Inteligência de Negócios Aplicado ao Judiciário


PorAnônimo- Postado em 08 janeiro 2009

A judicialização da sociedade tem aumentado nos países democráticos (SANTOS, 1996) e o número de processos penais tem crescido constantemente em todo o Brasil, e entre eles se destacam os processos penais de homicídio doloso que são de competência do Tribunal do Júri. Um problema apontado é o tempo de processamento que é gasto no estudo e re-estudo dos processos penais pelos juízes e pelos outros operadores de justiça que se revezam em um processo penal, e outro, é a falta de investimentos material e humano. (RUSCHEL, 2006) Com o desenvolvimento da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e da engenharia e gestão do conhecimento, os quais ajudam a aprimorar o governo eletrônico (e-gov), faz-se necessário a utilização de uma ferramenta informatizada que analise uma massa de dados e que permita a geração de indicadores para a melhoria do processo, inclusive no sentido de processamentos penais mais justos. Ruschel identificou que processos penais de homicídio doloso, sujeitos à mesma lei, levaram de um até seis anos para serem julgados em primeiro grau. A utilização de uma ferramenta de Inteligência de Negócios (Business Intelligence - BI) é importante para determinar gargalos e pontos de investimentos, humano e material, para que haja uma melhor homogeinização dos processos penais. O BI, ao analisar uma série histórica, serve para identificar tendências e com isto pode projetar cenários futuros. Situações críticas parametrizáveis podem ser sinalizadas numa interface gráfica amigável de dashboard. A principal vantagem é a aceleração dos processos e uma homogeneização das ações e decisões dos juízes, e desta forma teremos uma Justiça mais justa. A desvantagem seria a dificuldade do apoio dos operadores de justiça que relutam contra a modernidade e o uso intensivo de novas tecnologias. A metodologia da pesquisa e implantação do BI trará como subprodutos técnicas de escolha dos indicadores necessários para a tomada de decisão, e uma metodologia de investimentos financeiros em locais e momentos tecnicamente identificados. A inteligência de negócios não são as ferramentas em si, mas sim a percepção das pessoas para fazer melhor aquilo que já é feito.