Universalização das tecnologias da informação e exclusão digital


PorAnônimo- Postado em 14 julho 2009

No artigo “A ciência e a ética da responsabilidade” o autor Giovanni Berlinguer discorre sobre os benefícios das descobertas biomédicas e destaca a não universalização dos mesmos. (2003, p. 196)
Podemos fazer uma analogia desta questão com o Governo Eletrônico e mais especificamente com a exclusão digital. Desta forma, os benefícios proporcionados pelas novas tecnologias de informação - que viabilizam o governo eltrônico- ainda não alcançam as classes menos privilegiadas, não são universais.
Tendo em vista a não universalização dos avanços na área de biomédica e na área tecnológica, é interessante conhecermos os ensinamentos de Pierre Lévy, que deixa claro que estas exclusões não devem ser vistas como empecilhos. Este autor ao estudar a exclusão digital (não com esta denominação) diz que :
“De forma mais ampla, cada universal produz seus excluídos. [...] O fato de que haja analfabetos ou pessoas sem telefone não nos leva a condenar a escrita ou as telecomunicações –pelo contrário, somos estimulados a desenvolver a educação primária e a estender as redes telefônicas. Deveria ocorrer o mesmo com o ciberespaço.” (LÉVY, 1999, p.235)

LÉVY, Pierre.Cibercultura.1.ed.Tradução de Carlos Irineu da Costa.São Paulo: Ed.34, 1999. (ColeçãoTRANS).
BERLINGER, Giovanni. A ciência e a ética da responsabilidade. In: NOVAES, Adauto (org.) O Homem-máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das letras, 2003.