Europeus desperdiçam 39 dias por ano a ir e voltar do emprego


PorAnônimo- Postado em 07 setembro 2009

Segue notícia disponível em: http://www.semanainformatica.xl.pt/940/act/300.shtml<?xml:namespace prefix = o />
(
(De

Carlos Marçalo)

O teletrabalho pode desempenhar um papel crucial no equilíbrio da vida dos trabalhadores e no aumento da produtividade das empresas

O teletrabalho pode poupar aos trabalhadores europeus quase uma hora e um quarto por dia, se puderem evitar a viagem diária de ida e volta do emprego. As empresas estão a ser prejudicadas não só em termos de vantagem competitiva, por não conseguirem produtividades mais altas, mas também por não manterem uma mão-de-obra mais satisfeita e mais capaz de equilibrar as exigências das vidas pessoais e profissionais.

Estas conclusões foram obtidas a partir de pesquisas independentes encomendadas pela Avaya à empresa Dynamic Markets. O estudo «Flexible Working 2009» reflecte as atitudes de mais de 3500 trabalhadores de Espanha, França, Alemanha, Itália, Rússia e Reino Unido.

O tempo libertado por não viajar diariamente é basicamente passado com a família (56%), a relaxar (45%) ou a cumprir compromissos e completar tarefas que os trabalhadores fariam normalmente durante o tempo de trabalho (42%). O estudo identificou ainda que 21% de empregados usam o tempo adicional para trabalhar mais, enquanto um quarto usa esse tempo para praticar exercícios físicos. Estas conclusões sugerem que o teletrabalho tem um papel a desempenhar não só num melhor equilíbrio da vida laboral e pessoal dos trabalhadores e no apoio ao bem-estar da família, mas também em questões de saúde ao combater o sedentarismo.

«A redução no número de viagens casa-trabalho tem uma enorme repercussão no indivíduo e no ambiente – mas são as consequências financeiras que são as mais interessantes para os decisores», assegura Michael Bayer, presidente da Avaya para a região Europa, Médio Oriente e África (EMEA), explicando que «o efeito do aumento da produtividade e o tempo adicional passado a trabalhar por um quinto de empregados esforçados pode ter um impacto profundo nas empresas europeias».

Comentário:

Esta notícia confirma o que é dito no texto “O mundo do trabalho na Sociedade da Informação e do Conhecimento”, não apenas sobre o teletrabalho, mas também sobre como a tecnologia é capaz de elevar a qualidade de vida e do trabalho e ao mesmo tempo não deixar de lado o interesse das empresas: a produtividade.

Neste sentido, a tecnologia, principalmente a informática, tem um papel fundamental, pois muitas vezes é responsável por viabilizar a comunicação entre o teletrabalhador e a empresa. Naturalmente, esta modalidade de trabalho aumenta a dificuldade de gerenciamento por parte das empresas, mas, justamente por isso, o foco passa a ser o da produtividade.

O tempo livre proporcionado pelo teletrabalho, que seria gasto no transporte até o local físico da empresa, é utilizado, muitas vezes, de acordo com o estudo, para trabalhar mais, o que certamente é excelente para as empresas, pois o trabalhador se sente mais livre e realiza as tarefas com muito mais satisfação. E é nisso que reside o sucesso de muitas empresas: mão de obra satisfeita.

A pesquisa realizada pela Avaya ainda mostra que este tempo livre decorrente do teletrabalho é usado para equilibrar outros aspectos importantes da vida do trabalhador: a saúde e a família. A satisfação nestes campos é decisiva na produtividade de cada trabalhador, o que soma enormes vantagens às empresas.

Nos dias atuais, em que o capitalismo impõe uma competitividade extrema entre empresas do mesmo ramo, o teletrabalho pode se mostrar uma enorme vantagem e critério de desempate, gerando menos gastos e maior produtividade por parte de seus colaboradores. Além, é claro, de gerar inúmeros benefícios na esfera íntima do indivíduo e no ambiente como um todo.

Camila Maria de Souza Oliveira

Acadêmica de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina

Disciplina: Informática Jurídica