Menos de 2% dos pobres no Brasil têm acesso à internet


PorAnônimo- Postado em 14 julho 2009

Em “A Ciência e a ética da responsabilidade” (O homem máquina: a ciência manipula o corpo. Cia das Letras, 2003) Berlinguer analisa como as novas tecnologias e instrumentos de luta contra as doenças não têm tido a mesma distribuição. “Ao contrário, os benefícios das descobertas biomédicas não são universais, e sim, seletivos, e podem contribuir, mesmo que involuntariamente, para o aumento das desigualdades.” (p.196).
Fazendo uma analogia com o acesso a internet, podemos verificar que no Brasil somente 1,7% das casas mais pobres contam com esta forma de comunicação, esse número surge de um levantamento, realizado em 2007 e divulgado neste ano, graças ao novo Sistema de Informação Estatístico regional, criado pelo Observatório para a Sociedade da Informação da América Latina e Caribe (OSILAC), da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). Este sistema permite processar, como informou a Cepal, dados sobre o uso e acesso às chamadas "Tecnologias da Informação e as Comunicações" (TIC) da região.
Maiores informações no site: http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=4184
A partir desses dados, cabe a consideração sobre a importância do acesso a internet por toda a população. Se pensarmos o governo eletrônico como uma infra-estrutura que permite maior participação cidadã no governo então uma das grandes preocupações é que todos tenham acesso a internet e que essa tecnologia não seja um fator a mais de desigualdade, mas sim um instrumento democrático de resistência e de possibilidade de mudanças sociais.