As dimensões espaço-tempo e o governo virtual


PorAnônimo- Postado em 19 outubro 2009

Na discussão acerca da sociedade da informação e direito da informática, as questões das dimensões espaço-tempo na sua relação com a informação reaparece justificando as dificuldades da resolução de problemas jurídicos, entre eles a desmaterialização dos bens, o caráter evolutivo da tecnologia em constante mutação, a dimensão internacional da informação (sem fronteiras), e a pluridisciplinaridade.
Já no final da década de 60, Marshall McLuhan descreveu o fenômeno da dimensão internacional da informação criando o conceito da "aldeia global". Foi quando os programas de televisão se popularizaram e a transmissão via satélite havia tornado realidade.
Com o surgimento da internet e o desenvolvimento de padrões de registros digitais de maior resolução e tamanho reduzido – das imagens, filmes e sons transformados do analógico para o digital – associado a cada vez maior capacidade de armazenamento e processamento dos computadores, as possibilidades de aplicações ficaram limitadas principalmente pela capacidade criativa. A globalização ocorreu em todas as áreas, da economia ao entretenimento.
E a referida desmaterialização dos bens pode ser relacionado à virtualização.
Pierre Lévy fala que a virtualização é a reinvenção da cultura nômade. E quais as diferenças principais apontada por ele quanto à empresa virtual e uma organização clássica? Em uma organização clássica os empregados se reúnem no mesmo prédio, com cada empregado ocupando um posto de trabalho em horários específicos de trabalho. A empresa virtual serve-se principalmente do teletrabalho, numa rede de comunicação eletrônica, com o uso de recursos que favoreçam a cooperação. Para Lévy, a virtualização de uma empresa consiste, sobretudo em fazer das coordenadas espaço-temporais do trabalho um repensar constante e não uma solução estável. E o governo eletrônico é também um governo virtual?