Diário do Administrador: Vacinas


Porlacosta- Postado em 03 dezembro 2012

Seção I: Experiência exterior

Em junho/2012 descobri por acaso que há algumas vacinas indicadas pelo Ministério da Saúde para adultos disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.

Para a faixa que pertenço (20 a 59 anos), são quatro:

  • Hepatite B : 3 doses, mas somente grupos vulneráveis recebem ela (ex. profissionais da saúde)
  • Dupla (Difteria e Tétano) : também 3 doses, mas de 10 em 10 anos. No portal da saúde diz que é apenas uma dose.
  • Febre Amarela: 1 dose de 10 em 10 anos.
  • Triviral (Sarampo, caxumba e rubéola): 1 dose.

No mês seguinte fui a um posto de saúde do centro da cidade para receber as doses.

Tive uma grande dificuldade para me localizar no prédio, afinal era gente para todo lado esperando e cartazes de todos os tipos e formas fixados.

Após conseguir ser atendido na triagem, a atendente se recusava a me fornecer a vacina de Hepatite B, pois não estaria enquadrado nos grupos de risco. Após algumas explicações e duas enfermeiras depois, foi esclarecido o mal entendido, pois a atendente desconhecia que doadores também são contemplados.

Recebi as primeiras doses sem mais problemas. Na ocasião a enfermeira me informou que no posto de saúde próximo a minha casa também era aplicada as vacinas.

Nos reforços estive neste outro posto, que até mesmo por ser menor, é bem melhor organizado.

Seção II: Reflexões e generalizações (sobre experiência exterior)

Há pouca divulgação sobre a existência de vacinas para adultos, o que acaba expondo a população a riscos desnecessários. A hepatite B, por exemplo, além do risco a pessoa, também elimina um doador em potencial.

Ainda há uma baixa cultura de organização e comunicação clara a população. Praticamente o cidadão é guiado pelo instinto ou por outras pessoas que já estiveram no local outras vezes. Criar a cultura e o hábito da organização pode ser difícil, mas traria grandes benefícios a ambos os lados.

Seção III: Experiência interior

A sensação de insegurança e desinformação é constante. Infelizmente se o cidadão não tiver a sorte de ser atendido por alguém preparado ou ao menos ter pesquisado em fontes confiáveis as informações, pode ficar perdido por um longo período no emaranhado organizacional e até mesmo não ter o serviço prestado, ou pior, ser prestado de forma errada.

Seção IV: Reflexões e generalizações (sobre experiência interior)

Devo buscar me informar com antecedência sobre o assunto pertinente e se possível confirmar antes se o serviço é prestado naquele local. Quando estiver buscando atendimento, devo exercitar a paciência e compreender que as experiências vivenciadas naquele local pelos demais (cidadãos e servidores) são distintas. Mesmo que o ambiente não seja propício, é um erro grave generalizar a sensação do local para as demais pessoas.

Sempre que possível fornecer um feedback sensato e construtivo aos canais competentes, pois assim poderemos contribuir para uma mudança.

Nem sempre o local central é o local em que se pode obter o melhor atendimento.