Empresas subestimam problema de espionagem econômica


PorAnônimo- Postado em 03 novembro 2010

A Google, gigante da internet, quebrou a lei do silêncio ao anunciar ter sido alvo de ataques cibernéticos a partir da China. Contudo, a famosa ferramenta de busca continua se recusando a revelar que propriedade intelectual os piratas virtuais conseguiram levar.
Poucas empresas americanas estão dispostas a admitir que foram vítimas de ciberataques. A cifra de 250 bilhões de dólares muitas vezes citada como o prejuízo anual conseqüente da espionagem econômica não é facilmente verificável, principalmente porque a espionagem migrou para a internet. "Por que assumir o risco de infiltrar uma pessoa na empresa, quando se pode recuperar a informação sentado diante de um computador em outro país?", perguntou Power, entretanto admitindo que o roubo de segredos por funcionários ou sócios segue sendo uma ameaça. Segundo Rick Howard, diretor de inteligência na iDefense Labs, "Eles utilizam os mesmos métodos que os hackers para obter informações valiosas. É um jogo de gato e rato".

No ano de 1996, os EUA aprovaram uma lei que transforma o roubo de segredos de fabricação em crime federal, chamada Economic Espionage Act. Entretando, processos são raros, e nos poucos casos, ainda há absolvições. Segundo o presidente da Lexicon Communications Corp, Stephen Fink, "O departamento de Justiça é incompetente para julgar os casos de espionagem. Os criminosos raramente são condenados". Segundo ele, a cibersegurança era maior durante a presidência de Bill Clinton, entretanto após o 11 de setembro, as prioridades mudaram.
Comentário:
Os crimes de informática, como visto, não se aplicam apenas às pessoas comuns, mas principalmente às grandes empresas. Esses crimes, caracterizados como qualquer conduta ilegal ou não autorizada envolvendo processamento automático de dados e/ou sua transmissão, freqüentemente surgem no enorme processo de concorrência selvagem típica do sistema capitalista, resultando numa "ciberespionagem econômica".
O maior problema desses crimes talvez seja a facilidade com que eles podem ocorrer, bem como a dos criminosos de cobrirem seus rastros. Como comentado na notícia, o recurso da internet permitiu a eliminação do risco de infiltrar uma pessoa na empresa visada. Outro problema talvez seja a falta de disposição por parte das empresas em admitir serem vítimas de tais ataques, dificultando o desenvolvimento de técnicas para a prevenção dos mesmos. Quaisquer que sejam os problemas enfrentados pelas empresas em casos de ciberespionagem, o fato é que esses foram postos em segundo plano após 11 de setembro, sendo os esforços concentrados na luta contra o terrorismo virtual.