Filme - A última hora


Poraires- Postado em 21 fevereiro 2010

Felizmente, há pessoas preocupadas com a loucura do sistema humano de simplesmente dominar a natureza sem imaginar que fazemos parte de um sistema maior que é a biosfera ou seja lá o nome que demos para ele. Infelizmente, a maioria de nós vê apenas o seu pequeno mundo, achando que as questões são basicamente econômicas e portanto, pensamos apenas em trabalho e consumo. Com esse padrão cultural, certamente, seremos mais uma das espécies que serão extintas. A natureza? Ela sobreviverá...


Veja também:
Home: o mundo é nossa casa

O grande desafio

Não se pode mudar o que já se consagrou, ora pela própria manifestação da evolução natural do planeta, ora pela intensificação do homem na busca da evolução em seus múltiplos aspectos – do simples ao complexo, culminando numa sociedade globalizada que foi muito bem expressada no filme “ A última hora”.
De forma bastante contundente, os autores falam de uma crise, de um colapso entre os ecossistemas, provocado pela não percepção da finitude dos recursos naturais, pelo egoísmo do individuo que se materializa e se amplifica no imperialismo econômico, onde o olho volta-se para o capital, ditando as relações de consumo numa espiral constante. É com esta visão que o homem tem manipulado o ambiente para descobrir-lo e se descobrir nele.
No entanto, as novas concepções científicas trazem a visão do homem, fazendo parte da natureza que ele mesmo manipula e, por conseguinte, co-responsável por tudo que acontece em seu meio e sujeito as conseqüências do colapso que causou.
Como diz o ditado popular “a esperança é a última que morre”, isto é, ela não pode morrer. As últimas falas sugerem soluções propondo novas atitudes perante a vida, convivendo com o novo, mas se percebendo melhor no mundo, tornando-se sujeitos ativos, co-responsáveis dentro de sistemas sustentáveis, conhecendo melhor o seu lugar, suas potencialidades e, também seus limites e, de uma forma mais ampla, engajando-se em todos os níveis: governamental, industrial e comunitário.
Certamente o que se entende como imprescindível nessas falas não será uma tarefa fácil diante de uma cultura fortemente sedimentada “do se dar bem” concebida dentro de uma visão imediatista. Porém, as catástrofes têm sido cada vez mais sucessivas e alarmantes, elucidando.o caráter emergente da busca de soluções para amenizar os impactos causados. Sendo assim, quem sabe esse imediatismo e o sistema globalizado, “enredado”, que se alicerçou na visão anterior possa dar a sua grande contribuição voltando-se para a busca de soluções para as futuras civilizações do planeta.