Propriedade Intelectual e o Mundo Digital - Pirataria


PorAnônimo- Postado em 12 novembro 2010

Redução de pirataria de software em 10 pontos percentuais pode somar US$ 4 bilhões ao PIB brasileiro

A redução da pirataria no Brasil em 10 pontos percentuais ao longo dos próximos quatro anos resultaria em US$ 3,9 bilhões de receita adicional para as empresas do setor/PIB, dos quais 74% permaneceriam na economia brasileira; US$ 888 milhões adicionais em impostos; e na criação de 12,3 mil novos postos de trabalho de alta qualificação e remuneração

A redução da pirataria cria um efeito cascata na economia e, além de gerar receitas para a indústria de software, traz ganhos para empresas de serviços e distribuição ligadas à tecnologia de informação (TI). Esta atividade econômica adicional, por sua vez, gera empregos e proporciona maior arrecadação de impostos — e quanto mais rapidamente a pirataria for reduzida, maiores os retornos. Estas são algumas conclusões do estudo “Os Benefícios Econômicos da Redução da Pirataria de Software”, apresentado pela Business Software Alliance – BSA e pela IDC, o qual projeta o impacto de uma diminuição significativa desse problema em 42 países.

O estudo avalia que baixar a taxa de pirataria do Brasil dos atuais 56% para 46% nos próximos quatro anos resultaria em um aporte extra de US$ 3,9 bilhões para as empresas do setor. Ao contrário de uma percepção popular, o estudo avaliou que 74% dos ganhos permaneceriam na economia local.

Os impostos adicionais arrecadados pelo País nesse período totalizariam US$ 888 milhões e 12,3 mil novos postos de trabalho em seriam gerados, de alta qualificação e remuneração.

O estudo ainda conclui que os benefícios são maiores quando a redução da pirataria é feita mais rapidamente: se a taxa caísse 10 pontos percentuais nos próximos dois anos em vez de quatro, o aumento na atividade econômica do setor até 2013 alcançaria US$ 5,2 bilhões, e na arrecadação de impostos, US$ 1,1 bilhão – valores 34% maiores que a projeção anterior. Estes US$ 5,2 bilhões equivalem a 34% do faturamento total do setor no Brasil em 2009; e US$ 1,1 bilhão em impostos poderiam cobrir as despesas com a folha de pagamento da USP durante 9 meses.

Dados globais

O estudo avalia que reduzir o índice de pirataria de software global em 10 pontos percentuais em quatro anos criaria US$ 142 bilhões em nova atividade econômica, mais de 80% em média para as indústrias locais; US$ 500 mil novos empregos de alta qualificação no setor; e cerca de US$ 32 bilhões em receitas de impostos. No ritmo mais rápido, em dois anos, seriam US $193 bilhões em atividade econômica adicional e US$ 43 bilhões a mais em impostos.

Fonte: http://www.conexaoitajuba.com.br/itajuba/Pagina.do;jsessionid=u80lim37r1x1?idSecao=6&idNoticia=17011

Comentário: Tomarei a liberdade de desviar do assunto. Permito-me a uma breve divagação após determinados eventos onde pude comprovar que palavras certas nem sempre são palavras fáceis, e que a confiança construída durante anos pode ser minada por atitudes insensatas em poucos segundos; a menos que os espíritos envolvidos estejam em algum patamar mais elevado.

Lembro que Nietzsche afirmou que não há fatos eternos, assim como não há verdades absolutas. Nesse sentido, a cada dia fico convencido que, em nome da busca dessa “sabedoria” suprema estamos perdendo nossos sentimentos e nossa humanidade, regredindo a um estado primitivo (por mais que um grande amigo entenda que o progresso e a evolução sejam visíveis: cientificamente, talvez; culturalmente, pode ser; sociologicamente, filosoficamente e espiritualmente, definitivamente não).

Em nome de uma dita ciência jurídica, que se isola do mundo – podemos observar a postura do CCJ, um centro isolado das humanas, interligado ao CSE por duas passarelas que frequentemente estão trancadas – o sistema de ensino procura nos moldar a pequenos projetos de tecnocratas burocráticos cuja maior meta é passar em algum “bendito” concurso público... quanto desperdício de energia de uma juventude tão capacitada. E que inevitavelmente tornar-se-á fantoche do sistema.

De certa maneira explica-se o cenário: se os Advogados fossem mais sinceros, não falseariam tanto; se os Promotores fossem mais humanos, não denunciariam tanto; se os Juízes fossem mais emotivos, não condenariam tanto; se o STF fosse mais apaixonado, não empatariam tanto...

Esquecemos que as tecnologias devem ser apenas um meio, não o fim em si; a prioridade deveria ser sempre o homem; e tudo que o cerca. Falta-nos emotividade, inexiste afeto. Esta eterna busca de alguma coisa, ainda que se mostre tardiamente coisa alguma, pode ser extremamente frustrante. Esquecemos do essencial, do que somente a alma pode perceber... conhecer... e reconhecer.