &eacute; precedente obrigat&oacute;rio apenas para o caso em julgamento; do precedente se retira a norma aplic&aacute;vel somente e unicamente ao caso concreto <em>sub judice</em>. Como bem ficou salientado na Rcl 4335/AC, no voto do Ministro <strong>Teori Zavascki</strong>, o art. 557 do CPC &eacute; um exemplo de dispositivo que prov&ecirc; uma efic&aacute;cia ultra partes para decis&otilde;es do STF. <em>In verbis</em>, &quot;O relator negar&aacute; seguimento a recurso manifestamente inadmiss&iacute;vel, improcedente, prejudicado ou em confronto com s&uacute;mula ou com jurisprud&ecirc;ncia dominante do Supremo Tribunal Federal ou Tribunal Superior&quot;. O art. 518, &sect;1&ordm; do CPC, de igual modo, confere &agrave;s s&uacute;mulas do STF poder para barrar o recebimento de apela&ccedil;&atilde;o quando esta estiver a questionar senten&ccedil;a dada em perfeita conformidade com aquelas.</p> </div> <div id="ftn10"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title="">[10]</a> O efeito vinculante (<em>binding effect ou Brindungswirkung</em>) mostrou-se compat&iacute;vel tanto com os sistemas jur&iacute;dicos do <em>common law</em> como do <em>civil law</em>. Ali&aacute;s, bem mais do que um mero efeito das decis&otilde;es, a vincula&ccedil;&atilde;o das raz&otilde;es das decis&otilde;es judiciais tornou-se arma indispens&aacute;vel &agrave; defesa do Estado de Direito e da pr&oacute;pria ordem constitucional que o constitui, em qualquer sistema jur&iacute;dico. Esta foi a ideia importada ao Direito brasileiro. No Brasil, n&atilde;o h&aacute; dificuldade em aceitar que tais efeitos das decis&otilde;es do Supremo Tribunal Federal, por&eacute;m, por interpreta&ccedil;&atilde;o restrita do artigo 102, &sect; 2&ordm;. e artigo 103-A da Constitui&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica, t&ecirc;m sido reduzidos, exclusivamente &agrave;s decis&otilde;es de car&aacute;ter geral. Esquece-se, por&eacute;m, que o efeito vinculante n&atilde;o necessita de positiva&ccedil;&atilde;o expressa &ndash; nos Estados Unidos n&atilde;o h&aacute; qualquer refer&ecirc;ncia escrita sobre o princ&iacute;pio do <em>stare decisis</em>. A vincula&ccedil;&atilde;o das decis&otilde;es, especialmente das Cortes Extraordin&aacute;rias, &eacute; princ&iacute;pio emanante da pr&oacute;pria estabilidade exigida pelo Estado de Direito.</p> </div> <div id="ftn11"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title="">[11]</a> &ldquo;<em>A ratio decidendi</em> ou o <em>holding</em> n&atilde;o &eacute; o pr&oacute;prio fundamento aprovado pela maioria para decidir. A rato decidendi ou a tese &eacute; uma descri&ccedil;&atilde;o do entendimento jur&iacute;dico que serviu de base &agrave; decis&atilde;o. Essa diferen&ccedil;a sutil foi objeto dos debates travados durante o julgamento da ADI 4697, quando parte do pleno do Supremo Tribunal Federal inclinou-se a aprovar, como tese afirmada no julgamento, a proposi&ccedil;&atilde;o segundo a qual &eacute; constitucional a lei que delega a fixa&ccedil;&atilde;o da anuidade aos Conselhos Profissionais, desde que determine o seu limite m&aacute;ximo e defina par&acirc;metros para a sua grada&ccedil;&atilde;o. No caso, o fundamento da decis&atilde;o era a compatibilidade da delega&ccedil;&atilde;o da compet&ecirc;ncia para definir tal anuidade com o princ&iacute;pio da legalidade, na medida em que a lei delimitava ao menos seu teto e crit&eacute;rios m&iacute;nimos de escalonamento&rdquo;.</p> </div> <div id="ftn12"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title="">[12]</a> Um exemplo pode tornar a distin&ccedil;&atilde;o mais clara. Na ADI 4.277, o STF declarou, na parte dispositiva do ac&oacute;rd&atilde;o, que casais formados por pessoas com a mesma identidade de g&ecirc;nero poderiam constituir regularmente a rela&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica de uni&atilde;o est&aacute;vel. Sem d&uacute;vida esse &eacute; um precedente importante para um futuro questionamento ao Tribunal sobre a possibilidade de casais com a mesma identidade de g&ecirc;nero constitu&iacute;rem regularmente a rela&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica de casamento. O STF est&aacute; argumentativamente vinculado &agrave;s <em>rationes decidendi</em> do precedente, mas n&atilde;o aos seus <em>obiter dicta</em>. Nesse sentido, &eacute; de crucial import&acirc;ncia o debate sobre qual &eacute; a <em>ratio</em> do caso. A solu&ccedil;&atilde;o mais simples de se visualizar seria a fornecida pela concep&ccedil;&atilde;o de raz&atilde;o endossada. De acordo com essa concep&ccedil;&atilde;o, a <em>ratio</em> do precedente seria aquela reconhecida pelo pr&oacute;prio STF durante o eventual julgamento de a&ccedil;&atilde;o sobre casamento homoafetivo, ou de a&ccedil;&atilde;o que avalie a constitucionalidade de lei que vise proibir esse tipo de uni&atilde;o est&aacute;vel, caso haja refer&ecirc;ncia &agrave; ADI 4.277. J&aacute; a concep&ccedil;&atilde;o de raz&atilde;o expl&iacute;cita sofreria com as dificuldades de tentar identificar rationes em ac&oacute;rd&atilde;o com diferentes votos com diversos argumentos. Por&eacute;m, pode-se supor uma interpreta&ccedil;&atilde;o razo&aacute;vel que d&ecirc; ao voto do relator, Ministro <strong>Carlos Ayres Britto</strong> a autoridade para identificar o seu fundamento. Suponha ainda que o trecho do voto no qual se identificou a <em>ratio</em> seja o seguinte: &ldquo;Creio que se est&aacute;, repito, diante de outra entidade familiar, distinta daquela que caracteriza as uni&otilde;es est&aacute;veis heterossexuais. A diferen&ccedil;a, embora sutil, reside no fato de que, apesar de semelhante&nbsp; em muitos aspectos &agrave; uni&atilde;o est&aacute;vel entre pessoas de sexo distinto, especialmente no que tange ao v&iacute;nculo afetivo, &agrave; publicidade e &agrave; dura&ccedil;&atilde;o no tempo, a uni&atilde;o homossexual n&atilde;o se confunde com aquela, eis que, por defini&ccedil;&atilde;o legal, abarca, exclusivamente, casais de g&ecirc;nero diverso.&nbsp; Para conceituar-se, juridicamente, a rela&ccedil;&atilde;o duradoura e ostensiva entre pessoas do mesmo sexo, j&aacute; que n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o normativa expressa a ampar&aacute;-la, seja na Constitui&ccedil;&atilde;o, seja na legisla&ccedil;&atilde;o ordin&aacute;ria, cumpre que se lance m&atilde;o da integra&ccedil;&atilde;o anal&oacute;gica.&rdquo;</p> </div> <div id="ftn13"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title="">[13]</a> De fato, distinguir o <em>obiter dicta</em> (este &eacute; o plural de <em>obiter dictum</em>) da verdadeira <em>ratio decidendi</em> (raz&atilde;o</p> <p>de decidir) &eacute; indispens&aacute;vel no estudo dos precedentes judiciais. Vejamos um julgamento sobre uma apela&ccedil;&atilde;o onde foi proferido: &ldquo;Efetivamente, tal como defende o apelante, a senten&ccedil;a impugnada foi proferida por ju&iacute;zo absolutamente incompetente,&nbsp; motivo pelo qual &eacute; ela nula, apesar do acerto da fundamenta&ccedil;&atilde;o nela utilizada, j&aacute; que, de fato, o juiz est&aacute; certo ao concluir&nbsp; que &eacute; inv&aacute;lida a venda feita por um ascendente a um descendente, sem o expresso consentimento dos outros descendentes e do c&ocirc;njuge do alienante&rdquo;. Conclui-se que o tribunal invalidou a senten&ccedil;a, o conte&uacute;do respectivo e, assim, a senten&ccedil;a perdeu completamente a import&acirc;ncia. Mesmo assim, o mesmo tribunal entendeu de afirmar que, quanto ao conte&uacute;do, a senten&ccedil;a estava correta. Ensinou Dinamarco que nesse tipo de afirma&ccedil;&atilde;o, sem haver utilidade para o julgamento do caso concreto, constitui-se o chamado <em>obiter dictum</em>.