PEDAGÓGICA: DIÁLOGO DA LIBERTAÇÃO LATINO-AMERICANA A PARTIR DE ENRIQUE DUSSEL E PAULO FREIRE


PoreGov- Postado em 16 março 2011

Autores: 
PAZELLO, Ricardo Prestes

Artigo retirado da internet: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/view/7046/5022
Acesso em: 05 out. 2009.

O presente trabalho visa promover uma análise dialógica entre os
pensamentos do filósofo da libertação Enrique Dussel e do pedagogo brasileiro
Paulo Freire. O escopo último é dar justamente uma panorâmica do que seria a
libertação latino-americana nos termos prévios de uma pedagógica, a qual é
momento ético da libertação do referido continente na perspectiva de Dussel.
Exatamente por ser a pedagógica a convergência da erótica com a política, é que a
mesma se apresenta como referencial para se pensar, de início, um novo período da
filosofia da libertação latino-americana, qual seja, o da práxis efetiva a partir do
sistema pedagógico. De Dussel podemos inferir as concepções de totalidade,
exterioridade, libertação e alienação, além de seu método próprio, a analética, que
superando a dialética, tem-na como parte de si; eis a ana-dia-lética. Sem esquecer,
ainda, a ética da libertação, baseada na materialidade humana, a partir da
alteridade, característico de dita filosofia. De Paulo Freire resgatamos toda uma idéia
de pedagogia do oprimido, conforme as categorias de educação bancária e
problematizadora, além da dialogicidade e da conscientização. Com referido marco
teórico procuramos a saída para o sistema de opressão, sob o ponto de vista
filosófico. Por fim, adentramos no campo da idéia do encobrimento da América
Latina e tentamos propôr um novo lugar metodológico na diacronia e diatopia
transmoderna, finalizando com uma abordagem do direito enquanto sistema
pedagógico exemplar da prática dominadora.

AnexoTamanho
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