Novas relações de trabalho


Pornetobessa- Postado em 17 abril 2013

 

Trata-se de uma matéria realizada com Thomas Case, criador da Catho, agência de empregos online, estando entre as maiores do Brasil neste segmento. Ele afirma que o profissional da atualidade deve estar em constante aperfeiçoamento e ligado à internet e redes sociais, mantendo um site pessoal para que todos possam analisar as qualificações do profissional. Segundo Case "O profissional não pode se esconder, tem que ter uma presença na Web e ser coerente com seu perfil profissional".

A autora da matéria delineia o impacto da tecnologia no trabalho, afirmando que esta é responsável por acelerar as mudanças no mundo do trabalho e influencia de forma vital a procura de um novo emprego. "Todas as grandes empresas hoje estão prontas para receberem currículos pela Web", afirma Renata.

Para o fundador da empresa, não só está mais difícil de conseguir um emprego como também de se manter nele. Isso pois o mercado está cada vez mais competitivo, exigindo novas qualificações. O tempo médio que um profissional liberal especializado ficava desempregado era de, no máximo, 7 meses, hoje, entretanto, este tempo passa dos 11 meses.

Com a vinda da internet sem fio, ganhou-se uma nova maneira de ver o trabalho. Este não mais necessita, em muitas tarefas, que o profissional esteja no espaço físico da empresa, podendo realizar suas tarefas em qualquer lugar que tenha tal serviço de internet. Assim, houve uma revolução no mundo do trabalho e os profissionais mais antigos que não se adequam às novas tecnologias são dispensados e trocados por funcionários mais jovens que sabem realizar as tarefas com o auxílio da tecnologia.

Segundo a matéria, as empresas estão gradativamente eliminando os seus espaços físicos e buscando profissionais que dominem as formas de tecnologia para que trabalhem em casa, o chamado teletrabalho. Com esta nova etapa "não vai haver um fim do emprego, mas devido às mudanças, o tempo nas empresas durará menos cada vez mais", explica Case.

 

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/10/18/496623/emprego-no-seculo-xxi.html

 

            Com o surgimento da internet a sociedade sofreu uma grande revolução, tudo está mais “próximo”, as relações humanas se modificaram através da mobilidade dos aparelhos digitais e a facilidade em se obtê-los. Assim, como todas as demais áreas da vida humana, a relação de trabalho também foi modificada, surgindo o teletrabalho, muito incentivado e bem visto atualmente.

            O profissional que se insere no mercado de trabalho atual deve, entre outras especializações, dominar amplamente as funções da rede de internet, sabendo como manuseá-la. Sites de busca de emprego como o citado acima, têm vagas aos milhares e em diversos setores, entretanto a falta de mão de obra especializada faz com que o mercado fique atravancado. Desta maneira, o teletrabalho surge como uma rota de fuga em que um profissional consegue monitorar diversos afazeres ao mesmo tempo, estando no conforto de sua residência. Outro importante ponto a ser frisado é o de que em meio à mobilidade caótica que enfrentamos no Brasil, esta modalidade de trabalho se mostra como uma boa alternativa.

            Entretanto, algumas críticas ao teletrabalho e a maneira com que as empresas vêm se comportando diante destas novas tecnologias devem ser feitas. Por trás de todo este avanço tecnológico e “possibilidades” dadas ao trabalhador está o interesse econômico. Um profissional que trabalha em casa, sem horários definidos, porém tendo de cumprir metas rigorosas, deve estar a serviço da empresa a qualquer hora do dia, ou seja, caso a empresa precise de um serviço seu, este deve ser feito de imediato não importando o horário. Antes se o sujeito trabalhava oito horas por dia dentro do espaço físico da empresa, agora ele trabalha vinte e quatro horas, porém, no “conforto do seu lar”. A empresa, assim, transfere os gastos quem tem com o seu espaço físico para o profissional, pois tudo será feito através da rede. Leis trabalhistas são flexibilizadas, troca-se os empregados periodicamente. Funcionários, que antes trabalhavam a vida toda em uma única empresa, agora pulam de “galho em galho” para poderem se sustentar.

            Neste sentido, as relações/direitos trabalhistas e as novas tecnologias devem ser vistas sob o mesmo prisma e com muito cuidado para que o abismo da desigualdade social não cresça ainda mais.

Luis Irapuan