Patentes das drogas mais lucrativas começam a cair no país
Resumo:
As patentes que protegem os medicamentos biológicos de segunda geração -classe de remédios mais lucrativa hoje- estão começando a deixar de valer no Brasil, e a chance de produzir drogas similares a eles já movimenta a indústria farmacêutica.
São os remédios considerados de ponta para o tratamento de doenças como câncer, esclerose e artrite reumatoide. Mas criar versões "genéricas" deles é bem mais complexo do que fazer o mesmo com outras drogas.
Ocorre que esses fármacos são feitos com substâncias produzidas por células vivas. Eles têm moléculas muito mais longas e complexas do que os remédios comuns, feitos por processos químicos.
Por isso, embora seja viável desenvolver remédios com ação muito parecida, é praticamente impossível que uma farmacêutica diferente da que criou o produto chegue a algo exatamente igual.
Como não são rigorosamente idênticos, não podem ser chamados de genéricos, mas sim de biossimilares.
Análise:
Em se tratando deste assunto que tanto interessa a população em geral, devido aos problemas de saúde recorrentes e também pelo alto custo das medicações, é interessante verificar que apesar de os direitos resguardados às instituições que criaram e criam os medicamentos, após um período de tempo as patentes dos medicamentos começam a “cair” e a população começa a se beneficiar deste efeito. Cria-se então uma competitividade e consequentemente a diminuição no preço dos remédios. Atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas 1% dos medicamentos são os chamados biológicos, entretanto o governo despende 43% dos recursos destinados à compra de remédios para medicações desta origem, o que no ano de 2012 a cifra corresponde ao valor de quatro bilhões de reais.
Com a queda das patentes, espera-se que o governo e a população em geral, como consequencia da competitividade, paguem mais barato por estes medicamentos tidos como os mais lucrativos para o setor de fármacos.
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