</p> </div> <div id="ftn14"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title="">[14]</a> As caracter&iacute;sticas da <em>Common Law</em> s&atilde;o: 1) flexibilidade de suas fontes; 2) o esp&iacute;rito realista e pr&aacute;tico de seus m&eacute;todos jur&iacute;dicos; 3) concep&ccedil;&atilde;o emp&iacute;rica do mundo, frente &agrave; concep&ccedil;&atilde;o racionalista europeia; 4) pensamento concreto em oposi&ccedil;&atilde;o &agrave;s ideias gerais; 5) marcante car&aacute;ter judicial; 6) caso real e pr&aacute;tico e 7) direito eminentemente jurisprudencial. Essas caracter&iacute;sticas podem ser elencadas como: 1) individualismo (indiv&iacute;duo possui direitos subjetivos; 2) liberalismo (indiv&iacute;duo &eacute; protegido por princ&iacute;pios judici&aacute;rios muito fortes); 3) separa&ccedil;&atilde;o dos poderes e independ&ecirc;ncia marcada pela justi&ccedil;a; 4) controle de constitucionalidade das leis (nos Estados Unidos); 5) direito essencialmente jurisprudencial; 6) exist&ecirc;ncia de poucas regras jur&iacute;dicas gerais.</p> </div> <div id="ftn15"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title="">[15]</a> A atividade jurisdicional, nessa nova moldura, a partir de uma interpreta&ccedil;&atilde;o integrativa e evolutiva, possibilita a verifica&ccedil;&atilde;o do fen&ocirc;meno denominado &ldquo;muta&ccedil;&atilde;o informal da (compreens&atilde;o) da Constitui&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> </div> <div id="ftn16"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title="">[16]</a> Nos Estados Unidos, a regra do precedente n&atilde;o funciona nas mesmas condi&ccedil;&otilde;es que a regra inglesa, uma vez que o Direito desse pa&iacute;s trata essa com regra com maior flexibilidade.</p> </div> <div id="ftn17"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title="">[17]</a> Como requisitos b&aacute;sicos para a revoga&ccedil;&atilde;o do precedente, <strong>Marinoni </strong>aponta a perda de congru&ecirc;ncia social e o surgimento de inconsist&ecirc;ncia sist&ecirc;mica.&nbsp; A primeira ocorre quando o precedente passa a negar proposi&ccedil;&otilde;es morais, pol&iacute;ticas e de experi&ecirc;ncia na sociedade; j&aacute; o segundo se d&aacute; quando o precedente deixa de guardar coer&ecirc;ncia com outras decis&otilde;es, o que decorre de distin&ccedil;&otilde;es inconsistentes. H&aacute; outros fatores que, sem d&uacute;vida, influenciam a supera&ccedil;&atilde;o de uma orienta&ccedil;&atilde;o por determinado tribunal, como a altera&ccedil;&atilde;o da sua composi&ccedil;&atilde;o ou at&eacute; mesmo a mudan&ccedil;a de entendimento dos membros, o que pode acontecer, desde que haja uma profunda discuss&atilde;o a respeito da mat&eacute;ria e seja resguardada a confian&ccedil;a dos jurisdicionados. No modelo norte-americano, h&aacute; tamb&eacute;m o anticipatory overruling, hip&oacute;tese em que as cortes de apela&ccedil;&atilde;o afastam a aplica&ccedil;&atilde;o do precedente fixado pela Suprema Corte por considerar que este provavelmente ser&aacute; revogado. Tal possibilidade &eacute; motivo de pol&ecirc;mica quando examinada a sua compatibilidade do stare decisis.&nbsp;</p> <p>N&atilde;o obstante a discuss&atilde;o doutrin&aacute;ria envolvendo a mat&eacute;ria, a possibilidade do <em>anticipatory overruling</em> pode dar uma resposta aos cr&iacute;ticos da doutrina dos precedentes vinculantes, que alegam que ela importaria engessamento do Poder Judici&aacute;rio, tolhendo a liberdade dos ju&iacute;zes e tribunais inferiores. Note-se que n&atilde;o se trata de uma liberdade ampla dos tribunais de apela&ccedil;&atilde;o, mas da possibilidade de se antecipar &agrave; Suprema Corte, afastando a aplica&ccedil;&atilde;o do precedente, quando houver elementos convincentes indicando que este ser&aacute; revogado em breve.</p> </div> <div id="ftn18"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref18" name="_ftn18" title="">[18]</a> Recentemente, em 2016 o Supremo Tribunal Federal inovou ao criar a possibilidade de suspen&ccedil;&atilde;o de mandato parlamentar. Na ocasi&atilde;o, o tribunal declarou que o ent&atilde;o-Presidente da C&acirc;mara dos Deputados Eduardo Cunha foi afastado do cargo de maneira inusitada. Ao fazer isso, apesar da particularidade do caso, o tribunal criou uma <em>ratio</em>, ainda que impl&iacute;cita, de que em casos como o de Cunha &eacute; autorizada a suspens&atilde;o do mandato. Mas afinal, o que &eacute; um caso como o de Cunha? Assim, &eacute; justamente esse o trabalho do jurista, a quem cabe encontrar a <em>ratio</em>. Por exemplo, basta ser r&eacute;u? &Eacute; preciso ser investigado na Comiss&atilde;o de &Eacute;tica parlamentar? Deve existir risco &agrave; investiga&ccedil;&atilde;o penal em raz&atilde;o de como a pessoa se comporta no exerc&iacute;cio da fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica? Ao reconstruir a ratio (muito provavelmente impl&iacute;cita) &eacute; que se ter&aacute; a base para se afirmar quais casos devem ser tratados da mesma maneira ou distinguir os que n&atilde;o atendem aos requisitos para o afastamento. O exerc&iacute;cio da distin&ccedil;&atilde;o &eacute; sofisticado porque exige uma reconstru&ccedil;&atilde;o narrativa tanto do precedente quanto do caso concreto sobre o qual se discute. Deve haver um amplo esfor&ccedil;o de reconstru&ccedil;&atilde;o dos fatos relevantes para ent&atilde;o designar o regime jur&iacute;dico e os precedentes aplic&aacute;veis. Como j&aacute; enfatizou, se argumenta pela n&atilde;o aplica&ccedil;&atilde;o de um precedente a um caso concreto, mas respeitando plenamente a sua autoridade.&nbsp; O enfrentamento contra o precedente ocorre na situa&ccedil;&atilde;o de supera&ccedil;&atilde;o, que exploro a seguir.</p> </div> <div id="ftn19"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref19" name="_ftn19" title="">[19]</a> Os efeitos da revoga&ccedil;&atilde;o do precedente tamb&eacute;m podem ser limitados a partir determinado marco temporal. Trata-se do <em>prospective overruling</em>. No <em>common law</em>, a revoga&ccedil;&atilde;o do precedente, em regra, opera efeitos retroativos, pois significa admitir que a tese nele enunciada estava equivocada ou incompat&iacute;vel com novos valores ou o pr&oacute;prio direito. Contudo, a pr&aacute;tica judicial norte-americana tem demonstrado a necessidade de se atribuir efeitos prospectivos a algumas decis&otilde;es que revoguem um precedente, com fulcro no princ&iacute;pio da seguran&ccedil;a e da prote&ccedil;&atilde;o da confian&ccedil;a dos jurisdicionados.