Desconstruindo o EU


Porjleonardi- Postado em 20 maio 2013

Estrevista com o Filósofo da Mente, Daniel Dennett, na Revista Filosofia.

Link para acesso da entrvista http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/32/artigo129520-1.asp

 

 

“Somos, pelo menos temporariamente, únicos – até que outra espécie desenvolva linguagem e tudo o que vem com ela – e nossos “eus” não são órgãos e, certamente, não são substâncias imateriais (egos ou res cogitans cartesianos). O “eu” é uma ficção útil, como os centros de gravidade, na Física. ” (Daniel Dennett)
Nesta entrevista o filósofo acredita que o cérebro pode vir a ser substituído por próteses. Defende que os filósofos da mente devem andar de mãos dadas com os cientistas e critica aqueles que escolhem uma postura contrária. Para ele, o mental é produto da evolução, algo que auxilia nossa sobrevivência, tanto quanto a linguagem ou outras características humanas.Nesta entrevista fala sobre os "qualia" como sendo sensações intrínsecas e indescritivelmente subjetivas, como cores, odores e sabores, que não poderiam ser captadas pela linguagem da Ciência. Também fala da “heterofenomenologia” designando um método filosófico de investigar a experiência em primeira pessoa dos outros, isto é, a partir de uma perspectiva de terceira pessoa. Este termo, Dennett afirma ser descendente direta da fenomenologia de Husserl sobre intencionalidade
Ao longo da entrevista, Dennett fala que temos uma acesso empobreciso dos nossos processos internos - experimentos com a visão, por exemplo, mostram o quão descontínuos são os estados neuroanatômicos. Para ele, o produto final do cérebro é o controle do corpo, já o pensamento (cognição, resolução de problmas, imaginação, etc, é um produto intermediário.
 
---------------------------------------------------------------------------------------
Artigo publicado pelo Filósofo João de Fernandes Teixeira (UFSCar) 
 
 
O artigo, intitulado " A teoria da consciência de David Chalmers  (autor citado por Daniel Dennett na entrevista acima).
Resumo: O artigo tem por objetivo apresentar e discutir a teoria da consciência elaborada pelo filósofo David Chalmers no seu livro The Conscious Mind, publicado em 1996. O artigo é dividido em duas partes. A primeira expõe os principais delineamentos da teoria de Chalmers; a segunda discute seus principais conceitos, abordando a plausibilidade metafísica da existência dos "zumbis" e a idéia de superveniência.
 
------------------------------------------------------------------------------------------
 
Vídeo onde Daniel Dennett fala sobre nossa consciência (TED)
 
 
Juliana Leonardi.

Ju gostei muito da reflexão do Dennett quando ele refere que "nossos “eus” não são órgãos e, certamente, não são substâncias imateriais (egos ou res cogitans cartesianos). O “eu” é uma ficção útil, como os centros de gravidade, na Física" , a ideia da utilidade dessa "ficção" vem muito à calhar, fiquei refletindo sobre a não existencia do self, desde a ultima aula, e o ponto que mais me perturbou foi o questionamento sobre o fato de estarmos  preparados para receber essa "notícia", pois sem dúvida consolidamos muitas de nossas bases em cima da satisfação desse self, a maior delas é o sentido de nossas vidas, que não é material, mas poderia estar na satifação desse self-livre do ego. Agora, para entender a incontinuidade dos momentos vividos, unida a ausência do self, só mesmo com profundas e contínuas congnições com nossos amigos autores destas idéias grandiosas e com a vivências da nossa mente no presente, que requer prática budista e muito tempo. Então, não posso deixar de concordar com o Dennett quando ele diz que  o nosso "eu" é uma ficção ainda útil.