Objetivismo X Relativismo: a difícil arte do equilíbrio


PorEloi Yamaoka- Postado em 12 abril 2011

Situação de embate na defesa de uma posição é frequente no cotidiano. Qual é o segredo para uma navegação segura mesmo num mar com inúmeros riscos? Maturana e Varela(*)  faz referência à odisséia epistemológica de navegar entre o redemoinho Caribdis do solipsismo e o monstro Cila do representacionismo.
Relativizar tudo impede ou dificulta a decisão e o excesso do objetivismo pode levar a frequentes conflitos e impedindo o crescimento pela soma de visões diferentes. Mas, onde está o equilíbrio?
A contabilidade lógica, ou seja, “sair do plano das oposições e mudar a natureza da pergunta, passando para um contexto mais abrangente” é a solução apresentada por Maturana e Varela, que adiciona: “Como observadores, podemos ver uma unidade em domínios diferentes”.
Embora aparentemente simples e fácil, entender, ceder, rever posições e defender pontos de vista evitando o conflito não é elementar. O “andar sobre o fio da navalha” é uma arte que exige maturidade.
Maturana e Varela alerta que aceitar o outro junto a nós é o fundamento do fenômeno social, sem socialização não há humanidade - a competição, a posse da verdade e a certeza ideológica destroem ou limita o fenômeno social - leva à destruição do ser humano.
Em suas postagens no twitter Dalai-lama utiliza com frequência a palavra “compaixão” sem a qual o ser humano não conquista o sentimento de felicidade. Podemos então concluir que o altruísmo é também condição para a felicidade e quiçá para a continuidade da humanidade?
Um velho ditado já dizia “Você quer ter razão ou ser feliz?”


 (*) Maturana, H; Varela,F. Árvore do Conhecimento