</p> </div> <div id="ftn20"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref20" name="_ftn20" title="">[20]</a> O paradigma neoconstitucional, exceto a vis&atilde;o de <strong>Dworkin</strong>, insurge-se contra a afirma&ccedil;&atilde;o de que o conte&uacute;do da norma individual est&aacute; predeterminado pela norma jur&iacute;dica geral.&nbsp; Mesmo diante de diversos formatos de neoconstitucionalismo, a lei geral e abstrato n&atilde;o tem o poder de determinar, de antem&atilde;o, o conte&uacute;do da norma que reger&aacute; o caso concreto, especial no que se refere &agrave;s peculiaridades que podem excepcionar o &acirc;mbito da aplica&ccedil;&atilde;o daquela previs&atilde;o geral. Tal indetermina&ccedil;&atilde;o n&atilde;o constitui afronta &agrave; seguran&ccedil;a jur&iacute;dica, sen&atilde;o sua pr&oacute;pria garantia, no que se refere &agrave;s ideias de cognoscibilidade, confiabilidade e calculabilidade.&nbsp; Por outro lado, o paradigma neoconstitucional &eacute; contr&aacute;rio as afirma&ccedil;&otilde;es de que o tribunal pode criar uma norma individual cujo conte&uacute;do n&atilde;o esteja predeterminado pela norma geral, pois o reconhecimento de tal decisionismo implicaria certamente na afronta ao devido processo legal e &agrave; seguran&ccedil;a jur&iacute;dica.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> </div> <div id="ftn21"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref21" name="_ftn21" title="">[21]</a> Destacou-se, no julgamento, a doutrina de <strong>Castanheira Neves</strong>, segundo a qual a natureza jur&iacute;dica dos assentos vem sendo disputada por tr&ecirc;s modalidades distintas, <em>verbis</em>: &ldquo;ordem ou instru&ccedil;&atilde;o (normativa) de servi&ccedil;o afirmada na ordem jurisdicional; interpreta&ccedil;&atilde;o aut&ecirc;ntica a imputar-se a um <em>acto</em> jurisdicional; lei interpretativa como possibilidade reconhecida a um tribunal! Tudo isto aut&ecirc;nticas heterodoxias dogm&aacute;ticas que se t&ecirc;m defendido, n&atilde;o decerto qualquer delas com total ou absoluta aus&ecirc;ncia de fundamento (...), mas a denunciarem, na verdade, a estrutura paradoxal do nosso instituto&rdquo;.</p> </div> <div id="ftn22"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref22" name="_ftn22" title="">[22]</a> O melhor lugar para se buscar o significado de um precedente est&aacute; na sua fundamenta&ccedil;&atilde;o, ou melhor, nas raz&otilde;es pelas quais se decidiu de certa maneira ou nas raz&otilde;es que levaram &agrave; fixa&ccedil;&atilde;o do dispositivo. &Eacute; claro que a fundamenta&ccedil;&atilde;o, para ser compreendida, pode exigir menor ou maior aten&ccedil;&atilde;o ao relat&oacute;rio e ao dispositivo. A raz&atilde;o de decidir, numa prima perspectiva, significa a tese jur&iacute;dica ou a interpreta&ccedil;&atilde;o da norma consagrada na decis&atilde;o. De forma que a raz&atilde;o de decidir, certamente n&atilde;o se confunde com a fundamenta&ccedil;&atilde;o, apesar de nesta se&nbsp; encontrar. Ademais, verifica-se que na fundamenta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o apenas pode conter v&aacute;rias teses jur&iacute;dicas, como igualmente consider&aacute;-las de modo diferenciado e sem dar a mesma aten&ccedil;&atilde;o a todas. A <em>Ratio decidendi</em> n&atilde;o corresponde em processo civil brasileiro e nem se confunde com a fundamenta&ccedil;&atilde;o e o dispositivo.</p> <p>A necessidade de se localizar a ratio decidendi surge para se identificar qual a por&ccedil;&atilde;o do precedente judicial que possui efeito vinculante, obrigando aos ju&iacute;zos o respeito nos pr&oacute;ximos julgamentos. Sublinhe-se que quando se cogita em doutrina do common law em interpreta&ccedil;&atilde;o de precedente, seria poss&iacute;vel mesmo questionar se um precedente &eacute; realmente interpretado. De qualquer modo, &eacute; f&aacute;cil demonstrar que mediante a no&ccedil;&atilde;o de interpreta&ccedil;&atilde;o do precedente judicial, n&atilde;o se busca revelar o conte&uacute;do de seu texto, mas sim, identificar s seus extratos formais, ou melhor, onde se localiza o <em>binding effect</em>.</p> </div> <div id="ftn23"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref23" name="_ftn23" title="">[23]</a> H&aacute; quem afirme peremptoriamente que a ratio decidendi &eacute; a regra geral em cuja aus&ecirc;ncia o caso seria decidido de outra forma. E, Wambaugh&nbsp; sugere um teste a ser feito. Antes de tudo, h&aacute; de ser cuidadosamente formulada a suposta proposi&ccedil;&atilde;o de direito. ap&oacute;s, deve inserir-se na proposi&ccedil;&atilde;o uma palavra que inverta o seu significado. Assim, &eacute; necess&aacute;rio perguntar, se caso o tribunal houvesse admitido a nova proposi&ccedil;&atilde;o e a tivesse tomado em conta no seu racioc&iacute;nio, a decis&atilde;o teria sido a mesma. Caso a resposta seja afirmativa, o caso n&atilde;o &eacute; um precedente judicial para a proposi&ccedil;&atilde;o; em hip&oacute;tese negativa, o caso tem autoridades para a proposi&ccedil;&atilde;o original. Resumindo, a proposi&ccedil;&atilde;o ou doutrina do caso, a raz&atilde;o da decis&atilde;o deve ser uma regra geral sem a qual o caso deveria ter sido decidido doutra maneira.</p> </div> <div id="ftn24"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref24" name="_ftn24" title="">[24]</a> A regra na <em>Common law</em> &eacute; a dos precedentes com efic&aacute;cia normativa (as decis&otilde;es proferidas pelas cortes superiores constituem precedentes obrigat&oacute;rios para as cortes inferiores). Esses precedentes das cortes superiores, no entanto, produzem efeitos intermedi&aacute;rios com rela&ccedil;&atilde;o ao pr&oacute;prio &oacute;rg&atilde;o julgador que os prolatou, podendo a corte super&aacute;-lo. Em contrapartida, os precedentes firmados pelas cortes inferiores possuem efic&aacute;cia meramente persuasiva quando invocados nos tribunais superiores.</p> <p>&nbsp;</p> </div> <div id="ftn25"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref25" name="_ftn25" title="">[25]</a> H&aacute; ainda o busilis a ser solvido, que &eacute; saber a quem compete definir a ratio decidendi, se o &oacute;rg&atilde;o que institui o precedente judicial ou se aquele que est&aacute; a analisar o precedente que h&aacute; de ser aplicado ao caso concreto que est&aacute; para julgamento. N&atilde;o d&uacute;vida que, mesmo que a ratio decidendi seja institu&iacute;da pelo &oacute;rg&atilde;o emissor do precedente judicial, isso n&atilde;o isentar&aacute; os julgadores de, no futuro, compreend&ecirc;-la diante de novos casos sob julgamento.</p> </div> <div id="ftn26"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref26" name="_ftn26" title="">[26]</a> Fixa&ccedil;&atilde;o do <em>quantum </em>indenizat&oacute;rio com base no sal&aacute;rio m&iacute;nimo - A jurisprud&ecirc;ncia do STF admite o uso do sal&aacute;rio m&iacute;nimo como fixador inicial de condena&ccedil;&atilde;o, desde que n&atilde;o haja atrelamento para fins de atualiza&ccedil;&atilde;o.