As Habilidades do Mundo do Trabalho e Suas Formas de Desenvolvimento


Porthais2013- Postado em 14 abril 2013

 

A minha pesquisa e discussão aborda primordialmente a questão das novas habilidades de trabalho demandadas no século XXI e a necessidade de uma educação mais adequada para o êxito no aprimoramento dessas habilidades.

Como já dito pelo professor Aires no texto “Mundo do trabalho na sociedade da informação”, a oferta de novos empregos no mercado de trabalho, atualmente, é grande. Contudo, não há pessoas capacitadas e, portanto, qualificadas para a realização das funções requisitadas por eles. Assim, uma das soluções para esta falta de capacitação é apresentada na notícia por mim escolhida, que reporta quais são as competências requeridas àqueles que estão a procura de um emprego, hoje, no século XXI, e como desenvolvê-las.

Resumidamente, a notícia mostra os resultados de uma pesquisa realizada por uma organização norte-americana (National Research Council) para definir quais são as competências essenciais que um estudante deve desenvolver frente ao mercado de trabalho. Essas competências foram divididas em três ramos: o cognitivo, o intrapessoal, e o interpessoal; o primeiro (cognitivo) refere-se à capacidade de interpretação do estudante, a sua análise, pensamento crítico, poder de tomar decisões, e inovação; o segundo (intrapessoal) retrata do interesse intelectual e curiosidade, cidadania, saúde psicológica e física, autodidatismo, iniciativa e responsabilidade; já no terceiro ramo (interpessoal) inclui-se as capacidades de comunicação, liderança, cooperação, trabalho em equipe e valorização para a diversidade. Mas para que essas competências sejam desenvolvidas pelos jovens futuros trabalhadores, os professores devem achar as melhores alternativas e ambientes que permitam a  melhor transmissão e absorção de seus conhecimentos por parte dos alunos. Dentro dessas atuações há a motivação do aluno através da exposição de temas que o chamem mais a atenção, assim como a utilização de exemplos e casos do assunto em questão, o acompanhamento do aluno pelo professor por meio de avaliações e atividades contínuas, e o estímulo ao aluno de se posicionar frente às discussões levantadas pelo professor.

Fonte da notícia: http://porvir.org/porpensar/conheca-competencias-para-seculo-21/20120814

Exposto isso, a minha crítica fica restrita ao encarecimento de informações e alternativas dadas pela pesquisa para a boa desenvoltura dessas habilidades de trabalho pelos jovens e também adultos. 

Penso que, frente ao concorrente e seletivo mercado de trabalho do século vivente, as maneiras de se conseguirem crescer as competências exigidas pelos empregadores não se limitam somente ao ensinamento dos orientadores. Além desse modo de desenvolvimento das competências, o jovem (e até mesmo o adulto) deve trazer a maior parte dessa responsabilidade para si, uma vez que nosso conhecimento e amadurecimento cognitivo são espelhados por nosso comportamento individual e pela nossa maneira de levar as obrigações e deveres com responsabilidade. Assim, do que adiantaria uma pessoa em sala de aula debater temas diversos sem antes debatê-los consigo? O que quero dizer com isso é como que podemos nos posicionar frente a algo sem saber do que efetivamente se trata, sem saber sua essência, significado e consequências? Quantos por aí questionam sobre, por exemplo, os riscos da implantação de tecnologias nos processos de trabalho sem antes analisar seus pontos altamente positivos? Ou então, quantos não se posicionam contra o aborto sem analisar os casos específicos e de grande delicadeza enfrentados por jovens vítimas de estupro, e por mães de fetos anencéfalos? Estas podem ser questões gerais e de grandes debates, porém são também palco de conclusões precipitadas e retiradas por alguns com base em pontos de vista de uma só pessoa, comunidade ou instituição.

Portanto, não basta nos apoiarmos somente aos "ensinadores" e aos seus pontos de vista, devemos buscar conhecimentos raros, curiosos, assim como gerais para termos uma boa e extensa base intelectual e informativa. O conhecimento (não o superficial, mas sim o aprofundado) é algo que gera resultados e tem seu efeito quando é buscado por nós e não quando nos é dado sem esforços.

E além dos professores e das próprias pessoas, o governo também faz parte desse processo de qualificação do futuro trabalhador. Sua missão é a de capacitar e incentivar os professores com o aprimoramento do seu modelo de ensino, anteriormente exposto, e a de criar políticas públicas específicas que permitam a inclusão, de senão todos, da maioria da população nesse processo educativo, uma vez que essas ações refletirão no futuro de todos.

Thaís Schveitzer