Notícia - Combate à pirataria no setor musical


PorNazil Neto- Postado em 16 maio 2013

Artistas brasileiros disponibilizam músicas em sites oficiais

Projetos de leis que debatem direitos autorais na internet, caça a sites como o Megaupload e queda da popularidade de programas como o Emule. Esses fatores têm tornado mais difícil o download de músicas músicas não autorizadas pelos artistas na web. Mas se por um lado está cada vez mais complicado baixar músicas de forma “ilegal”, por outro cada vez mais é possível conseguir ter acesso a arquivos compartilhados diretamente pelos artistas. Pelo menos é isto que tem acontecido com o mercado fonográfico brasileiro.

Para combater a pirataria e ainda utilizar a música como forma de divulgação, alguns músicos colocam os arquivos em mp3 em seus sites oficiais para que usuários possam baixar gratuitamente. Para ajudar você a escutar as músicas de artistas brasileiros sem precisar infringir nenhuma lei, o UOL Tecnologia preparou um guia sobre três sites onde é possível baixar músicas legalmente: o de Gaby Amarantos, do Pato Fu e do Teatro Mágico. Os artistas falaram sobre a relação download x mercado fonográfico. A disponibilização de músicas pelos próprios artistas para serem baixadas gratuitamente foi uma das formas encontradas pelos músicos para combater o download sem autorização.

Segundo os músicos, há aspectos positivos e negativos dessa revolução no mercado fonográfico. “O download da música aumentou o acesso, mas quebrou o esquema das gravadoras. E de certa forma, alguns artistas acabaram ficando sem patrão”, diz John. Para ele, o mais difícil foi “profissionalizar o trabalho” com a chegada da possibilidade de baixar músicas gratuitamente.

Conteúdo disponível em:

http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/06/06/download-livre-...

Reflexão Crítica:

A notícia levanta novamente a questão da pirataria contra os direitos autorais. É inegável que a saída mais fácil e mais simples para resolver o problema da pirataria é justamente disponibilizar o conteúdo procurado publicamente, com um acesso mais fácil e menos imoral que os downloads ilegais. Os artistas que vivem de música, por exemplo, estatisticamente ganham muito mais dinheiro com os shows e performances ao vivo do que com a venda de CDs e DVDs, então porque não utilizar o método do download como um ponto positivo ao invés de somente exaltar os pontos negativos da pirataria e suas consequências, culturalmente falando?

Tal medida se adequa perfeitamente à música, porque, facilitado o acesso a obra, o cantor só vem a ganhar mais fãs e mais renda de público, o que não funcionaria com a questão da mídia cinematográfica por exemplo, já que é difícil assistirmos a um filme baixado de forma não ética e depois nos sentirmos atraídos a assisti-lo nas salas de cinema, pagando o valor integral da experiência. Ou seja, não dá pra generalizar em todos os âmbitos.

Mesmo assim, remeto à esta notícia a questão brevemente debatida no texto didático lido durante o semestre: é viável tornar a lei mais flexível, de forma que aproveite todo este potencial benéfico que possui para alguns artistas? Ou devemos insistir na política que vem se mostrando contrária ao método dos dowloads ilegais na tentativa de fazer os usuários assumiram uma posição puramente ética, mesmo que forçados pela legislação? Pelo exemplo da notícia, penso que fica comprovado que é possível sim darmos mais um passo em direção à solução entre pirataria versus direitos autorais. Vários artistas já se beneficiaram e a tendência, pelo menos no setor musical, é se juntar ao movimento de liberação pública das obras. "Se não pode vencê-los, junte-se a eles".