A sociedade está cada vez mais complexa e caracterizada pela informação e conhecimento com o uso intenso da tecnologia digital inclusive pelas estruturas administrativas demonstrando a superação dos governos e direcionando-os a uma forma de poder mais horizontalizada. O ambiente tecnológico criado pela humanidade se transforma a cada dia com o desenvolvimento das tecnologias digitais e o tempo, nesse contexto, somente acelera, não mais retorna ao estado da humanidade de outrora. Há o surgimento de uma nova era para o ser humano, menos natural e mais “maquinal” (Rover). É o um novo tipo de ser humano com atributos especiais robotizados. O corpo e a máquina se confundem em um universo de integração, tanto pelas inovações tecnológicas como pelo desenvolvimento do cybercorpo que talvez esteja demonstrando o destino do corpo humano na sociedade da informação, na era da tecnologia. O redimensionamento do espaço e do corpo deflagra uma renovação das indagações sobre a metáfora homem/máquina, do lugar do corpo na era da tecnologia, da alma, dos sentimentos. Terá mesmo um pressuposto cartesiano da concepção do homem e La Mettrie com sua afirmação de que a alma é uma complicação supérflua é quem tinha razão? (Sérgio Paulo Rouanet). Há espaço para a ética no homem tecnológico? (Volnei Garrafa). Eis o verdadeiro conflito no novo milênio.
