Considerações acerca da obra “Modernidade e Identidade”


PorAnônimo- Postado em 23 agosto 2010

Segundo o autor, o sociólogo Anthony Giddens, viver no universo da alta modernidade é viver num ambiente de oportunidade e risco, concomitantes inevitáveis de um sistema orientado para a dominação da natureza e para a feitura reflexiva da história. De fato, o universo dos eventos futuros está aberto para ser moldado pela intervençao do homem que passa por uma série de momentos decisivos em sua vida.
De acordo com o sociólogo, momentos decisivos são ameaçadores para o casulo protetor que defende a segurança ontológica do indivíduo, porque a atitude “tudo bem” que é tão importante para o clasulo é inevitavelmente atravessada. Há momentos em que o indivíduo deve lançar-se a algo novo, sabendo que a decisão tomada tem uma qualidade irreversível.
Interessante notar, nos termos trazido pelo livro, que se de um lado houve uma melhoria na qualidade de vida - em 1907, aproximadamente 1 em cada 7 pessoas morria, enquanto em 1977, aproximadamente 1 em cada 77 indivíduos morriam – atualmente se observa o aumento de doenças de coração e do câncer, muito relacionadas aos fatores ambientais e alimentares, os quais sofrem interferência direta do homem. O autor afirma que o clima de risco da modernidade é inquietante para todos, sendo que ninguém escapa. E esses riscos foram se intensificando nos últimos dois ou três séculos, em virtude de não se limitar mais a certas áreas ou regiões, já que se tornaram globais. É o que se verifica no acidente nuclear de Chernobil, em 1986, e na própria questão do aquecimento global. Tais riscos demonstraram que os Estados precisam se unir a fim de reparar danos e evitar riscos, uma vez que o meio ambiente é um todo e que não basta preservá-lo em um país, se nos demais houver um consumo exarcerbado ou a produção de tecnologia e ciência sem a devida cautela.
A respeito da crise ambiental vivenciada na modernidade, vale conferir o vídeo “The story of the stuff”, disponível em: .