&nbsp; Nesta hip&oacute;tese, n&atilde;o h&aacute; afronta &agrave; S&uacute;mula Vinculante 4 ou ao art. 7&ordm;, IV, da CRFB/1988. [Rcl 19.193 AgR, rel. Min. <strong>Roberto Barroso</strong>, 1&ordf; T, j. 7-6-2016, DJE 171 de 16-8-2016.]</p> </div> <div id="ftn27"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref27" name="_ftn27" title="">[27]</a> Essa S&uacute;mula Vinculante n&ordm; 25 &eacute; o resultado pr&aacute;tico de uma das mais importantes decis&otilde;es do Supremo Tribunal Federal em mat&eacute;ria de Direitos Fundamentais.&nbsp; Estamos tratando diretamente do reconhecimento do <em>status</em> supralegal dos Tratados Internacionais que versem sobre Direitos Humanos.</p> </div> <div id="ftn28"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref28" name="_ftn28" title="">[28]</a> (...) diante do inequ&iacute;voco car&aacute;ter especial dos tratados internacionais que cuidam da prote&ccedil;&atilde;o dos direitos humanos, n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil entender que a sua internaliza&ccedil;&atilde;o no ordenamento jur&iacute;dico, por meio do procedimento de ratifica&ccedil;&atilde;o previsto na CF/1988, tem o cond&atilde;o de paralisar a efic&aacute;cia jur&iacute;dica de toda e qualquer disciplina normativa infraconstitucional com ela conflitante. Nesse sentido, &eacute; poss&iacute;vel concluir que, diante da supremacia da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previs&atilde;o constitucional da pris&atilde;o civil do deposit&aacute;rio infiel (art. 5&ordm;, LXVII) n&atilde;o foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; legisla&ccedil;&atilde;o infraconstitucional que disciplina a mat&eacute;ria (...). Tendo em vista o car&aacute;ter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legisla&ccedil;&atilde;o infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante tamb&eacute;m tem sua efic&aacute;cia paralisada. (...) enfim, desde a ades&atilde;o do Brasil, no ano de 1992, ao PIDCP (art. 11) e &agrave; CADH &mdash; Pacto de S&atilde;o Jos&eacute; da Costa Rica (art. 7&ordm;, 7), n&atilde;o h&aacute; base legal para aplica&ccedil;&atilde;o da parte final do art. 5&ordm;, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a pris&atilde;o civil do deposit&aacute;rio infiel. [RE 466.343, voto do rel. min. Cezar Peluso, P, j. 3-12-2008, DJE 104 de 5-6-2009, Tema 60.]</p> </div> <div id="ftn29"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref29" name="_ftn29" title="">[29]</a> ICMS e mercadoria importada do exterior &quot;(...), constata-se que eventual diverg&ecirc;ncia ao entendimento adotado pelo ju&iacute;zo a quo demandaria o reexame de fatos e provas, de modo a inviabilizar o processamento do apelo extremo, tendo em conta o enunciado da S&uacute;mula 279 do STF.&nbsp; Por fim, ressalta-se que o ac&oacute;rd&atilde;o recorrido n&atilde;o diverge da jurisprud&ecirc;ncia desta Corte, segundo a qual &#39;na entrada de mercadoria importada do exterior, &eacute; leg&iacute;tima a cobran&ccedil;a do ICMS por ocasi&atilde;o do desembara&ccedil;o aduaneiro&#39; (S&uacute;mula 661 do STF). Confira-se, a prop&oacute;sito, o seguinte precedente:&nbsp; &#39;Agravo Regimental em Recurso Extraordin&aacute;rio. Desembara&ccedil;o aduaneiro. Exig&ecirc;ncia de tributos. Car&aacute;ter infraconstitucional da controv&eacute;rsia. S&uacute;mula 279/STF.&nbsp; O Plen&aacute;rio do Supremo Tribunal Federal j&aacute; decidiu que o fato gerador do ICMS, incidente sobre mercadoria importada, ocorre por ocasi&atilde;o do recebimento da mercadoria, no respectivo desembara&ccedil;o aduaneiro (RE 193.817, Rel. Min. Ilmar Galv&atilde;o). Nessas condi&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o fica constatada nenhuma coa&ccedil;&atilde;o indireta na exig&ecirc;ncia, fundada em Lei, do recolhimento dos tributos relativos ao desembara&ccedil;o aduaneiro de bens importados. Agravo regimental a que se nega provimento.&#39;&nbsp; (RE 810035 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 07/04/2015, (...) PUBLIC 23-04-2015).&quot; (ARE 1022791, Relator Ministro Edson Fachin, Decis&atilde;o Monocr&aacute;tica, julgamento em 15.2.2017, DJ de 20.2.2017)</p> </div> <div id="ftn30"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref30" name="_ftn30" title="">[30]</a> H&aacute; quem interprete que a s&uacute;mula excluiu a compet&ecirc;ncia material da Justi&ccedil;a do Trabalho para a execu&ccedil;&atilde;o das contribui&ccedil;&otilde;es sociais do per&iacute;odo laboral.&nbsp; Alega-se que o ac&oacute;rd&atilde;o em sede do RE 569056, cujo relator foi o Ministro <strong>Menezes de Direito</strong>, n&atilde;o ampliou a compet&ecirc;ncia &agrave;s contribui&ccedil;&otilde;es do pacto laboral reconhecido em senten&ccedil;a trabalhista. Isso porque, no ac&oacute;rd&atilde;o, consta que, a rigor, n&atilde;o se executa a contribui&ccedil;&atilde;o social, mas &quot;o t&iacute;tulo que a corporifica ou representa&quot;, visto que &quot;o requisito primordial de toda execu&ccedil;&atilde;o &eacute; a exist&ecirc;ncia de um t&iacute;tulo, judicial ou extrajudicial&quot;. Para entender bem quais s&atilde;o as &quot;parcelas devidas ao sistema previdenci&aacute;rio&quot;, precisamos de uma compreens&atilde;o bem definida e sistem&aacute;tica dos valores, dos princ&iacute;pios e das regras que configuram o regime de previd&ecirc;ncia b&aacute;sica no Brasil. As parcelas devidas ao &quot;regime previdenci&aacute;rio&quot; s&atilde;o de duas naturezas, segundo a CLT, a Lei 8.212/91 e conforme o Decreto 3.048/99.</p> </div> <div id="ftn31"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref31" name="_ftn31" title="">[31]</a> A acelera&ccedil;&atilde;o de produ&ccedil;&atilde;o de s&uacute;mulas vinculantes &eacute; uma meta de gest&atilde;o do Ministro <strong>Ricardo</strong> <strong>Lewandoowski </strong>na presid&ecirc;ncia da corte. E, se deveu no sentido de se evitar o ac&uacute;mulo de demandas sobre quest&otilde;es id&ecirc;nticas e j&aacute; pacificadas no STF. Antes de 2014, quando assumiu a presid&ecirc;ncia, a &uacute;ltima norma desse tipo havia sido editada em fevereiro de 2011.</p> </div> <div id="ftn32"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref32" name="_ftn32" title="">[32]</a> &Eacute; poss&iacute;vel existir, nos ensina <strong>Marinoni</strong>, no common law, julgados com duas rationes. Por&eacute;m, &eacute; preciso deixar evidenciado, que nestes casos, cada uma das rationes &eacute; considerada necess&aacute;ria ou suficiente para se chegar &agrave; solu&ccedil;&atilde;o do caso concreto. N&atilde;o se cogita em duas rationes quando h&aacute; decis&otilde;es contrapostas, ou melhor, uma decis&atilde;o favor&aacute;vel ao vencido e outra decis&atilde;o em favor do vencedor. Para que exista duas rationes, ambas dever&atilde;o ser capazes de propiciar id&ecirc;ntico resultado, ou seja, a decis&atilde;o que beneficia o autor ou a decis&atilde;o que beneficia o r&eacute;u.