Mesmo sem previsão legal, setores do governo federal começam a liberar funcionários para trabalhar em casa. O primeiro órgão federal a adotar o modelo foi o Serpro, empresa de informática vinculada ao Ministério da Fazenda. A iniciativa surgiu com um projeto piloto em 2006. No ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) também aderiu. A Receita Federal adotou nesse ano e Banco do Brasil e a Caixa Econômica se prepararam para adotá-lo.
A comunicação entre o servidor e a chefia é feita por internet e telefone. No TCU, os servidores públicos são informados que devem "consultar diariamente o e-mail".
O controle do funcionário passa a ser feito não pelas horas trabalhadas, no modelo de cartão de ponto, mas por sua produtividade. A legislação prevê, porém, 40 horas semanais de trabalho.
Segundo Álvaro Mello, fundador da Sociedade Brasileira de Teletrabalho, a produtividade desse tipo de trabalhador aumenta em média 30% porque ele deixa de conviver num ambiente onde há várias interrupções.
Mas há dificuldades para se implementar o teletrabalho no setor público. Segundo Mello, os órgãos precisam ter um controle de produtividade, o que poucos têm, evitando assim que a pessoa se aproveite do programa para não trabalhar.
Retirado de: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/850957-governo-federal-tambem-testa-o-trabalho-em-casa.shtml [2]
Esta notícia é bastante interessante, pois mostra que o Governo Federal está se adaptando as novas mudanças na sociedade, principalmente no quesito trabalho. Na sociedade civil está se disseminando cada vez mais o teletrabalho com bons resultados, fazendo sentido que o Governo Federal também o adote. Isso também serve como precedente para aplicação do teletrabalho em escala estadual e futuramente até municipal.
Os principais benefícios apontados foram aumento na produtividade de até 30%, melhoria na qualidade de vida do trabalhador e menos rotatividade, licenças e faltas do empregador. No contexto da Administração Pública essas vantagens são muito importantes, pois permitem melhor aproveitamento do dinheiro público e redução de gastos da máquina estatal.
Mas também aponta as falhas e problemas de utilizar o teletrabalho, como a não aplicação para todos os tipos de pessoas, a falta de controle da produtividade, o que impede de utilizá-lo e a falta de regulação. A falta de controle da produtividade ocorre mais por causa dos órgãos públicos que não têm métodos de controle de produtividade. E a falta de regulamentação já foi parcialmente resolvida com o regulamento do TRT da 8º região.
O teletrabalho no Governo Federal se mostra bastante promissor e espera-se que sua aplicação seja estendida.