Regimes de produção e difusão de ciência: rumo a uma organização transversal do conhecimento


PorRoger Lamin- Postado em 10 novembro 2017

Autores: 
Terry Shinn
resumo
 
   Este artigo é uma contribuição à perspectiva crítica da sociologia da ciência, introduzida e desenvolvida
por Pierre Bourdieu. O artigo propõe uma teoria transversalista da produção e difusão da ciência e da
tecnologia. Argumenta-se aqui que a ciência e a tecnologia são constituídas de múltiplos regimes. Cada
regime tem sua base histórica, possui sua própria divisão de trabalho, seus próprios modos de produção
cognitiva e de artefatos e tem audiências específicas. Os principais regimes incluem o regime disciplinar,
o regime utilitário, o regime transitório e o regime de tecnologia de pesquisa. Conceitos, materiais e
praticantes circulam entre os regimes. Embora cada regime seja autônomo, eles estão, simultaneamente,
intimamente entrelaçados. Na ciência e na tecnologia, a autonomia não é antitética à interdependência
e à reciprocidade. Este estudo demonstra, para os quatro regimes de produção e difusão especificados,
que a diferenciação não é contrária à integração. Na ciência, diferenciação e integração são duas faces de
uma mesma moeda. Esta análise concentra-se no regime de tecnologia de pesquisa, que constitui a principal
estrutura de transversalidade que promove a convergência e a complementaridade nos regimes disciplinar,
transitório e utilitário, por meio do movimento de travessia de fronteiras de instrumentação
genérica cognitiva, material e epistemológica. Essa instrumentação genérica dá origem a uma “lingua
franca” na ciência e à “universalidade pragmática”.
 
Palavras-chave ● Regimes de produção e difusão de ciência e tecnologia. Regime disciplinar.
Regime utilitário. Regime transitório. Regime de tecnologia de pesquisa. Instrumentação genérica.
Travessia de fronteiras. Autonomia. Diferenciação. Integração.
AnexoTamanho
regimes_de_producao_e_difusao_de_ciencia_rumo_a_uma_organizacao_transversaldo_conhecimento.pdf162.64 KB