A vida em risco, reflexão do filme "A última hora"


PorJoseane Alexandre- Postado em 02 maio 2012

Autores: 
Joseane Neli Alexandre Rosa

O filme, tão bem elaborado, com opiniões baseadas na realidade em que estamos vivendo com respeito ao meio ambiente, nos remete a uma reflexão do que estamos fazendo conosco mesmos e com o Planeta Terra. No decorrer deste artigo estarão sendo citadas algumas frases que foram faladas no filme, explicarei que são ou estarão entre parênteses; não mencionarei quem as disseram, mas posso afirmar e que as tirei de lá e que você também deveria ver esse documentário.  As questões abordadas nessa obra são alarmantes,  trazidas por pessoas  renomadas, com base cientificamente comprovadas. Muitos tem falado neste assunto, mas pouco tem adiantado, parece que estamos anestesiados. A impressão é que nós seres humanos estamos pensando só no hoje, em nossos deleites e pronto; a vida assim nos basta. Pare e pense comigo: -quem quer viver sem conforto?  Tínhamos  acesso aos produtos, agora estamos tendo também aos serviços; hoje compramos serviços,  por exemplo: o ar condicionado, antes a pessoa comprava o aparelho de ar, atualmente compra-se o serviço, o equipamento não é seu, mas você tem o tem a sua disposição. Vamos ser realistas: As tecnologias nos trouxeram inúmeras facilidades, em diversas áreas, não queremos mais voltar atrás. Nisso concordamos; Mas, não podemos cruzar os braços e achar que está tudo bem; precisamos pensar no que fazer com os nossos rastros, por exemplo, para onde vai o que deixamos de usar, o que ficou velho e sem uso? Como bem dizem os atores desse filme e as imagens nos mostram:  vai para a natureza!

Alguém pára e pensa do que precisamos para produzir os materiais que usamos?  Vejamos, por exemplo, de que matéria prima é necessário  para confecção de vidro? A extração de areia, e, porque se pensa que ainda temos bastante, o vidro não é valorizado comercialmente; o que acontece: as pessoas não querem receber da reciclagem esse material, ou pagam muito pouco pelo retorno dele, para se ter uma ideia, atualmente o quilo do vidro custa em torno de R$ 0,02 (dois centavos), ou seja: quase nada, aonde está a política reversa? O que se vê no filme são resíduos de todos os tipos pelo Planeta. Assim como o ator Leonardo DiCaprio, em "The 11th Hour",  narra as terríveis consequências de nossos atos, nossos governantes também estão atentos para o risco que estamos todos correndo e, na medida do possível, tentando evitar a destruição de nossa casa, diminuindo nosso "impacto na Terra";  um desses exemplos é  a elaboração e implantação da Lei brasileira nº 12.305 de 2 de agosto de 2010  que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ela altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; É um avanço do olhar do Estado sobre o que produzimos de materiais e deixamos por aí, sem nenhum tipo de tratamento; para quem gosta de se manter informado essa é uma boa pedida.

Infelizmente, está posto algo que é uma consideração antiga e algumas pessoas estão desatentas: pensar que os materiais  são inesgotáveis, que o homem é dono da natureza; deixo aqui uma dica: além da obra que estamos analisando, veja também a "história das coisas" , você terá um novo conceito de como viver em harmonia consigo mesmo e com o Planeta, uma noção histórica de como chegamos ao ponto que estamos; para "linkar" uma obra e outra uso algumas frases do filme que ilustram o conteúdo de ambos:  criaturas oportunistas fazem tudo; a economia que é a coisa mais importante; continuamos a fazer a mesma coisa em rítmo acelerado; seus impactos desafiam a imaginação; destruição dos ecossistemas é o resultado de pesquisa de mais de 4 anos entre 1300 ambientalistas de 71 países. Sabemos que é  necessária a mudança de hábito, de mentalidade e atutitude de todos nós para mudar essa realidade; Porém,  basta começarmos e a natureza conspirará em nosso favor, lembre-se: "O Planeta Terra é nosso único lar", seja de que raça, religião ou nacionalidade cada um de nós formos, não importa, o que verdadeiramente está em questão é a vida, leia a seguir o que nos dizem alguns dos estudiosos do filme e decida você também pela mudança, eles são cientistas e sabem do que estão falando: estamos na era ambiental, gostando ou não; somos a base do problema, poderíamos ser a base da solução; essa geração poderá transformar o mundo. Bem, a cada um cabe a sua parte, segundo eles: ainda há tempo.

 

Joseane Neli Alexandre Rosa, para a disciplina de Informática Jurídica - UFSC, 2012-1; ministrada pelo professor, doutor Aires José Rover