Segurança Digital: Crackers x Hackers


PorRicardo Vieira- Postado em 16 maio 2012

Segurança Digital: Crackers vs Hackers

15 de maio de 2012

Depois do roubo de fotos íntimas de Carolina Dieckmann, o debate sobre meios de segurança digital e cibercrimes voltou a ganhar força. De acordo com a polícia carioca, a atriz foi vítima de crackers.

Você sabe a diferença entre crackers e hackers? A discussão é antiga, mas os nomes ainda geram dúvidas e são facilmente confundidos. Ambos são experts em computadores, dedicam boa parte do tempo para estudar sistemas e programações e contam com habilidades avançadas. A principal diferença está na forma como cada um utiliza este conhecimento.

Pelo senso comum, o termo mais conhecido, hacker, está associado a roubo de dados e invasão de sistemas. No entanto, no entendimento de especialistas em computação, os ciberpiratas ou cibercriminosos são designados como crackers. A palavra deriva do verbo em inglês "to crack", que significa quebrar.  Entre as ações, estão a prática de quebra de sistemas de segurança, códigos de criptografia e senhas de acesso a redes, de forma ilegal e com a intenção de invadir e sabotar para fins criminosos.

O termo hacker, por sua vez, serve para designar um programador, com amplo conhecimento sobre sistemas, sem a intenção de causar danos. Inclusive, a habilidade para lidar com sistemas e programações, muitas vezes, é aplicada pela própria polícia em investigações ou até mesmo no desenvolvimento de softwares com o intuito de limar brechas de segurança, criar novas funcionalidades ou adaptar as antigas.

De acordo com o diretor do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos, delegado Emerson Wendt, o hacker busca "conhecer e modificar dispositivos, é um explorador de sistemas".  Já o cracker ganha esta denominação porque tende a utilizar o amplo conhecimento em informática para explorar "uma vulnerabilidade no sistema e buscar algum ganho com isso".

Estas são as denominações mais conhecidas. Além delas, há subdivisões que definem cada habilidade, como o 'carder', especialista em roubar cartões de crédito para compras on-line ou saques em caixas eletrônicos; o 'defacer', especialista em desfigurar páginas de sites; o 'phreaker', especialista em crakear equipamentos eletrônicos, sinais de TV a cabo ou sistemas telefônicos; entre outros.

Como evitar ataques virtuais

Golpes na internet são cada vez mais comuns, e as armadilhas criadas na rede tendem a captar a atenção dos internautas, mesmo com as inúmeras informações que circulam pela web e na mídia. Um dos truques que facilmente enganam é mostrar ao usuário que a origem do que ele está prestes a acessar é confiável, através do envio de links de serviços ou mensagens de remetentes conhecidos. Outra possibilidade é a tentativa de adivinhação, efetiva quando a senha do usuário é frágil, representando alguma informação da vida pessoal ou também dependendo da resposta à pergunta de segurança para lembretes de senha, que por muitas vezes entrega a informação de cara.

A melhor maneira de evitar armadilhas virtuais é manter a atenção redobrada para todos os links enviados por e-mail, sites acessados e logins, certificado digital no pé das páginas, combinação de senhas e atualização de antivírus, lembrando cuidados básicos já citados por especialista aqui no blog.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/infosfera/2012/05/15/seguranca-digital-crackers...

Análise

 

A notícia começa citando um caso muito recente de roubo de informações e arquivos pessoais de uma atriz, feita por um grupo de pessoas entendidas de computação, com o intuito de chantagear e provocar danos à imagem da vítima. Com essa introdução, vem em pauta o verdadeiro assunto da notícia, qual a diferença entre crackers e hackers e o que podemos fazer para tentar prevenir esses roubos virtuais. Percebe-se, através do esclarecimento de ambas as denominações, que a maioria das pessoas atribui o nome errado aos verdadeiros “ladrões” virtuais. O hackerbusca conhecer e modificar dispositivos, é um explorador de sistemas.  Já o cracker tende a utilizar o amplo conhecimento em informática para explorar "uma vulnerabilidade no sistema e buscar algum ganho com isso".

Em relação aos cuidados a serem tomados, deve-se manter a atenção redobrada para todos os links enviados por e-mail, sites acessados e logins, combinação de senhas e atualização de antivírus do computador. O texto possui linguagem simples e clara, sendo de fácil compreensão e acessível a todos os leitores que tenham conhecimentos básicos sobre informática e internet. Bem estruturada e bem exposta, atinge com eficiência o objetivo a que foi proposta: informar sobre o assunto escolhido. Muito interessante, a notícia esclarece uma dúvida comum e ainda dá dicas de como prevenir possíveis invasões digitais aos tão sigilosos arquivos pessoais.

Ricardo Augusto Vieira.