Artigo retirado da internet:http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/view/6986/4964
Acesso em: 21 set. 2009.
A partir da década de 1970, com o início das obras da Usina Hidrelétrica
de Itaipu Binacional, cerca de 40 mil pessoas, ao longo dos oito municípios
brasileiros afetados pela formação do lago, começaram a viver o drama da
expropriação, sendo aproximadamente 20 mil o número de desapropriados no
Paraguai, num dos maiores processos migratórios da história contemporânea
brasileira. O presente trabalho focaliza a trajetória das famílias expropriadas,
marcada pelo desenraizamento social e por violências simbólicas, por meio da
análise de propagandas relacionadas à Itaipu como representações do discurso do
governo militar, direcionado à população desapropriada de suas terras. Dessa forma,
acreditamos que a análise dessa documentação pode revelar a amplitude e a
sofisticação dos discursos proferidos pelo governo sobre a Usina. Estes visavam,
sobretudo, convencer os desapropriados e a opinião pública nacional sobre a
?inquestionável? legitimidade de suas ações em torno da concretização do projeto.
Ainda é possível observar a importância dos meios de comunicação para a ditadura
assegurar o predomínio do seu projeto de desenvolvimento sobre outros, valendo-se
de inúmeros e sofisticados recursos discursivos.
Anexo | Tamanho |
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