eDemocracia


PorAnônimo- Postado em 14 outubro 2009

eDemocracia

Criar um diálogo verdadeiro com os eleitores é o primeiro passo da eDemocracia

eDemocracia indica a utilização de estações de votação eletrônica e plebiscitos on-line, um ponto de vista mais prático é o emprego da tecnologia para maximizar as oportunidades para a participação do público no governo. A eDemocracia pode desenvolver o interesse na participação comunitária, fornecendo um canal de comunicação aperfeiçoado entre o público, seus representantes e entidades civis.

eDemocracia tem a capacidade de se dedicar à redução da fragmentação do processo político e à desilusão dos cidadãos, proporcionando maneiras sinceras e acessíveis para que eles se envolvam com o governo e interajam com a sua comunidade de interesse.

eGoverno oferece o potencial para atrair os cidadãos para mais para perto de seus governos. Enquanto o e-mail é a forma mais fácil e mais comum de comunicação com os eleitores, os websites do governo estão buscando novas formas para facilitar o feedback do público. A utilização de áreas para a colocação de comentários, uso de quadros de mensagens, ouvidoria e salas de bate-papo. A presença dessas características permitem que os cidadãos, as comunidades envolvidas e os membros do governo leiam e interajam aos comentários referentes as questões que eles enfrentam e convivem.

O desafio da votação eletrônica é torná-la simples e segura. As condições mínimas para votar continuam as mesmas, mas apresentam determinados desafios no ambiente virtual nas áreas de elegibilidade, privacidade, prova de ocupação, conta corrente e autenticação.

Para acomodar esses princípios, as tentativas de votação eletrônica até hoje têm sido sistemas híbridos que requerem a presença durante um período de tempo em particular e verificação manual da elegibilidade.

O eGoverno está sendo utilizado para apoiar os processos eleitorais democráticos. As expectativas dos integrantes variam de acordo com a experiência e acesso à tecnologia. De maneira geral, a eDemocracia não tem sido considerada de elevada prioridade, embora uma pesquisa entre cidadãos de 5 países europeus (Bélgica, França, Espanha, Reino Unido, ...) tenha demonstrado forte interesse na participação democrática, principalmente na oportunidade de obter retorno sobre o desempenho governamental.

Em outubro de 2001 os residentes de Canberra foram os primeiros no mundo a votar eletronicamente em uma eleição preferencial do governo. Entende-se por votar eletronicamente, a possibilidade de votar de qualquer lugar do mundo através de tecnologias relacionadas a internet. De lá para cá muitas experiências tem sido realizadas ao redor do mundo, algumas com maior ou menor penetração social e sofisticação tecnológica, mas de maneira geral todas dando maior grau de velocidade e transparência ao processo.

Novas tecnologias disponibilizadas (como a Televisão Digital Interativa - TVDi) podem ajudar a responder de que forma as novas TICs disponíveis, inclusive aquelas disponibilizadas para dar suporte ao relacionamento entre indivíduos e comunidades (empresas, associações e governos), como as ferramentas encontradas gratuitamente na web (por exemplo, Twitter, Orkut, MSN, Wikispaces, Facebook, Second Life, blogs etc.), somadas a interação possível no Sistema Brasileiro de TV Digital – Terrestre e nos dispositivos móveis (celulares) poderão contribuir para a evolução dos modelos de participação social. Tais estudos podem basear-se nas experiências realizadas com comunidades de prática e grupos de interesse colaborativos aplicados a trabalhos sistematizados em processos de participação plebiscitária e eleitoral nas áreas social e governamental, como por exemplo a aplicação de orçamentos participativos municipais.

Marcus Vinicius Anátocles da Silva Ferreira
Doutorando EGC - UFSC