O ódio na rede


PorAnônimo- Postado em 16 dezembro 2009

É comum ver a Internet como um difusor formidável de cosmopolitismo, universalismo e igualitarismo. Mas o que sabemos do seu lado obscuro?
Uma vez passado o impulso inicial para desvincular o computador da face da linchamentos dos "negros", proposto pelo neo-americanos-sites nazistas, a vulgaridade de algumas anti-páginas da web semita italiana, as canções de doutrinação de crianças palestinas, os relatórios das ações punitivas do “camisas negras”, a linguagem raivosa dos ultras, o autor optou por embarcar em uma viagem de conhecimento sobre os sites de grupos de ultras, Nazi-movimentos fascistas e de grupos armados no Oriente Médio.

Isso tudo resulta no seguinte: muitos desses sites têm um público fiel e, presumivelmente, grande, que consiste não apenas em curiosos, mas de pessoas que, pelo ódio, construíram suas relações com o mundo e passaram a usar a Internet para encontrar os outros, trocar informações, inflamar-se reciprocamente, criar barreiras, colocar obstáculos, cavando valas. A antiga hostilidade entre os grupos de idade, etnias e culturas, volta ao palco da história, armado com uma tecnologia mais moderna. É difícil acreditar que depois de tudo isso a Internet possa abrir caminhos para uma aldeia global democrática. A rede, ao contrário, reproduz e amplifica uma incomunicabilidade entre galáxias sociais em conflito e isso indica que vai levar muito tempo para se tornar, como se poderia esperar, num meio de interação entre sistemas de valores diferentes.

Esses temas são abordados no livro de Antonio Roversi, L'odio in Rete. Le Edizione del Mulino.