Habitar Humano:Sobre a matriz relacional do amar


PorAnônimo- Postado em 19 maio 2010

Habitar Humano:
Sobre a matriz relacional do amar

Vivemos tudo o que vivemos como válido no momento – não sabemos se trataremos mais tarde o que vivemos como ilusão ou como percepção. A realização e conservação do viver ocorre na dinâmica molecular autônoma - um ser vivo como sistema autopoiético molecular e este seu viver só conserva-se se for num ambiente: acolhedor, num meio amoroso, que permita legitimidade operacional e esta é a dinâmica relação biológica do amar.

A Biologia do Amar – olhar sem preconceitos, nem expectativas – deixar fluir – liberdade nas escolhas – e os caminhos a seguir na relação.

Assim quando se solta a certeza de que se vive é o que se deve viver, quando se abandonam as expectativas sobre o que deve acontecer, quando se deixam de lado as exigências sobre o dever ser do outro ou de si mesmo, quando se suspende a discriminação a partir da verdade, surge a Biologia do Amar e o bem-estar aparece como um acontecer natural do conviver que se convive, abre-se o caminho para a recuperação do respeito por si mesmo e a liberação da dor. O nosso viver patriarcal-matriarcal –centrados na arrogância e na agressão – conservam no presente competitivo – a dor e o sofrimento. Evolução humana o linguajear (sapiens) no colaborar e no compartilhar (amans) no prazer da convivência através das crianças o que constitui o início e a definição operacional de nossa linhagem. Somos seres biológicos – possuidores de capacidades psíquicas e corporal – que através da Biologia do Amar – libera da dor e do sofrimento cultural.

MATURANA, H. R.; YÁÑEZ, X. D. Reflexões sobre terapia e minhas conversações com Ximena Dávila sobre a liberação da dor cultural. In: Habitar Humano: Em seis ensaios de Biologia-Cultural. Cap. IV.