Livro - Web e participação: a democracia no séc. XXI


PorAnônimo- Postado em 24 outubro 2010

Título: Web e participação: a democracia no séc. XXI
Autora: Drica Guzzi
Editora Senac São Paulo e Escola do Futuro (USP)


Sobre a obra

Nesses tempos de comunicação de altíssima densidade, as conversas nas redes vão adquirindo cada vez mais importância na vida cotidiana. Com a possibilidade de produção e replicação de informações, essa interação cria novas formas de se fazer política - ou de agir politicamente - motivando ações dentro e fora da web. Para debater como se dá esse impacto na sociedade contemporânea, a especialista Drica Guzzi escreveu o livro Web e Participação – a democracia no século XXI, lançamento da Editora Senac São Paulo e Escola do Futuro (USP).

Drica Guzzi traz uma leitura importante dos movimentos de redes sociais no Brasil via Web 2.0 e sua relação com a participação pública eletrônica, a chamada e-participação. A partir de uma análise do continuum da participação pública, descreve como podemos caminhar progressivamente em ações democráticas através da internet.

A autora ainda mostra como estão ligados o conceito de democracia e os dispositivos de participação ampla proporcionados pelas novas tecnologias de comunicação. A autora cita a enquete parlamentar on-line sobre violência doméstica, no Reino Unido; A rede Iperbole e a construção de uma comunidade participativa on-line – e-consulta sobre o trânsito na cidade de Bolonha, na Itália; e o programa de inclusão digital do Governo do Estado, Acessa São Paulo, citado num dos capítulos do livro (em estudo de caso) como um modelo nacional de inserção social e participação comunitária. O Fala São Paulo é um canal de expressão, baseado em consulta aos usuários dos postos Acessa por meio de enquetes semanais. Essa iniciativa faz parte do programa Acessa São Paulo, desenvolvido pela Escola do Futuro (USP) para o programa de inclusão digital do governo paulista.

Há muito o que se contar sobre o processo de implantação de uma nova forma de comunicação baseada nas redes digitais, de forma descentralizada, tanto quanto para se mostrar das maneiras de se medir a participação pública eletrônica, baseando-se em documentos e exemplos de organizações internacionais que são citados na obra – como os da Organização das Nações Unidas (ONU) e o da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A obra é resultado da dissertação desenvolvida em mestrado na área de Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a autora explica que

“A ideia do livro é mostrar como as comunidades virtuais sem território e a imensa possibilidade de expressão permitida pela Internet abrem um novo espaço para a comunicação transparente, tanto no nível local quanto no global, levando, potencialmente, a profundas renovações das condições da vida pública, ou seja, maior liberdade e responsabilidade de um indivíduo enquanto cidadão”.