Repercussão do Partido Pirata Alemão no mundo


Porthais2013- Postado em 15 maio 2013

 

A notícia fala sobre a repercussão que o recente Partido Pirata Alemão, criado em 2006, na Suécia, e logo em seguida na Alemanha, por um grupo de nerds e hackers, e que agora tenta ganhar espaço aqui no Brasil, está tendo no mundo. Este grupo visa trazer à sociedade uma maior democracia direta no âmbito do direito à informação e da liberdade de expressão, assim como sua rejeição ao controle de direitos autorais, utilizando das redes onlines como plataforma de opiniões e sugestões públicas, podendo ser feitas por qualquer um.

O grupo, antes sendo visto como “algo” que não repercutiria efeitos, hoje conquista os eleitores por propor maior transparência na política. Conquistam principalmente jovens, por quererem a não regulamentação governamental, mas sim uma liberdade na rede.

Em um mundo hoje dominado ocidentalmente pelas diversas tecnologias (computadores, tablets, celulares, etc.), e pelas formas de compartilhamento de conteúdos (por exemplo: músicas, obras literárias, filmes, etc.) feitas por via de tais tecnologias, é impossível que aqueles que buscam proteger os direitos autorais não se deparem com a pirataria dos mais diversos conteúdos expositivos que tem natureza na internet.

É geradora de um grande debate essa questão de permissão ou não de cópias ilegais distribuídas aleatoriamente e gratuitamente para qualquer pessoa do mundo. Penso que a permissão pelo governo da pirataria de conteúdos expositivos deve ser feita apenas para determinados conteúdos, considerando então como “não-piratas” aqueles que não ferem o conteúdo original do trabalho exposto. Isso devido à razão de que permitindo uma maior exposição (mesmo que contrária ao direito autoral), haverá maior divulgação e conhecimento do conteúdo e consequentemente haverá maior distribuição dele em sua forma legal (que preserva os direitos autorais da pessoa). Certamente que caso fosse eu inventora/ produtora de um conteúdo e este fosse amplamente distribuído sem eu ganhar algo com isso, preferiria que tivesse meus direitos autorais a salvo, porém é uma consequência a qual devo conviver, uma vez que essa prática ilegal já se tornou mundial e amplamente aceita por aqueles que diariamente baixam cópias ilegais de softwares, músicas, vídeos, obras literárias, filmes, artigos, etc.

Uma prova de que essa prática ilícita ganhou o mundo pode ser vista pela notícia publicada no site do Estadão (mostrado logo abaixo) que mostra o número de downloads ilegais de músicas por Torrent feitos nos EUA e Grã-Bretanha (líderes do ranking), no primeiro semestre do ano de 2012: os EUA tiveram um resultado de 96 milhões de downloads nesse tempo, e a Grã-Bretanha 43 milhões, enquanto que o Brasil, quinto país com o maior número de downloads ilegais de arquivos de música na internet, teve como resultado 19 milhões. É previsto ainda que, até 2015, o Brasil ultrapasse a segunda colocada (Grã-Bretanha) e chegue ao posto de vice no ramo mundial de pirataria de arquivos digitais de música.

Visto isso, devemos hoje ser flexíveis com a divulgação ilegal ou não de conteúdos (dos mais diversos) pelo mundo virtual, visto que ninguém quer hoje ter o seu bolso financeiro afetado. Ninguém quer pagar caro por algo que sabe que usufruirá somente temporariamente, ou uma única vez, assim como ninguém quer deixar de ganhar aquilo que tem direito por ter criado, editado, organizado, enfim, determinado conteúdo, música, software e tudo mais. Isso é mais um reflexo da interligação do mundo feita pela criação, pelo uso, e pelo avanço de tecnologias.

Thaís Schveitzer

Fonte:

Primeira notícia - http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/afinal-o-que-quer-o-partido-pirata

Segunda notícia - http://www.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-5-pais-em-download-ilegal-de-musicas-conheca-os-mais-pirateados,932247,0.htm