</p> </div> <div id="ftn33"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref33" name="_ftn33" title="">[33]</a> Os precedentes, no direito brasileiro, t&ecirc;m particularidade, especialmente aqueles que se formam em recurso especial e extraordin&aacute;rio e no controle concentrado de constitucionalidade. Embora as decis&otilde;es proferidas em recurso especial e recurso extraordin&aacute;rio sejam tomadas em casos concretos, esses recursos s&atilde;o restritos &agrave; valora&ccedil;&atilde;o de quest&otilde;es de direito ou de teses jur&iacute;dicas, o que confere a estes precedentes natureza genuinamente interpretativa.</p> </div> <div id="ftn34"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref34" name="_ftn34" title="">[34]</a> Murilo Str&auml;tz n&atilde;o concorda com a afirma&ccedil;&atilde;o de que o CPC/2015 tenha incorporado ao direito p&aacute;trio o sistema de stare decisis. Ali&aacute;s, considerando que o STF tamb&eacute;m exerce jurisdi&ccedil;&atilde;o criminal e trabalhista, um diploma legal voltado a reger a jurisdi&ccedil;&atilde;o (artigo 16 do CPC/2015) nem poderia mesmo alterar a sistem&aacute;tica legal prevista em outros ramos do Direito Processual, tais como o processo penal e processo penal militar, e muito menos subverter o modelo jurisdicional previsto na Constitui&ccedil;&atilde;o, pois a via legal seria tecnicamente inid&ocirc;nea para tanto. E, longe de ter importado qualquer modelo estrangeiro ou customizado, por via obl&iacute;qua, a Constitui&ccedil;&atilde;o, o CPC/2015 limitou-se a prestigiar a for&ccedil;a de determinados pronunciamentos judiciais, o que homenageia a seguran&ccedil;a jur&iacute;dica, a previsibilidade, a estabilidade, o desest&iacute;mulo &agrave; litig&acirc;ncia excessiva, a confian&ccedil;a, a igualdade perante a jurisdi&ccedil;&atilde;o, a&nbsp; coer&ecirc;ncia, o respeito &agrave; hierarquia, a imparcialidade, o favorecimento de acordos, a economia processo (de processos e de despesas) e a maior efici&ecirc;ncia.</p> </div> <div id="ftn35"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref35" name="_ftn35" title="">[35]</a> O Judici&aacute;rio brasileiro tem sofrido nessas &uacute;ltimas tr&ecirc;s d&eacute;cadas al&eacute;m de ranhuras em sua imagem, uma sobrecarga de trabalho, em raz&atilde;o do maior franqueamento de acesso &agrave; justi&ccedil;a. Com isso, h&aacute; danoso descompasso entre a procura e a oferta de servi&ccedil;os judici&aacute;rios, gerando um crescente e assustador saldo remanescente de demandas n&atilde;o julgada dentro do tempo razo&aacute;vel.</p> </div> <div id="ftn36"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref36" name="_ftn36" title="">[36]</a> Promotor de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo Capital. Assessor do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi&ccedil;a do Meio Ambiente do Minist&eacute;rio P&uacute;blico de S&atilde;o Paulo. Mestre em Direito Processual Civil. Professor Universit&aacute;rio, gradua&ccedil;&atilde;o (PUCCamp e UNIP) Professor Universit&aacute;rio, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o (USF) Professor do Curso VereDicto (preparat&oacute;rio &agrave;s carreiras jur&iacute;dicas). Ex-Promotor de Justi&ccedil;a em Minas Gerais. Ex-Procurador do Estado de S&atilde;o Paulo.</p> </div> <div id="ftn37"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref37" name="_ftn37" title="">[37]</a> Enaltece-se naturalmente a relev&acirc;ncia de se prestigiar os fundamentos deontol&oacute;gicos (seguran&ccedil;a jur&iacute;dica e isonomia), mas tamb&eacute;m, os fundamentos pragm&aacute;ticos (dura&ccedil;&atilde;o razo&aacute;vel do processo, desest&iacute;mulo &agrave; litig&acirc;ncia e solu&ccedil;&atilde;o para as causas repetitivas) que legitimam a ado&ccedil;&atilde;o de sistema de precedentes judiciais. Ademais, as modalidades decis&oacute;rias brasileiras n&atilde;o se enquadram tecnicamente, na no&ccedil;&atilde;o anglo-sax&ocirc;nica de precedente judicial. E, nem precisariam se enquadrar as teses jur&iacute;dicas firmadas pelo STF e pelo STJ, j&aacute; que, se no <em>Common Law</em> um precedente s&oacute; obriga quando possui uma intr&iacute;nseca autoridade argumentativa, aqui em nosso pa&iacute;s, s&oacute; alguns pronunciamentos judiciais s&oacute; possuem autoridade porque legalmente obrigam.</p> </div> <div id="ftn38"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref38" name="_ftn38" title="">[38]</a> H&aacute; quem afirme que o CPC/2015 &eacute; <em>statute law</em> que contrariamente estabelece o valor jur&iacute;dico do <em>case law</em>. N&atilde;o se tratando, portanto, de common law, nem do tipo de precedente judicial que tanto caracteriza o sistema brit&acirc;nico embora existe ineg&aacute;vel aproxima&ccedil;&atilde;o entre as fam&iacute;lias jur&iacute;dicas em quest&atilde;o. Reconhece-se que o CPC/2015 rompeu com a tradi&ccedil;&atilde;o positivista que tanto marcou o C&oacute;digo Buzaid de 1973, inaugura uma nova era, dita p&oacute;s-positivista, onde a hermen&ecirc;utica processual n&atilde;o se exaure dentro dos limites da codifica&ccedil;&atilde;o de pretens&otilde;es totalizantes, mas toma como ponto de partida inicial as cl&aacute;usulas gerais, cujo sentido est&aacute; sempre aberto a maior influxo de regras e dos princ&iacute;pios constitucionais.</p> </div> <div id="ftn39"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref39" name="_ftn39" title="">[39]</a> Foi Ministro <strong>Gilmar Mendes</strong> que teve o m&eacute;rito de ter desenvolvido sobre a efic&aacute;cia al&eacute;m da motiva&ccedil;&atilde;o, a partir do direito alem&atilde;o. E demonstrou o Ministro que a efic&aacute;cia est&aacute; umbilicalmente ligada &agrave; pr&oacute;pria natureza da fun&ccedil;&atilde;o desempenhada pelos tribunais constitucionais, al&eacute;m de ser absolutamente necess&aacute;ria &agrave; tutela da for&ccedil;a normativa da Constitui&ccedil;&atilde;o. Os precedentes, no direito brasileiro, t&ecirc;m particularidade, especialmente aqueles que se formam em recurso especial e extraordin&aacute;rio e no controle concentrado de constitucionalidade. Embora as decis&otilde;es proferidas em recurso especial e recurso extraordin&aacute;rio sejam tomadas em casos concretos, esses recursos s&atilde;o restritos &agrave; valora&ccedil;&atilde;o de quest&otilde;es de direito ou de teses jur&iacute;dicas, o que confere a estes precedentes natureza genuinamente interpretativa.</p> </div> <div id="ftn40"> <p><a href="file:///C:/Users/profe/Downloads/Precedente%20vinculante%20e%20a%20ratio%20decidendi%20da%20common%20law.docx#_ftnref40" name="_ftn40" title="">[40]</a> As previs&otilde;es trazidas no artigo 927 CPC/2015 e, em especial, a previs&atilde;o contida no par&aacute;grafo 3&ordm; no sentido de que pode haver modula&ccedil;&atilde;o de efeitos por parte&nbsp; do juiz de primeiro grau ou tribunal, seja de segunda inst&acirc;ncia ou superior, quando ocorrer altera&ccedil;&atilde;o de jurisprud&ecirc;ncia dominante, podem acabar por violar os princ&iacute;pios da seguran&ccedil;a jur&iacute;dica e da isonomia, trazendo inclusive decis&otilde;es contradit&oacute;rias que tratam de maneira distinta pessoas em situa&ccedil;&atilde;o id&ecirc;ntica.</p> </div> </div>
