Mudanças na Condução do e-Gov no Mundo


PorAnônimo- Postado em 04 janeiro 2009

Edson Rosa Gomes da Silva

Falar sobre governo eletrônico parece fácil, à primeira vista. Entretanto, se observa que há avanços cada vez maiores das tecnologias da informação e comunicação (TICs), fazendo com que a velocidade da teoria sobre e-Gov não consiga alcançar o pragmatismo das ações do governo eletrônico na sociedade. A cada momento surgem novas ferramentas que são incorporadas às rotinas diárias de vários cidadãos, empresas e até entre o próprio governo. Utilizar essas novas formas de interagir com o governo via web não é tão simples. Não faz muito tempo que a caracterização do governo eletrônico utilizada por ZIMATH (2003) G2G, G2B e G2C, que se prefere a governo para governo, governo para negócio e governo para cidadão respectivamente, não atende os anseios dos órgãos internacionais. Estes organismos acreditam que seja necessário utilizar outros meios para atingir a sociedade fazendo com que as pessoas sejam protagonistas na condução das políticas públicas. A e-Administração, o e-Negócios e o e-Serviços deixam de ser o foco e dão lugar a outras formas de interação para o governo eletrônico. Segundo o relatório da ONU (2008) o Brasil teve uma queda no ranking mundial de governo eletrônico devido ao fato de continuar a utilizar as “antigas” formas de interação. O relatório aponta que o Brasil encontra-se em 45º lugar em 2008, perdendo 12 posições em relação a 2005. Uma das causas é a mudança da metodologia de análise que passou a se pautar em cima de novas variáveis. Apontando a e-Participação, e-Cidadania e a e-Democracia como formas mais eficientes dos governos procurarem interagir com os cidadãos e empresas para alcança um nível de consciência que fará com que sejam repensadas as formas usuais de agir em nossos problemas (econômicos, políticos e sociais), fazendo com que surjam meios alternativos de solucioná-los. Entretanto, o avanço no processo sem que seja implantada a primeira fase, ou do governo eletrônico de base (G2G), pode fazer com que pulemos uma das fases importante para mobilizar ou acostumar o cidadão a participar gradativamente do processo de utilização das TICs. Assim, acredito ser importante não excluir as fases preliminares do e-Gov para que não cause prejuízos que venham a fragilizar as fases sucessoras. A fase preliminar tem ganhado muito terreno nos últimos tempos e muitas iniciativas vêm sendo desenvolvidas, principalmente por parte do governo federal, mas o nome dos projetos não ganha a denominação de e-gov.

O mais crítico é que em 2000, no início do processo de mundialização de uma visão de e-gov o Brasil figurava entre os cinco países mais efetivos, certamente pelos programas do governo federal de imposto de renda e a urna eletrônica. Depois disto só caímos no ranking.
A interação entre o governo e o cidadão, bem como a formulação de redes sociais mais efetivas poderá ampliar o espectro de nossas oportunidades.