A sociedade do conhecimento, longe de ser um modismo, representa uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia. Ela impõe que as estruturas de poder que se adéquem às novas formas de governabilidade, tendo em vista atender as demandas advindas dos diferentes atores com os quais se relacionam. O Governo Eletrônico, apoiado pelas TICs, se apresenta como aliado nesse processo, uma vez que estrutura a mudança de paradigma necessária no contexto da administração pública.
O governo eletrônico bem como a avaliação de seus canais de relacionamento estão entre os temas discutidos no recente livro [2] lançado pelo Grupo de Pesquisa em Governo Eletrônico da UFSC. Alguns dos artigos nele publicados, versam sobre a avaliação de portais de governo. A exemplo:
O artigo Avaliação dos portais da Justiça Federal utilizando a métrica LEFIS, de autoria dos pesquisadores Paloma Maria Santos, Andressa Fracaro Cavalheiro, Giovani de Paula e Aires José Rover, buscou verificar em medida os portais da Justiça Federal, especificamente o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e os Tribunais Regionais Federais da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Regiões, primam pela facilidade de uso, pela relevância e pela efetividade. Foram avaliados os quesitos de usabilidade, conteúdo, trâmites e política de desenvolvimento das aplicações. Viu-se que, apesar de os resultados apontarem para uma boa estrutura dos portais, ainda alguns melhoramentos podem (e devem) ser pensados e executados neste respeitante.
O artigo O exercício da transparência passiva nos portais dos tribunais de justiça brasileiros, de autoria de Natália Warmling, Marciele Berger Bernardes e Paloma Maria Santos, objetivo geral analisar a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), especialmente o modo como está sendo efetivado o instituto da transparência passiva pelos Tribunais de Justiça brasileiros. A partir dos questionamentos aplicados, verificou-se que somentes alguns dos Tribunais cumprem com efetividade os ditames referentes ao exercício da transparencia passiva.
O artigo Avaliação dos portais dos tribunais de justiça estadual quanto ao potencial de promoção da democracia eletrônica, de autoria de Paloma Maria Santos e Aires José Rover, objetivou apresentar um panorama da promoção da democracia eletrônica pelo Poder Judiciário a partir da avaliação de nove indicadores: informação, ferramentas de comunicação, ferramentas de colaboração, transparência passiva, transparência ativa, dados abertos, mecanismos de controle, usabilidade e acessibilidade e segurança e privacidade. Como resultado, viu-se que os portais pouco aproveitam seu potencial enquanto ferramentas capazes de aproximar o cidadão do poder público, cabendo aos portais o papel de meros murais de recados.
Clique aqui [2] para acessar estes e outros artigos sobre a temática do e-Judiciário publicados no livro.