151530/08/2020 - 09:49Anônimo131.196.103.201EDSON DA ROCHA OLIVEIRA CURSOSSALTO2019@GMAIL.COM<p>BOM DIA PROFESSOR:</p> <p>MEU MESTRE, POR FAVOR ME INSTRUA COMO FAZER MEU CADASTRO PARA LOGAR SO SITE, NAO FAZ O CADASTRO O QUE &Eacute; PRECISO/&nbsp;</p> <p>SEM MAIS AGRADE&Ccedil;O.&nbsp;</p>
152028/09/2020 - 12:10Anônimo187.107.43.176Vanessa Andriani Mariavanessamariaadvs@gmail.com<p>Boa tarde!</p> <p>&nbsp;</p> <p>Gostaria de contribuir com v&aacute;rios artigos de minha autoria, pr&eacute;m n&atilde;o consigo efetuar login para ter acesso ao site.</p>
152529/01/2021 - 15:14Anônimo10.42.0.0Fernanda Maria Poltronierifernanda_poltronieri@hotmail.com<div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> <span style="font-family:&quot;Times New Roman&quot;,Times,serif">Prezados</span></div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> &nbsp;</div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> <span style="font-family:&quot;Times New Roman&quot;,Times,serif">Bacharela em Direito, Especialista em Direito Processual Civil e Mestre em Direito Processual e Cidadania. </span></div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> &nbsp;</div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> <span style="font-family:&quot;Times New Roman&quot;,Times,serif">Pesquiso em sa&uacute;de p&uacute;blica e judiciliza&ccedil;&atilde;o de medicamentos e gostaria de informa&ccedil;&otilde;es acerca de como ingressar no grupo de pesquisa do e-gov, considerando o interesse em desenvolver uma pesquisa acerca do Governo Digital no &acirc;mbito da sa&uacute;de.</span></div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> &nbsp;</div> <div style="font-family:Garamond,Georgia,serif; font-size:12pt; color:rgb(0,0,0)"> Att.<br /> <br /> &nbsp;</div>
152911/02/2021 - 15:45Anônimo10.42.0.0Plínio Pachecopliniopachecooliveira@gmail.com<p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Ol&aacute;. Nesse portal, h&aacute; um texto de minha autoria, que &eacute; intitulado &quot;O ideal da legalidade como controle do futuro&quot; (dispon&iacute;vel no seguinte link:&nbsp;</span>https://egov.ufsc.br/portal/conteudo/do-ideal-da-legalidade-como-controle-do-futuro-%C3%A0-vontade-opaca-do-legislador). Envio esta mensagem para solicitar a retirada do meu texto desse portal. Tal texto foi publicado v&aacute;rios anos atr&aacute;s, e solicitei,&nbsp;com fundamento na legisla&ccedil;&atilde;o quanto aos direitos autorais, que a revista na qual houve inicialmente a publica&ccedil;&atilde;o promovesse a remo&ccedil;&atilde;o do texto (tal remo&ccedil;&atilde;o, inclusive, j&aacute; foi feita). Considerando que o texto foi publicado&nbsp;<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">h&aacute; aproximadamente 10 anos, o pedido tem fundamento na lei 9610/98, no art.49, item III, (que imp&otilde;e que, na hip&oacute;tese de n&atilde;o haver estipula&ccedil;&atilde;o contratual escrita, o prazo m&aacute;ximo para a cess&atilde;o de direitos de autor ser&aacute; de 05 anos). Portanto, o prazo de cess&atilde;o dos direitos autorais foi ultrapassado, sendo de direito a presente solicita&ccedil;&atilde;o. Conto com a compreens&atilde;o de voc&ecirc;s para que os textos sejam retirados e n&atilde;o mais fiquem dispon&iacute;veis. Caso isso n&atilde;o ocorra, entrarei com as medidas judiciais cab&iacute;veis.</span></p> <div> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Atenciosamente,</span></div> <p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Pl&iacute;nio Pacheco C. de Oliveira</span><br style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" /> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Advogado OAB/PE 33206</span><br style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" /> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">E-mail:&nbsp;</span><a href="mailto:pliniopachecooliveira@gmail.com" style="color: rgb(17, 85, 204); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" target="_blank">pliniopachecooliveira@gmail.<wbr>com</wbr></a><br style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" /> <wbr><wbr><wbr><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Telefone: (81)991378070</span></wbr></wbr></wbr></p>
153323/03/2021 - 10:34Anônimo10.42.0.0LUIZ CESAR BARBOSA LOPESluizcesarone@gmail.com<p>Artigo apresentado no Mestrado de Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica do IDP</p>
153709/01/2022 - 21:37Anônimo10.42.0.0Sv388adakv303@gmail.com<meta charset="utf-8" /> <meta content="width=device-width, initial-scale=1, shrink-to-fit=no" name="viewport" /> <title itemprop="mainEntityOfPage"></title> <meta content="Sv388 atau juga dikenal sebagai Adu Ayam yakni suatu permainan Sabung Ayam Online yang Terpercaya dengan siaran pertandingan Sv388 secara live dengan minimal Deposit Sv388 yang kecil." name="description" /> <link href="https://Sv388-130273.learnyst.com/" rel="canonical" /> <link href="https://i.postimg.cc/c1h1zsb8/ico.png" rel="shortcut icon" sizes="16x16" /> <link href="https://Sv388-130273.learnyst.com/" rel="dns-prefetch" /> <meta content="KINGBET303, Sv388, Sabung Ayam, Sv388 Online, Situs Sv388, Daftar Sv388, Agen Sv388, Sabung Ayam Sv388, Download Sv388, Apk Sv388" name="keywords" /> <meta content="notranslate" name="google" /> <meta content="4IAfPyrLBgkmKU9L3Xxi8DgWp67I9urFHiH6ZnX8CrU" name="google-site-verification" /> <meta content="index, follow" 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li{display:inline;padding:0 8px;border-right:1px solid #fff}ul li:last-child{border:none} table.Sv388 td, table.Sv388 th { border: 1px solid #c3c504; } table.Sv388 tbody td { font-size: 12px; color: #ffffff; padding: 5px; font-family: arial; } table.Sv388 thead { background: #a7a100; font-family: arial; } table.Sv388 thead th { font-size: 18px; color: #fff; text-align: center; font-family: arial; }</style> <script async src="https://cdn.ampproject.org/v0.js"></script><script async custom-element="amp-anim" src="https://cdn.ampproject.org/v0/amp-anim-0.1.js"></script><div class="navbar"> <div class="container"> <div class="row"> <div class="col-md-12 konten-domino"> <div class="logomobi"> <amp-img alt="sv388" height="100" layout="responsive" src="https://i.postimg.cc/RFqvjYbx/logo.png" width="200"> </amp-img></div> </div> </div> </div> </div> <div class="clear"> &nbsp;</div> <div class="content"> <div class="container"> <div class="row tukangcopy"> <div class="tengah"> <div class="logo 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style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">nama situs</font></font></font></font></font></font></b></th> <th class="d-none d-sm-table-cell"> <b><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">MIN </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">DEPOSIT</font></font></font></font></font></font></b></th> <th class="d-none d-sm-table-cell"> <b><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Bonus</font></font></font></font></font></font></b></th> <th id="games"> <b><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Daftar &amp; Login</font></font></font></font></font></font></b></th> </tr> </thead> <tbody> <tr> <td> <b><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">SV388 Status</font></font></font></font></font></font></b></td> <td class="d-none