A LEGISLAÇÃO ANTI-TERRORISTA NOS ESTADOS UNIDOS: UM DIREITO PENAL DO INIMIGO?


Pormoisesbernardino- Postado em 03 novembro 2015

Autores: 
JOHN A. E. VERVAELE
Resumo:  A administração Bush fez da luta contra o terrorismo a prioridade de sua 
política de justiça e segurança. Em que medida as liberdades constitucionais e as 
liberdades fundamentais foram substituídas pela segurança nacional? Este artigo 
pretende  responder  a esta questão  através  da análise do  Patriot Act  norte-americano,  o 
qual consistiu em um importante pacote de legislação do Congresso, que alterou mais de 
15 leis federais, desde  a lavagem de dinheiro  até a imigração. Além disso,  o artigo trata 
das ordens presidenciais de emergência  relativas à  lista de terroristas e  às  sanções 
inteligentes, bem como sobre a criação de comissões militares para combatentes 
inimigos. Por fim, a contribuição trata sobre as ordens secretas do presi dente relativas à 
espionagem doméstica e ao programa de entregas extraordinárias, de acordo com as 
quais os combatentes inimigos são abduzidos em países estrangeiros e transferidos para 
centros de detenção secretos. Muitos aspectos da legislação antiterrorista especialmente 
nos EUA foram  verificados em  ação judicial perante os Tribunais, conduzindo a várias 
decisões da Suprema Corte norte-americana sobre a situação de combatentes inimigos, a 
legalidade das comissões militares, a ausência de habeas corpus, etc. Finalmente, o 
artigo chama a atenção para a resposta do legislador  relativa  às decisões do Supremo 
Tribunal Federal, especialmente no  Military Commissions Act, de 2006. O equilíbrio 
entre as liberdades civis e a segurança é o resultado de árdua luta entre as trias políticas. 
O resultado não é apenas importante para o campo da luta contra o terrorismo, mas 
também para a sobrevivência do Estado de Direito em tempos de emergência declarado.
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