Artigo retirado da internet: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/view/7006/4983 [2]
Acesso em: 21 set. 2009.
O fenômeno religioso no Brasil, especialmente aquele de orientação pentecostal,
tem sido estudado em diversos matizes. Tudo fica ainda mais complicado quando fazemos a
interface entre esse novel campo religioso com o tradicional campo político. Neste trabalho,
estudamos duas propostas específicas de políticas públicas do Governo do Estado do Rio
de Janeiro: ?conversão? de homossexuais e adoção do criacionismo no ensino público
fundamental. A problemática se torna relativa ao tema no tocante aos atores envolvidos.
Tanto a governadora Rosinha Garotinho, como seu marido, o ex-governador Anthony
Garotinho, credenciam-se publicamente como fiéis da denominação pentecostal
?Assembléia de Deus?. O trabalho se pretende à formulação de uma hipótese: a de que está
ocorrendo uma sacralização do espaço público e, paralelamente uma laicização da religião.
Isto porque, se por um lado, a reinterpretação do espaço público passou a se dar a partir
dos referenciais de uma visão sacralizada do mundo, em contrapartida, o estado de
pertença religiosa tem sido o ponto de partida para o amálgama de relações interpessoais
formadoras de um ?patrimônio organizacional?, de natureza eminentemente ?profana?, ou
seja, da vida material. Nesta perspectiva, é necessário o cotejo de duas concepções de
cidadania: uma universalizante, própria de um espaço público laico, e outra fragmentária,
peculiar a um espaço público pluralista, onde se embatem diversas identidades.
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