d-sm-table-cell"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Rp 10,000</font></font></font></font></font></font></td> <td class="d-none d-sm-table-cell"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">10%</font></font></font></font></font></font></td> <td> <a class="button" href="https://bit.ly/3n9Z8Kw" rel="nofollow noopener" target="_blank"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">DAFTAR</font></font></font></font></font></font></a></td> </tr> <tr> <td> <b><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Sabung Ayam Online</font></font></font></font></font></font></b></td> <td class="d-none d-sm-table-cell"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Rp 10,000</font></font></font></font></font></font></td> <td class="d-none d-sm-table-cell"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">10%</font></font></font></font></font></font></td> <td> <a class="button" href="https://direct.lc.chat/10540677/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">LIVECHAT</font></font></font></font></font></font></a></td> </tr> </tbody> </table> </div> <div class="container"> <div class="slide mt-2"> <amp-img alt="Daftar SV388" height="220px" layout="responsive" src="https://i.postimg.cc/mk4Wb2bM/Image-TO.jpg" title="Daftar Situs Sv388" width="600px"></amp-img></div> </div> <br /> <div class="container"> <table class="Sv388" style="width:100%"> <thead> <tr> <th colspan="3"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">INFORMASI SITUS</font></font></font></font></font></font></th> </tr> </thead> <tbody> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Min Deposit:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">IDR 10,000</font></font></font></font></font></font></td> </tr> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Server:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">KINGBET303</font></font></font></font></font></font></td> </tr> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Jenis Permainan:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">SV388 | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Fafaslot | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Vivoslot | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">IdnPlay | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Live Casino | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">SBOBET | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Tembak Ikan Sv388 | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">S128 | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">POKER IDN | </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">joker123</font></font></font></font></font></font></td> </tr> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Mata Uang:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">IDR (Indonesian Rupiah)</font></font></font></font></font></font></td> </tr> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Deposit System:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">BANK LOKAL BCA, BNI, BRI, MANDIRI, BTN, DANAMON, PERMATA, VIA PULSA, VIA E-WALLET (EGG, DANA, GOPAY, LINKAJA, SAKUKU)</font></font></font></font></font></font></td> </tr> <tr> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Withdraw:</font></font></font></font></font></font></td> <td> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">ONLINE 24 JAM SIAP MELAYANI WALKS</font></font></font></font></font></font></td> </tr> </tbody> </table> </div> <br /> <div class="bottom bg-dark"> <div class="container"> <div class="row mb-3" style="background-color: #020202;"> <div class="col-md-12 pb-5 konten-domino"> <div class="konten"> <h1 style="text-align: center; color: #a7a100;"> <font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Sv388 Situs Sabung Ayam Online Terbaik Nomor Satu</font></font></font></font></font></font></h1> <p style="text-align: justify;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Sv388 atau juga dikenal sebagai Adu Ayam yakni suatu permainan Sabung Ayam yang telah berlangsung tiap harinya serk dahulu di tengah masyarakat Indonesia karena yakni 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yang bermain bermain SV388 selama bertahun tahun sehingga tentunya memiliki banyak pengalaman dalam membantu dan melayani to pemain se yang bermain bermain SV388 selama bermain mertahun tahun sehingga tentunya memiliki dalam membantu dan melayani to pemain selama bermain membantu SV388 selama bermain mertahun tahun sehingga tentunya memiliki dalam membantu dan melayani to pemain se yang bermain bermain bermain Adu Ayam Terpercaya disini.</font></font></font></font></p> </div> </div> </div> </div> <div class="container"> <div class="kolongramen konten-domino pb-2"> <span><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">Copyright &copy; Sv388 - Situs Sabung Ayam Online &amp; Daftar Sv388. </font></font></font></font></font><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;"><font style="vertical-align: inherit;">All rights Reserved.</font></font></font></font></font></font></span></div> </div> </div> <script type="application/ld+json"> { "@context": "https://schema.org", "@type": "Game", "name": "Sv388", "author": { "@type": "Person", "name": "Sv388" }, "headline": "Sv388 Agen Situs Daftar Dan Download Apk Sabung Ayam Online", "description": "Sv388 atau juga dikenal sebagai Adu Ayam yakni suatu permainan Sabung Ayam Online yang Terpercaya dengan siaran pertandingan Sv388 secara live dengan minimal Deposit Sv388 yang kecil.", "keywords": ["KINGBET303, Sv388, Idn Poker, Sv388 Online, Situs Sv388, Daftar Sv388, Agen Sv388, Poker Sv388, Download Sv388, Apk Sv388"], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Sv388" }, "aggregateRating": { "@type": "AggregateRating", "ratingValue": "99", "bestRating": "100", "worstRating": "0", "ratingCount": "2997891" }, "inLanguage": "id-ID" } 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154126/07/2022 - 13:14Anônimo10.42.2.0tesyobipek361@5k2u.com<p>test</p>
154615/08/2022 - 23:09Anônimo10.42.2.0Cristiano Barbosa; Cleane Mendes Veloso; Gabrielle Tamara Nunes Pereiraprof.cristianobarbosa2@gmail.com<p>O artigo tem como&nbsp;<strong>Objetivo: </strong>Estudar a imposi&ccedil;&atilde;o de regime de casamento aos idosos frente aos princ&iacute;pios constitucionais. <strong>Materiais e M&eacute;todos: </strong>pesquisa explorat&oacute;ria, bibliogr&aacute;fica, documental, descritiva e revis&atilde;o de literatura.<strong>Resultados: </strong>a restri&ccedil;&atilde;o a livre escolha do regime de bens para os idosos mostrou-se precipitada por afetar a autonomia, a igualdade, a liberdade e a vida privada. <strong>Conclus&atilde;o: </strong>o estabelecimento de regimes de casamento foi constitu&iacute;do ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o normativa de forma que pode, ou n&atilde;o, haver comunica&ccedil;&atilde;o de bens quando da separa&ccedil;&atilde;o ou constitui&ccedil;&atilde;o do casamento. A priori a empiria tende a revelar que o regime obrigat&oacute;rio imposto aos idosos frente aos princ&iacute;pios constitucionais poderia ser entendido como perda da autonomia para a escolha de seu pr&oacute;prio regime de casamento. Paralelamente, percebe-se o estabelecimento de Regime para a efetiva&ccedil;&atilde;o do casamento.</p> artigo_-_regime_de_casamento_obrigatorio_imposto_aos_maiores_de_70_-_autores_cleane_-_gabrielly_-_crisitano_.pdf (297 KB)
