SECULARIZAÇÃO EM MAX WEBER Da contemporânea serventia de voltarmos a acessar* aquele velho sentido**
Autores:
Antônio Flávio Pierucci
RESUMO
Saber do que se fala sempre ajuda." Pés no chão do bom
senso, assim abriu Jürgen Habermas a conferência que fez
no congresso da Deutsche Vereinigung für politische Wissenschaft,
reunido na cidade de Duisburg em outubro de 1975. O
congresso havia sido aberto por Wilhelm Hennis, que em
sua conferência abordou a questão da legitimidade. A ela
replicou Habermas com um texto curto e grosso de mise au
point do conceito: "Saber do que se fala sempre ajuda; de
resto, se se trata do problema da legitimidade, é preciso
sabê-lo de modo particularmente exato" (Habermas, 1983).
A lembrança desta frase, sábia em sua simplicidade
pragmática, chã, engraçada de tão óbvia, não me veio à
cabeça em vão. Sua evocação serve, como nenhuma outra,
para descrever sucintamente minha motivação mais
profunda se é que profundidade existe, duvidaria Foucault
ao escrever o presente ensaio, no qual pretendo, modesta
mas decididamente, defender a necessidade inadiável de
reabrirmos hoje no Brasil, entre os sociólogos da religião, a
discussão conceitual do problema da secularização e argüir da
utilidade de nos enfrentarmos de novo e seriamente com
os velhos significados com os quais a coisa se pôs de pé, nos
quais se levantou a questão. São referências que devem ser
revalorizadas nos dias de hoje. Na América Latina
principalmente. (E o Cone Sul não me deixa mentir.).
PALAVRAS-CHAVES: MAX WEBER, DIREITO, SOCIOLOGIA
Anexo | Tamanho |
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secularizacao_em_max_weber.pdf | 336.54 KB |
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