Resumo
Este artigo objetiva, à luz da teoria política de Ulrich Beck e de Hans Jonas, examinar as contradições da modernidade reflexiva, apurando os processos da globalização dos riscos e da subpolitização. Primeiramente, analisa-se o conceito de modernidade reflexiva e as transformações ocorridas nos padrões que conformam a primeira e a segunda modernidade. Na parte intermediária, trabalhando o conceito de sociedade de risco, investiga-se como a globalização ampliou os espaços políticos e tornou nebulosa a origem e os destinos dos riscos globais. Na parte final, diante dessa nebulosidade, verifica-se a emergência de duas perspectivas conflitantes: uma de apatia política e outra de busca por alternativas – pautada na ética da responsabilidade. Argumenta-se que a tragédia nuclear em Fukushima no Japão em 2011 tende a diminuir a força da lógica do lucro capitalista e a impulsionar o relacionamento ético entre homem e natureza, além de revelar a crescente força política de atores não-estatais.
Fonte: http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/251
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