155015/08/2022 - 23:26Anônimo10.42.2.0Cristiano Barbosa; Fernanda Stefani Dias Da Silva Santos. Marcella Eduarda Magalhães Pereiraprof.cristianobarbosa2@gmail.com<p>o artigo tem como&nbsp;<strong>Objetivo: </strong>Estudar aplicabilidade da medida protetiva frente ao feminic&iacute;dio.<strong>Materiais e M&eacute;todos</strong>: Para o desenvolvimento da presente proposta de estudo houve a op&ccedil;&atilde;o para a utiliza&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;todos de pesquisa bibliogr&aacute;fica, com consecutiva revis&atilde;o de literatura sistem&aacute;tica, assim como pesquisa documental, descritiva, explorat&oacute;ria e historiogr&aacute;fica.<strong>Resultados: </strong>as medidas protetivas s&atilde;o instrumentos que buscam a prote&ccedil;&atilde;o das mulheres. Contudo, deve ser levado em considera&ccedil;&atilde;o que h&aacute; necessidade de outros mecanismos para evitar o feminic&iacute;dio<strong>. Conclus&atilde;o: </strong>as leis atualmente existentes s&atilde;o insuficientes para evitar efetivamente o feminic&iacute;dio</p> artigo_-_feminicidio_e_a_in_eficacia_das_medidas_protetivas_-_autores_fernanda_-_marcella_-_cristiano_.pdf (244 KB)
155418/08/2022 - 09:14Anônimo10.42.2.0Karinakarinamihardja@gmail.comGood Evening About the article Right to peace and its consequences in the civil and criminal spheres , I would like some information. I have problems with the neighbors who live above my apartment, when they are at home they don't even stop for a quiet moment, they walk around all the time, the problem is that these wanderings are taking away my success, my peace and tranquility, because they don't know how to walk with delicacy, they walk as if they were going to pierce the ground, they tread hard with their heels. This happens all the time when they are at home (both during the day and at night), I try to imagine what they do so much, the worst thing is that I have to wake up at the same time as them at 4:30 in the morning and that's it. even on weekends, because when they wake up it's impossible not to be bothered and not wake up with the noise, my psychological has already adapted to the schedule. I already informed them about the inconvenience caused and the memos did not take me seriously and made the noise worse, I already informed the condominium and so far nothing has been resolved. I would like you to help me on how to resolve these issues, what could I do about it? How is a noise that only reaches my apartment, because the sound is generated only inside my apartment, what to do and how to act? Thankskarina.pdf (35 KB)
155830/09/2022 - 05:21Anônimo10.42.2.0qyyihhojrvmfdvws@outlook.comEnvie seu artigo ou comentário | eGov UFSC <a href="http://www.g92953hm8h1jnmm5p0sx22h9axvz2644s.org/">aqyyihhojr</a> [url=http://www.g92953hm8h1jnmm5p0sx22h9axvz2644s.org/]uqyyihhojr[/url] qyyihhojr http://www.g92953hm8h1jnmm5p0sx22h9axvz2644s.org/
156202/12/2022 - 08:19Anônimo10.42.2.0jagoanpastibisanaik2@gmail.com<p>Halo can make user id?</p>
156610/01/2023 - 15:27Anônimo10.42.2.0Carla Moreira Geraldocarlageraldo19@gmail.com<p>Boa tarde!</p> <p>Publiquei um artigo no Id<strong>entifica&ccedil;&atilde;o e Mapeamento de Processos para a certifica&ccedil;&atilde;o FSC&reg; em gr&aacute;fica offset no Rio de Janeiro &ndash; Estudo de caso: Hologr&aacute;fica Editora Ltda.</strong>&nbsp;no <strong>VIII Congresso Nacional de Excel&ecirc;ncia em Gest&atilde;o 2012, por&eacute;m o endere&ccedil;o que eu tinha n&atilde;o est&aacute; mais ativo.</strong></p> <p>http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg8/anais/T12_0454_3115.pdf</p> <p><strong>Qual o novo endere&ccedil;o no qual o meu arquivo est&aacute; registrado?</strong></p> <p>Agrade&ccedil;o desde j&aacute;.</p> <p>Att.,</p> <p>Carla Geraldo</p>
157012/09/2023 - 14:46Anônimo10.0.0.2Emerson Batista Saldanhasaldanha.professor@gmail.com<p>Ola professor Aires</p> <p>Sou aluno do doutorado em Eng. do Conhecimento do EGC, com ingresso em 2023 e orientando do prof Denilson Sell.</p> <p>Gostaria de acesso nessa plataforma para ver os materiais ja postados.</p> <p>att</p>
157405/12/2023 - 20:40Anônimo10.0.0.2Reinaldo Pereira de Aguiar; Rodrigo Ramos da Cruzreinaldo.p.aguiar@gmail.com<p>Prezada equipe, estou submetendo este artigo sobre redistribui&ccedil;&atilde;o de grande relev&acirc;ncia para a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. Fico no aguardo de uma resposta desta renomada revista.</p> movimentacao_de_pessoal_no_servico_publico_otica_gestores_-_rsp.pdf (479 KB)
109501/11/2017 - 21:11Anônimo62.182.2.233Chelseaorbitaljl@hotmail.com<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> 20171001_20171008.pdf (4 KB)
109902/11/2017 - 04:59Anônimo62.182.2.233skubeicjsample@email.tstEscreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.
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114302/11/2017 - 05:00Anônimo62.182.2.233skubeicjsample@email.tst!(()&&!|*|*|
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115902/11/2017 - 05:01Anônimo62.182.2.233^(#$!@#$)(()))******sample@email.tstEscreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.
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117102/11/2017 - 05:02Anônimo62.182.2.233gumxcwipsample@email.tstEscreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.
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117902/11/2017 - 20:41Anônimo127.0.0.1SANTOS, Dayane Caroline Alves Dos; BARBOSA, Cristiano prof.cristianobarbosa2@gmail.com<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> dayane_caroline_alves_dos_santos_-_cristiano_barbosa_-_sucessao_-_apontamentos_sob_enfoque_do_poliamorismo.pdf (523 KB)
118302/11/2017 - 21:18Anônimo127.0.0.1Cristiano Barbosaprof.cristianobarbosa2@gmail.com<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> henrique_jacson_ramos_dos_santos_-_cristiano_barbosa_coisa_julgada_parcial_a_luz_do_principio_da_seguranca_juridica.pdf (134 KB)
118702/11/2017 - 21:25Anônimo127.0.0.1Cristiano Barbosaprof.cristianobarbosa2@gmail.com<p>Escreva aqui seu COMENTARIO OU se for artigo NAO cole aqui o conteudo do mesmo. ENVIE abaixo o arquivo em PDF.</p> henrique_jacson_ramos_dos_santos_-_cristiano_barbosa_coisa_julgada_parcial_a_luz_do_principio_da_seguranca_juridica_3.pdf (134 KB)
127607/12/2017 - 17:22Anônimo200.158.101.3Bancobri Recuperaão de Titulos Inadimplentesbancobrii@gmail.com<p>Aten&ccedil;&atilde;o: com Referencia a Nova Norma de Presqui&ccedil;&atilde;o de Titulos Inadimplentes. muito Bem,como fica&nbsp; a&nbsp; Situa&ccedil;&atilde;o dos cheques Cal&ccedil;onado em Bancos?</p> <p>(01) como fica os Comercio que est&atilde;o com Milhoes de Cheques,Np,Dm.Cntratos etc</p> <p>(02) com Referencia os Titulos com A&ccedil;&otilde;es Tramitando na Justi&ccedil;a?</p> <p>&nbsp;</p> <p>Cordialmente</p> <p>&nbsp;</p> <p>Bancobri Rec Financeira</p> <p>bancobrii@gmail.com</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p>