Este paper apresenta três últimas das sete etapas de correção das deficiências na aprendizagem de uma organização, segundo o capítulo 2, do livro A Quinta Disciplina, de Peter Senge.
Na “parábola do sapo escaldado”, Senge nos remete à reflexão sobre quanto às ameaças e à sobrevivência que tornam as organizações inaptas e as levam ao fracasso. O autor diz que o mecanismo interno de ameaças à sobrevivência detecta mudanças súbitas do meio ambiente e não mudanças lentas e graduais. Como por exemplo, o caso da indústria automobilística norte-americana que dominava o mercado na década de 60 e não considerava o Japão uma ameaça séria a sua sobrevivência e “não se sabe se o sapo americano terá força de pular de panela”. Então, o autor sugere que não conseguiremos nos livrar do destino do sapo enquanto não aprendermos a diminuir o ritmo e perceber os processos graduais que, frequentemente, representam as maiores ameaças. Para isso, precisa-se reduzir o ritmo frenético e prestar atenção aso eventos sutis e drásticos. A abordagem de Senge se assemelha a teoria autopoiese ao olhar as deficiências nas suas relações de estruturas.
Na “Ilusão de aprender com a experiência”, Senge afirma que o aprendizado mais poderoso vem da experiência direta, onde aprendemos através de um processo direto de tentativa e erro. Esse processo compreende as ações de: tomar uma atitude; observar as consequências; e assumir ou não outra diferente. Mas, nas organizações nem sempre podemos observar os resultados de nossas ações, então não podemos aprender com a experiência direta.
No “mito da equipe gerencial”, Senge aborda a solução adotada por muitas organizações para superar as dificuldades dos impactos das decisões - a equipe gerencial, composta por um conjunto de gerentes sensatos e experientes, que representam as diferentes funções e áreas de expertise. O autor lança um alerta: “Como podemos acreditar que uma equipe típica de gerentes será capaz de superar as deficiências de aprendizagem?”, se: a) a equipe gasta tempo lutando por seu pedaço; b) precisam aparentar sempre que são “competentes” e “coesos”. Nessa busca, o indivíduo para se proteger da dor de parecer “inseguro” ou “ignorante” cria um bloqueio para compreender novas ameaças. Assim, tornam-se “pessoas qualificadas em impedir a sua aprendizagem”.