O hedonismo no ecossistema

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O ecossistema possui um conjunto de regras que mantém seu equilíbrio, uma teia de relações que garantem a harmonia dos seres vivos no meio terrestre. Todos os seres vivos convivem dentro de uma série de regras determinadas, a fim de manter esta estabilidade, afetada pela causalidade e pelos seres humanos. O Homo sapiens possui a capacidade de interferir no meio ambiente intencionalmente como nenhuma outra espécie existente e, em uma sociedade dominada pelo hedonismo, não se preocupa com os impactos que causa tanto quanto aos prazeres a que aspira, vivendo como um parasita suicida que destrói seu habitat, sem perceber que, concomitantemente, está destruindo a si próprio.

Dotados de inteligência, os humanos são capazes de compreender que determinadas ações vão gerar determinadas consequências, são capazes de estudar os fenômenos da natureza e, em variadas situações, compreende-los. Porém, sua inteligência e capacidade de compreender o mundo estão deturpadas por vários valores destrutivos, como o hedonismo e o egocentrismo.

Já começa pela política dos Estados, focadas na economia, a expansão ilimitada despreocupada com uma natureza de recursos finitos. A vontade de concretização imediata das aspirações e desejos reduz o campo de visão sobre a previsão das consequências futuras. A sociedade precisa de uma mudança de valores que permita se libertar da escravização do prazer, a qual a torna um parasita terrestre que destrói sua própria fonte de vida, e a de muitos outros seres vivos, precisa-se libertar-se para poder viver em harmonia com o ecossistema e garantir sua sobrevivência e a perpetuação das espécies que aqui partilham o mesmo direito à vida.

Com base em: Documentário 'A última hora'