No Brasil, de cada R$100 roubados de bancos, R$95 são por computador


PorTiago Luiz Tambosi- Postado em 23 junho 2013

http://port.pravda.ru/news/mundo/19-06-2013/34798-ciber_crime-0/

Em 2012, fraudes eletrônicas contra bancos causaram um prejuízo de R$1,4 Bilhões, enquanto os tradicionais assaltos causaram um prejuízo significativamente menor, R$75 milhões. Os "assaltantes eletrônicos" chamados de hackers são, em geral, de classe média, estudaram e têm amplos conhecimentos de computação, seu modus operandi é criar vírus ladrões que obtêm dados bancários de vítimas e então transferem dinheiro  destas para as contas daqueles.

Em geral é difícil identificar os ladrões porque os mesmos se escondem com o anonimato, é difícil rastrear os computadores usados na prática dos crimes citados. A polícia federal já criou um convênio com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para repassar dados das fraudes a ajudar nas investigações.

Essa notícia indica uma mudança na criminalidade brasileira, as novas tecnologias mudaram o tipo de crime cometido, agora não é mais necessário realizar um assalto a banco para conseguir dinheiro, a pessoa pode desviar dinheiro da conta bancária de vítimas sentada em casa em frente ao computador, agora os ataques violentos contra bancos são substituídos pelos ataques tecnológicos, os quais têm o potencial para causar muitos estragos financeiros a mais e com muito mais segurança para o criminoso.

Os novos crimes da informática já causaram reação do legislador brasileiro, pois foi promulgada no final de 2012 a lei Carolina Dieckmann, que busca punir os crimes da informática, com a nova lei os juízes terão mais facilidade em julgar casos de violação de privacidade, invasão de aparelhos eletrônicos, entre outros. A criação dessa lei demonstra que as novas mudanças na tecnologia já se refletem em mudanças na sociedade e na legislação e que o direito deve buscar acompanhar as mudanças sociais para não se desatualizar, pois as mudanças introduzidas pela tecnologia já se refletem no crime, mudando a ideia de um crime de pessoas de carne e osso, de ações físicas concretas, para um crime virtual ,de pessoas que usam o computador como arma que usam os dedos não para puxar o gatilho, mas para teclar e na segurança de suas casas enriquecem-se com o produto de seus furtos virtuais.