O levantamento realizado pela Microsoft no início do ano de 2009 (2009 Microsoft SMB Insight Report) vem reafirmar o crescimento do teletrabalho na ‘sociedade em rede’. Este fortalecimento, porém, não é apontado por dados concretos, mas por algo não menos importante: as expectativas de mais de 600 pequenas e médias empresas sediadas no Brasil, nos EUA, no Canadá, na Inglaterra e na França. Diz-se que são ‘não menos importantes’ porque as expectativas costumam transformar-se em planos de ação que, por sua vez, alteram determinada realidade e se traduzem em novos dados concretos. Sobre o conteúdo do relatório, pelo menos metade das empresas entrevistadas espera que 2009 seja um ano de renovados investimentos em TIC’s, de aumento das soluções em mobilidade e de ampliação do número e da importância dos teletrabalhadores em seus quadros de funcionários. Tais informações são interessantes na medida em que demonstram que a mentalidade empreendedora neste início de século volta-se para empresas ágeis, menos hierárquicas e mais flexíveis. Além disso, indica que uma das principais dificuldades de implementação do teletrabalho, qual seja, a resistência dos empresários e patrões, está sendo relativizada. Quer isto dizer que os benefícios trazidos pelo trabalho remoto têm superado as dificuldades de gerenciamento, reconhecimento e identidade dos teletrabalhadores, bem como os problemas que podem resultar de ordenamentos jurídicos não preparados para abarcar satisfatoriamente este tipo de relação trabalhista. Enfim, a partir das informações obtidas, e apesar da crise econômica que se apresenta, pode-se esperar a expansão do teletrabalho para o ano de 2009 – e além – a partir de sua positiva recepção nas expectativas de pequenas e médias empresas: mais um indício da transição nas relações de trabalho por que passa nossa sociedade.
Notícia em:
http://computerworld.uol.com.br/carreira/999/12/31/metade-das-pmes-brasi... [1]