A Última Hora


PorEduardo Franco- Postado em 13 setembro 2011

 

Nosso planeta está em crise e é consenso entre os cientistas que o principal causador desta devastação é o ser humano. É sobre este tema que se trata o documentário “A Última Hora”, narrado e produzido por Leonardo DiCaprio.

A população humana vem se multiplicando de forma estrondosa desde o descobrimento dos combustíveis fósseis. A partir daí, pode-se estender os padrões de produção e aproveitamento dos recursos naturais do planeta Terra. Em 200 anos, a população humana aumentou quase 7 vezes de tamanho. O ser humano, com seu cérebro privilegiado, tornou-se o senhor do planeta, mas a custa de que?

Nossa exploração exacerbada vem mostrando suas consequências já há algum tempo. E isso é só o começo. A temperatura da Terra já aumentou 0,7 °C e as previsões mais otimistas afirmam que mesmo que a população se conscientize e diminua consideravelmente a degradação, a temperatura ainda deverá subir cerca de 0,5 °C. E essas catástrofes atuais com as quais estamos tão inconformados, provavelmente se tornarão parte da normalidade.

Vale repensar quando foi que o homem deixou de se considerar parte do meio ambiente. Ligados à economia, acabamos esquecendo antigas verdades que nos ligavam à natureza. Chegamos à ilusão de que somos capazes de produzir nosso próprio habitat. Nossos desejos materiais nos levam a trabalhar cada vez mais para poder consumir aquilo que poderá suprir o vazio que ainda resta dentro de nós. Desejos materiais fazem parte do que somos, e dessa forma, não é que consumir seja ruim, mas é forma que isto está se dando, de forma exagerada, que é prejudicial. É preciso mudar o objeto de desejo para se chegar à raiz do problema. É preciso uma renovação cultural, de consumir a ser feliz.

O fato é que algo precisa ser feito. O ser humano precisa urgentemente se conscientizar. Pois sabemos que o planeta irá seguir se transformando com ou sem a gente, e sendo a extinção algo no horizonte de qualquer espécie, precisamos fazer algo para que esta não esteja no dia logo após amanhã, na nossa.