REFLEXÃO – TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


PorMarcelo Ribeiro...- Postado em 06 novembro 2011

Robert Denhardt em seu livro “Teoria Geral da Administração Pública” aborda a importância de avaliarmos com inteligência as organizações públicas, em razão da sua complexidade, seu papel na sociedade, e principalmente, no entendimento da organização abandonando as verdades “absolutas” ou idéias já concebidas.

 

Assim, vislumbra-se uma melhor compreensão das organizações públicas, e uma forma de aplicar o conhecimento para tornar a administração pública mais aderente aos interesses públicos. Nesse ponto o autor explora a questão da teoria e prática como algo indissociável, integrando a reflexão e ação, pois as organizações públicas são estruturas complexas constituídas por pessoas e seus valores.   

 

Na obra o autor também discorre sobre a importância das teorias para a compreensão mais clara da realidade e da inserção da organização pública em nossas vidas, construindo conceitos sobre a forma como podemos perceber o que ocorre a nossa volta. E destaca a problemática das teorias, as quais são o resultado de escolhas dos pesquisadores, podendo esconder ou projetar uma realidade.

 

A construção de teorias da organização pública tem por interesse melhorar a qualidade dos serviços públicos. E nesse aspecto, os teóricos tratam as organizações públicas como: a) uma parte do processo governamental; b) como iguais as empresas privadas; e c) como um campo profissional. Nesse contexto, o autor explora o fato de chegarmos as uma teoria através da redefinição da organização pública, isto é, “como um processo do que como algo que ocorre dentro de um tipo particular de estrutura”. E cita o autor, a partir dessa visão é possível ter “teorias de administração pública em vez de teorias relacionadas à administração pública”.

 

Assim, ao tratarmos a organização pública é necessário entender a sua complexidade, como decorrente da sua constituição estar atrelada aos valores, interesses e conceitos de diferentes pessoas a ela vinculadas, e nesse ponto, é cruciar perceber a relação entre a teoria e a prática como algo intimamente ligado. E por fim, desprender-se dos nossos pontos “cegos” ou verdades absolutas é vital para perceber o contexto da organização pública.