PMEs no Brasil admitem ataques à Segurança da Informação e abraçam o software livre


Porvargasrafael- Postado em 16 dezembro 2012

 

Pesquisa do IBGE sobre Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas empresas brasileiras (TIC-Empresa 2010) apura que 40,5% das empresas, com 10 u mais pessoas ocupadas que utilizaram a Internet, relataram ter problemas com ataques à Internet e apenas 21,1% declararam ter uma política de segurança definida. Software livre também marca presença nas PMEs. 

Realizada há dois anos - antes do boom da banda larga - o levantamento constata que das 2,8 milhões de empresas com 1 ou mais pessoas ocupadas, cerca de 2,2 milhões (80,8%) utilizaram computador, 2,1 milhões (76,9%) fizeram uso da Internet e 2,3 milhões (83,3%) de telefone celular para finalidades de trabalho.

Ainda na parte da segurança da Informação, o estudo do IBGE, divulgado nesta quinta-feira, 13/12, mostra que os procedimentos de segurança mais utilizados pelas empresas de maior porte foram antivírus, anti-spyware ou anti-spam (98,8%), tecnologia de proteção de dados (82,1%) e firewall ou sistema de detecção de intrusos (80,6%).

Já para as microempresas que utilizaram a Internet, no tocante aos incidentes relacionados à segurança em TI/TIC, 31,1% relataram ter vivenciado algum tipo de problema e somente 9,7% declararam possuir uma política de segurança da informação formalmente definida. Em relação aos procedimentos de segurança adotados, 98,3% das microempresas informaram ter usado programas para detecção de vírus e spam, 74% adotaram tecnologias de proteção a dados e 68,3% usaram sistema firewall e de detecção de intrusos. 

Um dado importante da TIC-Empresa, do IBGE, foi conhecer que tipos de software as empresas usam. O estudo apurou que das microempresas que usaram computador, a maior parte utilizou programas prontos para uso (96,6%). O uso de softwares livres também foi bem significativo nessas empresas (48,3%), em contrapartida, poucas delas desenvolveram seus próprios softwares (3,3%). 

Já dentre as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, 95,1% informaram adotar programas prontos para uso e 49,5% softwares livres. Apenas 8,5% das empresas de maior porte declaram desenvolver seus próprios programas. As principais finalidades para o uso de software apontadas pelas microempresas foram a gestão eletrônica de documentos (editoração, uso de planilhas eletrônicas e digitalização de documentos), 85,6%, e a gestão comercial, 63,9%. Entre as empresas de maior porte, 85,3% informaram usar programas de computador para gestão eletrônica de documentos e 77,9% para gestão comercial.

Realizada há dois anos - antes do boom da banda larga no país - o levantamento constatou que das 2,8 milhões de empresas com 1 ou mais pessoas ocupadas, cerca de 2,2 milhões (80,8%) utilizaram computador, 2,1 milhões (76,9%) fizeram uso da Internet e 2,3 milhões (83,3%) de telefone celular para finalidades de trabalho. As proporções de empresas que usaram computadores e Internet eram elevadas e crescentes à medida que o porte das empresas aumentava: cerca de 78,0% das microempresas (de 1 a 9 pessoas ocupadas) usaram computador, enquanto nas empresas de 10 a 19 pessoas ocupadas esse percentual saltava para 94,1%. O mesmo comportamento foi observado em relação ao uso da Internet: 73,7% das microempresas usaram Internet, ao passo que nas empresas com 10 a 19 pessoas ocupadas essa proporção subiu para 91,5%. Destaca-se também a universalidade do uso de computador e da Internet nas empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas.

Dentre as microempresas, as menores taxas de uso de computador e de Internet pertencem ao segmento industrial (73,4% e 71,1%, respectivamente). As microempresas com atividades de informação e comunicação apresentaram as taxas mais elevadas: 85,4% usaram computador e 84,8% usaram Internet. 

Já quando se consideram as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, as de alojamento e alimentação apresentaram os menores níveis de uso de computador e de Internet (87,9% e 82,2%, respectivamente), e os maiores níveis foram observados nas empresas com atividades profissionais, científicas e técnicas (99,3% tanto para o uso de computador quanto de Internet).

Dentre as empresas que não usaram computador e dentre as empresas que não usaram Internet, os principais motivos apontados foram: as atividades que necessitavam computador ou Internet eram realizadas por terceiros (86,3% e 89,8%, respectivamente) e o uso desses equipamentos não era necessário (73,5% e 71,6%).

*Com dados do IBGE

 

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=32642&sid=16